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segunda-feira, 23 de junho de 2025

PAULINHA, TAMPINHA E BOLACHA em: O CASAMENTO DA SEREIA

 Olá!

Seja bem-vindo ao blog do Clubinho do Guaraná.

Na história, as meninas ouvem o som do mar numa concha. 


As meninas em:
O CASAMENTO DA SEREIA

        Era mais uma manhã de inverno, e apesar do friozinho, fazia um sol muito bonito.  Paulinha estava na praça, quando a Tampinha chegou trazendo uma novidade: uma concha encaracolada muito grande.
       - Que linda! Sabia que podemos ouvir o mar? – disse Paulinha segurando a concha na mão.
       - É mesmo? Como? – perguntou Tampinha.
       - É só aproximar o ouvido e ouviremos o mar, aqui dentro da concha.
       Então Paulinha aproximou a concha no ouvido, e inesperadamente foi engolida por ela. Tampinha vendo que a amiga foi sugada, resolveu ir atrás, e para isso, ouviu o mar dentro da concha. Flupt! Lá se foram nossas amiguinhas para outra dimensão.
       Misteriosamente as meninas apareceram no meio do mar, e gritavam por socorro. Ainda bem que elas sabiam nadar, e ficaram esperando alguém para socorrê-las.
       De repente, apareceu nadando velozmente na direção delas, uma sereia.
       - Que bom que encontrei vocês! Esta região do mar é perigosa! Venham! Vou levá-las ao meu reino, lá no fundo do oceano – disse a sereia.
       - Como? Não podemos respirar debaixo d’água – disse Paulinha.
       - Usem isto! Tem reserva de ar suficiente para duas horas – disse a sereia segurando nas mãos duas bolhas cheias de ar. As meninas colocaram na cabeça e foram carregadas pela sereia que as levou para as profundezas do oceano.


       Nadava velozmente, e em poucos minutos chegou ao Reino das Sereias, um lugar muito bonito, onde uma grande festa estava acontecendo. Paulinha e Tampinha foram convidadas para serem damas de honra do casamento da sereia Serena com o tritão Tristão. Ele tinha este nome por andar sempre triste, só porque era muito feio. Mas, num belo dia, a sereia Serena o conheceu, e apesar dele ter a cara de nabo murcho, ela se apaixonou, pois era um tritão muito bom e honesto, além de ser um excelente estilista que criava belos vestidos para as sereias do Reino. Depois que conheceu a sereia Serena, Tristão nunca mais ficou triste e vivia sorrindo.
       As meninas ficaram muito felizes por participarem do casamento, mas a reserva de ar da bolha estava acabando e precisavam retornar à superfície. Então, elas se despediram de Serena e Tristão, e foram levadas de volta.
       - Como vamos voltar para casa? – perguntou Tampinha à sereia.
       - Vocês voltarão, da mesma forma que vieram para cá: ouvindo o mar – respondeu a sereia entregando às meninas uma concha encaracolada. Assim, em alguns segundos, as meninas voltaram para a praça de Lindópolis.
       - Puxa! Que aventura! – exclamou Paulinha.
       - Se contasse, ninguém acreditaria – disse Tampinha.
       Naquele instante, Bolacha apareceu na praça e veio conversar.
       - Olá, amigas! Que bonita esta concha!
       - É... Meu pai trouxe da última viagem – respondeu Tampinha.
       - Sabia que podemos ouvir o mar com esta concha? – disse Bolacha segurando-a e aproximando do ouvido.
       - Não, Bolacha! Não faça isso! Esta concha é mágica – gritou Paulinha!
       Mas já era tarde...
       - Oh não! Bolacha foi sugada para o meio do oceano. E agora, o que vamos fazer? – perguntou Tampinha.
       - Ora, pelo visto teremos que ficar mais um pouco no casamento da sereia Serena – respondeu Paulinha.
       Então, Paulinha e Tampinha foram atrás da Bolacha. Mais uma vez, elas ouviram o som do mar na concha, que curiosamente as levavam para o meio do oceano, onde ficava o reino encantado das sereias.

FIM


Achei esta história incrível!

Inclusive a ilustração foi muito difícil, porque  envolvia
elementos do fundo do mar, efeitos de luz atravessando a água turva,
além do movimento dos personagens.

Mas, cada história é um desafio para mim,
e quando inicio um texto, não sei aonde ele pode levar as crianças, 
mas se for ao Reino das Sereias, quero ir também.

... o ...

Querido leitor, forte abraço!



DESENHOS PARA COLORIR




JOGUINHOS



terça-feira, 10 de junho de 2025

CLUBINHO DO GUARANÁ E O MISTÉRIO DAS ÁGUAS

Olá, amiguinho!
Seja bem-vindo.
Hoje apresento mais uma divertida e emocionante aventura
com os personagens do Clubinho do Guaraná. 

O MISTÉRIO DAS ÁGUAS
Parte I

       O sol ainda estava baixo, e Lindópolis se encontrava encoberta por uma tênue névoa. Apesar de ser inverno, o dia prometia ser lindo, com um sol de dar inveja a qualquer verão.
       Naquela manhã, as crianças foram à Praia do Silêncio, um recanto com águas tranquilas e límpidas na orla do mar, para mais um dia de aventuras e diversão.
       As crianças estavam animadas como sempre, e se divertiam mergulhando e pegando peixes com a mão. Mas era um tipo de peixe muito escorregadio, que escapava com facilidade, por isso era conhecido como o peixe sabonete. Mas, muita atenção para não ir em direção às pedras, porque lá se escondiam muitos ouriços-do-mar e se pisar neles, a dor é forte.
       Pirrixa deu um mergulho, e observou que no fundo do mar havia uma coisa estranha. Era de forma redonda e estava encravada no fundo da areia. Chamou o amigo Guaraná para ver também. Então os meninos concluíram que se tratava de um tampão, com um daqueles que tampam o fundo do tanque de lavar roupas. Os meninos traquinas seguraram firme no tampão e puxaram, só de curiosidade, para ver o que iria acontecer. Então, quando o tampão foi arrancado, aconteceu que toda a água do mar começou a descer pelo buraco. Os meninos, assustados, nadaram para não serem tragados pela força da água que descia terra abaixo, mas de nada adiantou.


       Na praia, as meninas viram quando Guaraná e Pirrixa nadaram contra a força da água que os arrastou para as profundezas da Terra. Bolacha decidiu ver de perto o buraco no fundo do mar, e como a água estava rasa, foi andando com as amigas. Agora, diante desta situação, nada mais poderiam fazer, senão entrar no buraco e seguir pela passagem que as levariam a desvendar o mistério das águas.
       Seguindo pelo longo túnel, as meninas foram parar numa imensa abertura debaixo da terra. Um espaço gigantesco, como se fosse um mundo novo. Lá longe, elas avistaram Guaraná e Pirrixa. Eles pareciam bem. Estavam perdidos e surpresos com aquela imensidão debaixo da terra.
       As meninas os chamaram, e logo que ouviram, correram para se encontrarem com elas. Agora, as crianças teriam que andar por ali e tentar entender tudo o que aconteceu. Saber o porquê daquele túnel por onde toda a água do mar escorrera. As praias de Lindópolis estavam secas, e também as lagoas e rios. Quem seria o responsável pela criação daquele túnel?
       O prefeito e todos os cientistas de Lindópolis percorreram os locais onde havia água, em busca da solução para o mistério. Mas os nossos amiguinhos já estavam no lugar certo.
       No mundo novo embaixo da terra, a Turma do Guaraná andava bisbilhotando cada canto. Andaram e andaram até avistarem, muito longe, grandes construções. Parecia também haver espaçonaves gigantescas, tão grandes como muitos Maracanãs juntos.
       Quem poderia estar por trás de tanta tecnologia?

O MISTÉRIO DAS ÁGUAS
parte II

       Quem poderia estar por trás de tanta tecnologia?
     A resposta viria logo, quando as crianças foram abordadas por criaturas pequeninas como bebês. Suas formas eram como a nossa, com cabeça, braços e pernas, porém suas peles eram de cor cinza-clara. Os alienígenas as levaram até a cidade. Tudo era muito bonito e gigantesco. Era uma nova civilização embaixo da terra.
       As crianças andaram pela cidade e podiam ver todos os detalhes. Viram enormes quantidades de água sendo congeladas e compactadas em forma de pequenos cubos. Viram também, muitos animais marinhos dentro dos tanques, que também seriam congelados e compactados para viajarem pelo espaço até o Planeta Verde, localizado na Galáxia de Andrômeda, há 500 milhões de anos-luz da Terra, conforme explicação do “verduniano”, que conversava com as crianças, que entendiam tudo o que lhes era dito, graças ao maravilhoso invento de Bolacha: o Inter Tradutor Esquisitus, o mesmo aparelho usado para conversar com o Povo das Nuvens.
       Os verdunianos explicaram que seu planeta era o mais lindo da galáxia, com muitas plantas e animais, porém com o progresso, foram criadas muitas indústrias que poluíram os mares e o ar. Muitas florestas foram queimadas para a produção de carvão para abastecer as indústrias e os reatores, que derretiam o gelo do subsolo do planeta para produzir água líquida. Assim, a cada ano que passava, as florestas foram se acabando, o planeta foi se degradando e a água se esgotando, criando uma grande seca e provocando a morte de muitos animais e plantas, até ficar inabitável. Os seres inteligentes, que antes da grande seca eram verdes, se tornaram de cor cinza por causa da poluição. Eles viajaram pelo espaço em busca de água para abastecer seu planeta, e vieram parar aqui.
       Mas, eles não poderiam levar a nossa água, senão o planeta Terra teria o mesmo fim do planeta Verde, que de verde, virou cinza.
       Foi então, que Bolacha, a menina cientista, teve a brilhante ideia e convidou seus amigos para ajudar a fazer a Máquina Clonadora Molecular. Os alienígenas gostaram da idéia e os levaram até o laboratório, onde a menina cientista pode montar a fabulosa máquina. Com apenas um cubo de gelo que era colocado no interior da máquina, era feita uma leitura molecular, e milhões de moléculas de água eram formadas a cada segundo, e enchia os reservatórios.
       O povo verduniano ficou muito feliz, tanto que devolveram toda a água que pretendiam levar, e também libertaram os animais marinhos, pois, certamente, com a volta da água em seu planeta, conseguiriam salvar muitas espécies. Mas antes, tamparam todos os buracos feitos no fundo dos lagos e mares, e usando de seus reatores de super aquecimento, derreteram toda a água congelada, que formaram vapores que subiam, viraravam nuvens e do alto se precipitavam  em forma de chuvas torrenciais. Logo, todos os lagos e mares se encheram de água, novamente. A grande seca que começara na Terra foi interrompida, e as plantas tornaram-se fortes novamente, e os animais puderam beber água, e todos os seres vivos do planeta foram salvos.


     O povo verduniano conversou com as crianças e pediram-lhes que não desmatassem as florestas, que não poluíssem os mares e o ar, nem jogassem lixo nas praias. Somente assim, o planeta Terra estaria salvo, e todas as formas de vida, inclusive os seres humanos, estariam livres da extinção. Pediram às crianças que saíssem pelo mundo e espalhassem esta notícia às autoridades e a todas as pessoas, para que soubessem da necessidade de proteger o planeta Terra da destruição.
       Para saírem das profundezas da Terra, as crianças embarcaram em uma das espaçonaves, que atravessou um longo túnel, e depois rasgou o céu de Lindópolis. Logo, vindo na direção da Praia do Silêncio, pousou suavemente e seus ilustres passageiros desceram na praia, se despedindo dos amigos alienígenas. Em seguida, a nave subiu alto, e num piscar de olhos, partiu velozmente em direção ao alto-mar. De lá, subiu numa trajetória reta em direção ao espaço, numa velocidade impressionante. O som dos reatores nucleares da espaçonave, mesmo de longe, ecoaram por todo o planeta, até desaparecerem todas as naves, nos confins do universo.
FIM

Esta história conta sobre a necessidade de cuidarmos do nosso
planeta, por isso, amiguinho, esteja atento e faça a sua parte.
Não jogue lixo nas ruas, nem nas praias,
proteja os animais e plante muitas árvores.

Um grande abraço.



DESENHOS PARA COLORIR


JOGUINHOS






quinta-feira, 5 de junho de 2025

DIA 05 DE JUNHO - DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE - JUNTOS SALVAREMOS A TERRA

 Olá, amigos!

Escrevi uma nova história e fiz um desenho que são um símbolo de proteção da Terra.
A preocupação com o bem estar do nosso planeta está evidente nos noticiários,
por isso a necessidade de mostrar às  pessoas o que podemos fazer para protegê-lo.


       Mais uma vez o sol apareceu bem cedinho atrás das montanhas de Lindópolis.

     As meninas Bolacha, Tampinha e Paulinha caminhavam na praia catando conchinhas, quando viram uma tartaruga nadando em direção à praia. A pobrezinha estava se sufocando, pois um saco plástico enroscou em sua cabeça. Elas correram e tiraram o saco que a impedia de respirar, salvando a tartaruga.

       ­— Agora está tudo bem — disse Paulinha.

       — Vamos chamá-la de Estrelinha — sugeriu Tampinha.

       — Pode voltar para o mar, Estrelinha — falou Paulinha.

       Porém, a tartaruga foi dar uma voltinha pela praia e foi andando, andando até sumir da vista das meninas.

     — Mas que perigo estes sacos plástico! — reclamou Bolacha, a menina cientista — precisamos fazer alguma coisa para prevenir este tipo de acidente com os animais.

       Então, as meninas foram até a prefeitura ter uma conversa com o Senhor Patonildo, o prefeito de Lindópolis. Bolacha, que entende de tudo um pouco, explicou ao prefeito sobre o perigo dos sacos e seus aliados (garrafas pets, canudos e tudo mais que é de plástico) quando jogados sem cuidados na natureza.

       — Os plásticos demoram muito para se decompor, em torno de 450 anos. As bactérias e os fungos decompositores ainda não aprenderam como lidar com o plástico, que é novo na natureza. Quando jogados no meio ambiente, viajam pelo mundo sobre as águas. Carregados pelas correntes marinhas, se prendem aos corais e são ingeridos pelos animais, que os confundem com alimento.  

       — Nossa, que perigo! — se assustou a Tampinha.

       — Então, meninas, devo tomar algumas medidas para mudar isso — disse o prefeito Patonildo, que é amigo da natureza.

     Ele decidiu que os mercados de Lindópolis não mais dariam sacolas plásticas aos fregueses. Agora, as pessoas trariam de casa suas sacolas para carregar as compras.

       — E quanto às garrafas PETS? — perguntou Paulinha — Estas são verdadeiras ameaças ao meio ambiente.

      — Tomarei a seguinte medida: todas as fábricas de refrigerantes e sucos adotarão o sistema de garrafas retornáveis — respondeu o Senhor Patonildo.

       O prefeito acrescentou ainda:

       — Adotarei medidas de incentivo à reciclagem, criando mais usinas de reciclagem de lixo em nossa cidade.

       As meninas ficaram felizes com todas as decisões do Senhor Patonildo, mas Bolacha não poderia deixar de acrescentar:

       — E para diminuir o plástico na natureza, que tal se reduzíssemos o consumismo?

       — Isso mesmo, Bolacha! Reutilizar e consertar as máquinas e os utensílios domésticos reduzem consideravelmente a quantidade de lixo. O meio ambiente agradece — complementou o Sr. Patonildo.



As meninas voltaram para a praia e encontraram seus amigos: Guaraná e Pirrixa. Então, após conversarem, eles decidiram catar o lixo da praia. Encheram cinco sacos com lixo plástico, cinco com latinhas e dois com garrafas de vidro.

      Passava por ali naquele momento, o Senhor Nestor, o reciclador. Vendo o empenho das crianças, comprou todo o material catado e levou para a sua usina de reciclagem. Com o dinheiro, as crianças compraram sorvetes para aliviar o calor da tarde de outono.

      Passado um tempo, as meninas caminhavam pela praia e que surpresa tiveram: saiam da areia muitas tartaruguinhas, dezenas delas,  que acabaram de nascer. Eram os filhotes de Estrelinha, a tartaruga marinha. Elas se arrastavam com dificuldade na areia, mas quando alcançavam o mar, ganhavam desenvoltura e nadavam velozes.

       É a vida que renasce todo dia no nosso planeta Terra.  

FIM

DESENHOS PARA COLORIR




No universo existem trilhões de estrelas e várias tem sistemas planetários,

com planetas que talvez ofereçam condições para existir a vida, mas de que adianta
 se a nossa civilização não pode chegar lá...

Com a tecnologia de hoje, a impossível viagem levaria milhares de anos, 
muitas gerações se passariam, e sabe lá aonde iriam chegar. Coisa de louco.

Por isso, vamos cuidar do planeta Terra, que é a nossa casa, 
o único lugar que temos para viver. 

Abraços!




terça-feira, 27 de maio de 2025

GUARANÁ, PIRRIXA E CHICAGO, O MACACO GAGO

Olá, amiguinho!


Seja bem-vindo ao site do Clubinho do Guaraná.

Criado para trazer até você o prazer da leitura, 
em forma de histórias em quadrinhos e contos ricamente ilustrados.

Apresento a história com Pirrixa e Guaraná, as crianças mais travessas de Lindópolis.

AS AVENTURAS DE CHICAGO, 
O MACACO GAGO

           Guaraná caminhava pelas ruas de Lindópolis, quando passou um caminhão muito rápido. Ao passar num buraco, caiu de dentro da carroceria uma gaiola com um bicho dentro. Guaraná viu tudo, e correu para socorrer o pobrezinho. Então, saiu de dentro da gaiola um bicho assustado e agitado, que pulou sobre ele. Era um macaco, que subiu no Guaraná como se ele fosse uma árvore, e se enroscou em seus cabelos, querendo se esconder.
         – Ei! Calma, macaquinho! – gritou Guaraná, segurando-o firme.
        Então, ele olhou para o Guaraná, sossegou, subiu na cabeça do moleque, e foram embora pra casa. O quintal do Guaraná é bem grande, e nos fundos tem um bananal, um lugar ideal para macacos.
       Chegando lá, Guaraná correu para o bananal.
       Pirrixa, que passava pela rua naquele instante, viu a movimentação, e entrou para ver aquele bichinho engraçado que brincava com o Guaraná.
       Foi então que, ao se aproximar, Pirrixa perguntou:
        – Que engraçado! Qual o nome dele?
       – Xiiii, cagô! – Exclamou o Guaraná.
       – Chicago? Bonito nome. É estrangeiro, é? – perguntou o Pirrixa ao amigo.
       – Não! HAHAHAHA! Ele fez sujeira ali. Estrangeiro que nada. O encontrei na rua, quando caiu do caminhão.
       E foi assim o macaquinho ganhou o nome de Chicago.
       – Que macaco mais bonito. Todo pretinho. Lembra até aqueles do filme “Planeta dos Macacos”- disse o Pirrixa.
       – A diferença é que eles conseguem falar, Chicago não – disse o Guaraná.
       – Ora, mas se até os papagaios falam, por que um macaco não pode? Veja, ele até se parece com a gente! – exclamou o Pirrixa.
       – É, pode ser... Talvez se o ensinarmos, ele aprenda.
       – Mas, vai dar um baita de um trabalho!
       E assim, os meninos ensinaram Chicago a falar. Mas logo notaram que ele falava de maneira repetida, e descobriram que Chicago era gago.
       – Mostre a língua, amiguinho – pediu Pirrixa ao macaco.
       E ele mostrou a língua, que era enrolada para baixo, feito uma língua de sogra, aqueles brinquedinhos de festa de criança.
       – Minha mãe tem uns bobs. Vamos enrolar um em sua língua e logo ela ficará esticada – sugeriu o Guaraná.
       E assim fizeram. O macaco ficou com o bob enrolado na língua por uma hora. Só que quando tiraram o bob, a língua ficou enrolada para cima.
       – Tive outra ideia brilhante! Vamos amarrar um palito de picolé em sua língua e ela ficará esticada – sugeriu o Guaraná.
       Então compraram três picolés, chuparam e separaram um palito.


       Depois de uma hora, a língua do macaco ficou esticadinha, tanto que nem entrava mais na boca, e foram passear pelas ruas de Lindópolis. Caminhavam felizes, e o macaco com a língua pra fora, como se estivesse dando a língua para as pessoas. Muita gente começou a reclamar, até que os meninos encontraram a Turma do Esquina, um grupo de meninos rebeldes que adoram arrumar confusão. E um deles gritou.
       – Olhem ali! Aqueles pirralhos com o macaco mostrando a língua para nós!
       E os meninos maus perseguiram nossos três amiguinhos por toda uma quadra, até eles encontrarem um lugar para se esconder. Depois de ter escapado desta confusão, os meninos levaram Chicago para casa e colocaram, novamente, o bob, enrolando a língua do macaco para baixo, como era na forma original, e deixaram Chicago ser como veio ao mundo.
       Ao longo da semana, ele aprendia mais e mais palavras, e logo se tornou o primeiro macaco falante do mundo.
       Então, num dia, muito feliz, ele falou para meninos:
       – A-a-amigos, vo-vo-cês foram muito ba-ba-ca-nas comigo, mas, pre-pre-pre-ciso voltar para ca-ca-ca-ca-sa, para junto da-da-da-da-da minha família.
        E lá se foi Chicago, o macaco gago, para junto dos seus parentes na Floresta Secreta.
        Um mês depois, Guaraná e Pirrixa fizeram uma visita, e que surpresa tiveram quando encontraram muitos macacos jogando conversa fora. Chicago ensinou todos a falar, criando a primeira comunidade de macacos falantes, o que os tornaram mais entendidos de como funciona a floresta.
       Chicago os ensinou um novo idioma, o Gagolês.


FIM


CURIOSIDADES

A LÍNGUA DE SOGRA É MUITO USADA NAS FESTAS .DE CRIANÇAS. 
QUANDO VOCÊ SOPRA, ELA ESTICA.
 


O BOB QUE AS MULHERES USAM PARA ENROLAR O CABELO.



Abraços do amigo