enquanto Dalvo e Valdo são dois ladrões trapalhões.
Era uma tarde chuvosa em Lindópolis, e no alto do morro, em meio a relâmpagos e trovoadas, podia-se avistar o casarão onde morava o Doutor Morte. Ele é um velho cientista, que ainda continua fazendo experiências em seu laboratório na torre da casa. Muitos dizem que ele já morreu e que voltou à vida, depois que seu sobrinho Valter Ror lhe deu o antídoto anti-morte. Esta fórmula secreta, criada pelo Doutor, que somente ele a conhece, e que está guardada em um frasco dentro do cofre. No mais, para o povo de Lindópolis, toda essa história de antídoto anti-morte não passa de pura conversa fiada. Onde já se viu, alguém bater as botas e depois voltar vivinho!
Na pacata Lindópolis moram os imãos Dalvo e Valdo, que são dois ladrões. Para eles o antídoto anti-morte poderia existir de fato, assim, eles foram até a casa do velho Doutor para roubá-lo, pois queriam ser imortais.
Em volta do casarão havia diversos avisos que diziam “Perigo!”, “Afaste-se!", "Cientista Maluco!”, e outros mais. Mas os dois ladrões não temiam, e foram se rastejando, entre os arames farpados e a plantação de arranha-gato, um tipo de cipó espinhento, que circundava todo o casarão.
Depois de vencer os espinhos, Dalvo e Valdo chegaram até um janelão, e após abri-lo, entraram na casa. Andando pelos corredores escuros, chegaram até a entrada da torre.
Doutor Morte, e seu sobrinho estavam no laboratório em meio a uma experiência. O Doutor queria descobrir um pó líquido que servisse de combustível para os reatores do seu desfragmentador e teletranspotador molecular. Esta máquina o levaria de Lindópolis até o distante sertão de Couro Seco, em poucos segundos. Couro Seco é a cidade onde o Doutor nasceu e viveu toda a sua infância.
Valter queria usar um calango na experiência, dizendo que ele tinha o couro seco, porém, o Doutor não deixou.
Enquanto isso, Dalvo e Valdo abriram, devagar, a porta que ia dar na torre e viram o Doutor e seu assistente concentrados. Foi então que gritaram:
- Vocês dois, isto é um assalto! Queremos o antídoto anti-morte! E rápido, que não estamos pra brincadeira.
- Calma, rapazes! Não fiquem nervosos! Temos antídoto pra todo mundo – disse o Doutor.
- Viu como era verdade! Que o antídoto realmente existe! – cochichou Dalvo para o irmão.
- Nem eu mesmo acreditava tanto que fosse verdade! – disse Valdo.
- Sobrinho, dê o antídoto para os dois cavalheiros! – disse o Doutor.
Valter Ror foi até o cofre, girou o segredo, abriu e pegou, no meio de muitos frascos, o antídoto.
- Rápido, magricelo! Dê-me o antídoto – gritou Valdo.
- Doutor, como isso funciona? Não espera que eu primeiro bata as botas para tomar! – gritou Dalvo.
Foi então que o Doutor sugeriu que eles tomassem o antídoto ali mesmo, pois assim seriam imortais.
E os dois ladrões tomaram todo o conteúdo do frasco. Em seguida, algo estranho aconteceu. Eles foram ficando cada vez menores, e em poucos segundos viraram duas criancinhas.
Então, o Doutor e Valter ficaram admirados com o que aconteceu.
- Hahaha! Agora são dois moleques de cinco anos. E é melhor que caiam fora daqui, antes que eu lhes dê umas boas palmadas! – gritou o Doutor.
Imediatamente, as crianças Dalvo e Valdo saíram correndo assustadas do casarão, e nem tão cedo voltariam lá.
Enquanto isso, no laboratório, o Doutor conversava com Valter Ror.
- Hahaha! Logo passará o efeito, e eles voltarão ao normal. Mas, como me explica isso, sobrinho trapalhão? – perguntou o Doutor Morte.
- Acho que sei o que houve... É que no meio da confusão, fiquei nervoso. No cofre havia vários frascos e peguei o errado. Entreguei a eles o frasco Gugu-Dadá, que é a fórmula da juventude – respondeu Valter.
- Sobrinho, naquele cofre só havia frascos de Gugu-Dadá. Eu já sabia disso! Você acha mesmo que daria a eles a fórmula da imortalidade? - disse o Doutor.
Então, os dois caíram na gargalhada.
FIM
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Tenha um bom fim de semana,
e não esqueça de acessar o site e ler aquela história que você deixou para trás.
O Doutor Morte, Dalvo e Valdo são personagens integrantes da Turma do Guaraná.