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terça-feira, 20 de dezembro de 2022

TURMA DO GUARANÁ E O MILAGRE DE NATAL

 Bom dia, queridos leitores!

Hoje apresento o conto de Natal com a Turma do Guaraná.
Uma história emocionante.


         Era fim de ano, quando a menina Tampinha foi visitar os avós que moravam em Aiquefrio, a cidade onde nascera.
         Aquefrio é uma cidadezinha pacata que fica muito distante de Lindópolis, em uma região fria e com poucos habitantes. Nesta época do ano, chega até mesmo a nevar.
         Os amigos de Tampinha ficaram felizes por terem sido convidados, e assim, a turma passaria junta o Natal em Aiquefrio, a cidade gelada.
         Quando chegaram lá, ainda era bem cedo e um lindo sol surgia na linha do horizonte, atrás das montanhas, mas nem por isso, aquele dia seria quente.
         Os avós de Tampinha os receberam com muita alegria e já lhes prepararam o café da manhã com pães, queijo, bolo e chocolate quente.
         Naqueles dias, Aiquefrio atravessava um inverno rigoroso, entretanto, como fazia sol, ainda era possível sair para brincar lá fora. Então as crianças foram brincar na neve que acabara de cair.
         Passeando lá fora, Tampinha observava o Guaraná e o Pirrixa se divertindo numa guerra de neve. Depois, junto com Paulinha e Bolacha, foram montar um boneco de neve.
         — Falta o nariz, que vamos colocar uma cenoura — disse Paulinha olhando em volta.
         — Está tudo coberto de neve, não tem cenoura aqui — falou Tampinha sorrindo.
         — Não tem nada por aqui! Está frio demais! Como os animais estão se virando pra encontrar alimento? — Perguntou a Bolacha.
         É... A vida não estava nada fácil fora das casas e chalés, onde as lareiras aqueciam e as dispensas estavam cheias até a primavera. Lá fora, nos campos e florestas, estava tudo frio e coberto de neve.
         As meninas olharam em volta e nada viam, senão muita neve, mas observando com mais atenção, encontraram um esquilo atrás de um tronco caído.  O pobrezinho estava magro e faminto. Por sorte, Tampinha trazia no bolso alguns amendoins, que deu ao esquilo. Ele comeu depressa e, depois, guardou alguns na bochecha para levar para a toca. Os esquilos são animais silvestres e são como anjos inocentes na natureza. Então ele contou às meninas tudo o que estavam passando. Somente as crianças podem falar com os animais, pois como eles, são anjinhos do bem. Com o frio rigoroso daquele inverno, não só ele e sua família passavam dificuldades, mas todos os animais que ali habitavam: os cervos, os pássaros, o alce e os coelhos também sofriam com a falta de alimento. Somente as raposas estavam ágeis e fortes se aproveitando da fraqueza dos animaizinhos.


O esquilo faminto.

         A Turma do Guaraná precisava descobrir o porquê de tão rigoroso inverno. Então, o esquilo os levou até o meio da floresta, onde eles descobriram algo incrível. Havia um clarão no meio da mata, onde não havia árvores ou qualquer arbusto. Adentrando no clarão, as crianças descobriram um enorme buraco.
         — Minha nossa! — gritou a Bolacha recuando para trás, pois quase caíra no abismo para onde pequenas pedras rolaram; um precipício sem fim. Deste, vinha um frio congelante.
         Este buraco gigante, cuja origem era um mistério, era uma passagem que levava até o Polo Norte, que ficava há milhares de quilômetros dali. Ele era de aproximadamente 500 metros de largura e de lá soprava uma brisa extremamente fria.
         — Brrr! Que congelante. É melhor nos afastarmos daqui — Disse Tampinha.
         Os animais, que ali moravam, observavam as crianças atentamente, como se estivessem lhes pedindo socorro. Logo todos foram embora dali, pois o frio era insuportável. Agora a Turma do Guaraná já sabia o motivo de tanto frio.
         As crianças retornaram à casa dos avós, onde lavaram as mãos para almoçar. Humm... Mas que delícia de almoço: Era carne seca com quiabo, a nova receita da vovó. As crianças adoraram.
         No fim daquela tarde, todos foram à capela para orar pela cidade. Pedir a Deus que o frio intenso fosse logo embora, pois como as crianças já sabiam da existência do buraco polar gigantesco, só mesmo um milagre poderia tampá-lo, e como todo mundo sabe, somente o Criador faz milagres.
         Este era como um poço largo e profundo, bem dizer, sem fundo, pois ele terminava há quilômetros de distância da floresta de Aiquefrio. Nem todos os esforços de centenas ou milhares de caminhões carregados de terra, conseguiriam cobrí-lo. Bolacha, a menina cientista, concluiu que toda a terra lançada lá cairia no Polo Norte, criando uma montanha ao lado do buraco.
         Tampinha contou a descoberta aos avós, que contaram às autoridades da cidade. O prefeito tomou medidas para tampar o buraco, conversando com cientistas e geólogos, que foram até lá e jogaram, com a ajuda de tratores, muita neve e terra, porém, tudo sumia lá dentro. Era um buraco sem fundo... Algo impossível para o homem resolver. Como tampar um buraco sem fundo, com 500 metros de largura? — soa uma música de suspense e pavor...
         Naqueles dias, já se aproximava o Natal, as casas eram enfeitadas e a população montou uma árvore de Natal gigante, muito enfeitada e brilhante, mas poucas pessoas saíam às ruas para contemplá-la por causa do frio.
         Os cientistas descobriram que o frio aumentava na cidade e foram investigar. Chegando próximo ao buraco polar, descobriram que ele dobrara de tamanho. Era como se a cidade de Aiquefrio estivesse sendo tragada pelo buraco. Aiquefrio estava literalmente caindo neste imenso buraco. Em pouco tempo, não haveria mais a cidade, e o que dizer das cidades vizinhas? — música de terror.

O buraco polar.

         Foi então, que a Turma do Guaraná, que acompanhava os cientistas, lhes disseram:
         — Olha, não podemos tampar este buraco imenso — disse a Bolacha desolada.
         — Somente um milagre impedirá que a cidade seja engolida — concluiu Guaraná coçando a cabeça, como quem não encontrasse outra saída. Logo ele, o menino mais inteligente de Lindópolis, que junto com Pirrixa solucionou tantos problemas do dia a dia.
         A avó de Tampinha, presente na ocasião, estendeu suas mãos e disse:
         — Vamos dar as mãos agora, meus irmãos.
Muita gente estava reunida ali, e todos estenderam as mãos e gritaram com firmeza:
— JUNTOS, SALVAREMOS A NOSSA CIDADE!
         Os moradores de Aiquefrio fizeram uma corrente de fé e de amor em volta do gigantesco buraco polar. Levantaram suas cabeças aos céus e oraram, pedindo a Deus que resolvesse aguele problema. A população declarou que somente Ele poderia cobrir aquele buraco e impedir que o frio polar continuasse invadindo a floresta e a cidade, matando de frio e fome os animais.
         Todos passaram a tarde ali, pedindo a Deus um milagre, e a noite também. Mais tarde, caiu uma nevasca e as crianças voltaram para casa com os avós. Muita gente não suportou o frio intenso e voltou para casa também.
         Pela manhã, todos voltaram ao buraco polar e continuaram as orações, pois estavam certos de que sua fé não seria em vão, e passaram o dia todo ali, orando.
         O povo estava certo de que algo grandioso aconteceria, então, no fim da tarde, toda a terra estremeceu. Os pinheiros cobertos de neve sacudiram, enquanto as pessoas corriam assustadas para longe do buraco polar, com medo de caírem lá. A neve corria por entre os pés das pessoas; a neve acumulada nos telhados das casas caía e deslizava na direção da floresta; acontecia uma revolução na natureza...
         Ainda naquela tarde, o sol brilhava, derretendo a neve dos pinheiros e dos telhados que pingava em toda a parte, criando vários córregos que corriam na direção do buraco polar. Toda a água que caía lá congelava instantaneamente, cobrindo-o cada vez mais.
         A esta altura, as pessoas já haviam se abrigado em suas casas, sendo que ninguém fora arrastado pelas águas ou pela neve. E com toda a movimentação no solo, na neve e na água, os animais também se abrigaram onde podiam: nas árvores, nas cavernas e nos troncos ocos. Nenhum animal sequer foi arrastado pelas águas ou pela neve.
         A revolução na floresta continuou por toda a tarde e por toda a noite...

         Chegou mais um amanhecer em Aiquefrio e era véspera de Natal.
         Era bem cedo, por volta das cinco horas da manhã, quando surgiram os primeiros raios de sol atrás das montanhas geladas. Aiquefrio amanheceu iluminada como sempre, mas desta vez, havia algo diferente no ar... Havia só um pouquinho de neve, que caíra na madrugada, após a revolução... O clima estava fresco, não gelado como antes. Era um nascer de um dia mais feliz, com flores, grama e musgo sobre as pedras. Escondidos na vegetação, haviam bichinhos, como coelhos, ratos, borboletas e... — Caramba! — Uma cabritinha saltitando nas pedras perto do córrego.
         As crianças, bem agasalhadas, levantaram cedo e foram ver lá fora. Ficaram encantadas com tanta beleza. A natureza estava exuberante naquela manhã.
         — Olhem! Uma cabritinha! — Gritou Paulinha.
         — Ela pula muito, de pedra em pedra, e com tanta agilidade! — Observou a Tampinha.
         As crianças correram para brincar com a cabritinha e lhe deram até um nome.
         — Vai se chamar Pipoca ­— disse Guaraná.
         — Por quê? — Perguntou Pirrixa.
         — Ora! Não vê que ela não para de pular! — Disse a Bolacha.
         — Pipoca, a cabritinha saltitante — concluiu o Guaraná.
         Indo em outra direção, Tampinha que brincava lá fora, viu novamente o esquilo atrás do tronco caído.
         — Ei, menina! Venha cá! — Chamou o esquilo. Depois, lhe entregou algo.
         — Hó! Um amendoim... Obrigada — sorriu a menina.
         Depois, o esquilo subiu ligeiro na árvore e entrou no buraco do tronco. Tampinha o viu ao lado dos filhotes. Agora, todos estavam bem...
         De volta ao buraco polar — soa uma música de suspense. 
        Toda a população estava curiosa para saber o que aconteceu na floresta. A Turma do Guaraná e os avós também seguiram para lá. Os cientistas e os geólogos concluíram que o buraco polar não mais existia, pois fora coberto totalmente durante a revolução na terra.

O presépio de Natal.

         Os moradores da cidade pularam de alegria, cantaram e comemoraram o milagre que acontecera. Todos agradeceram a Deus pelo presente de Natal: um dia lindo de sol; uma temperatura confortável, e na floresta, os animais estavam felizes, porque havia raízes, grama e muitos insetos para eles se alimentarem.
         Para agradecer pelo milagre, a população passou o dia construindo um presépio de Natal no local onde estava o grande buraco polar, que agora estava coberto por fina camada de neve e musgo, entrelaçado com gramas e pequenas flores amarelas.
       No fim da tarde, antes de retornarem para suas casas, todos os moradores se reuniram em volta do presépio e agradeceram a Deus pela graça alcançada. 
        Então, todos se abraçaram e gritaram felizes:

         — UM FELIZ NATAL PARA TODOS, COM MUITO AMOR E PAZ!


 FIM


TURMA DO GUARANÁ é marca registrada. Todos os direitos reservados.

terça-feira, 29 de novembro de 2022

GUARANÁ E BOLACHA EM: O PEQUENO VAMPIRO

      Olá, amiguinho!

      Hoje trouxe para você, uma história muito legal com o Guaraná e a Bolacha, que vão até a casa do Doutor Morte, o cientista maluco, e descobrem muitos segredos.


      Bolacha, a menina cientista, precisava aprender mais sobre ciências para tirar boas notas na escola. Ela já tinha ouvido falar do Doutor Morte, um renomado cientista que entendia muito de ciências. Então ela resolveu ir até o casarão para conversar com o doutor, e convidou o Guaraná para acompanhá-la.
       Chegando lá, o doutor levou as crianças para conhecerem o laboratório. Era um lugar assustador. Logo na entrada havia um esqueleto. Tinha também uma mesa enorme com muitos tubos de ensaio e outros equipamentos para pesquisa.
       Com muita boa vontade, o Doutor Morte foi explicando para Bolacha como preparava algumas vacinas, e respondia as perguntas que ela fazia sobre as matérias do colégio. Bolacha ia anotando tudo, para estudar mais em casa.
       Enquanto isso, o Guaraná com o olho arregalado, observava curioso tudo a sua volta e pensava: “Que lugar mais esquisito, este laboratório, este casarão.” E saiu andando, xeretando o casarão do doutor.
       Andou por um corredor largo, e no teto viu uma aranha tecendo a teia, enquanto outra enrolava uma baratinha em sua teia pra jantar mais tarde. Guaraná observou também que no final do corredor havia uma porta com um aviso que dizia assim: “Não entre”. Então Guaraná pensou: “É melhor eu voltar para o laboratório, mas se o aviso diz pra eu não entrar, é porque tem um grande segredo guardado aí dentro, e eu preciso descobrir qual é.”
       Então, Guaraná entrou na sala escura, porque havia uma cortina de tecido azul marinho cobrindo a janela, e assim a sala permanecia sombria, em meia luz.
       Muito curioso, Guaraná resolveu investigar aquela sala sinistra. Foi entrando e caminhando bem devagar, enquanto olhava tudo a sua volta.
       Foi então que viu, lá no canto algo assustador: era um caixão. Guaraná não conteve a curiosidade. Andou até o caixão, que estava coberto de teia de aranha e poeira. Aproximou-se e parou, olhando atentamente para aquele caixão, e observou que na tampa havia uma cruz roxa, com uma escrita esquisita, que não se conseguia ler. Decidiu então, abrí-lo para ver o que tinha dentro. Quando levantou a tampa levou um susto muito grande, daqueles de ficar pálido e arrepiar os cabelos. O menino não acreditou no que viu. Diante dele  tinha um vampiro deitado no caixão. Guaraná afastou-se.
       Diante de tanto medo, ele resolveu ir embora, mas antes que conseguisse sair, a porta fechou-se. Guaraná olhou para o caixão, e viu que o vampiro levantava. Ele então, desesperado correu para a janela, mas o vampiro saiu do caixão, correu atrás dele e o agarrou.
       Guaraná gritou pedindo socorro, mas ninguém naquela casa o ouvia. O vampiro que despertara de um sono de mil anos, cheio de fome, segurou-o firme e mordeu-lhe o pescoço para sugar o sangue. Foi então que o Guaraná se transformou no “Pequeno Vampiro” e, assustado, falou:


       E agora, como poderei sair daqui desse jeito?
       - Não sairá, garoto. Viverá nas trevas para sempre. Quer ver como ficou? Se olhe no espelho – disse o velho vampiro sorrindo.
       Então o Guaraná se olhou no espelho:
       - Mas não estou me vendo! – disse o Guaraná.
       - Claro que não, garoto! Agora, você é um vampiro, e vampiros não refletem a imagem no espelho. Hua, hua, hua! – o vampiro riu do Guaraná, que estava transformado no Pequeno Vampiro.
       - Oh, não! Virei um vampiro! Virei um vampiro! – gritava o Guaraná.
       Naquele momento, o Doutor Morte e a Bolacha, que procuravam por ele, entraram na sala e o encontram caído. O doutor se aproximou dele fazendo-o acordar. Guaraná após investigar a sala, adormeceu no chão de cansaço.
       - O que aconteceu, menino? - perguntou o doutor.
       - Não sei. Só me lembro de ter sido mordido por aquele vampiro que está dormindo dentro do caixão – respondeu o Guaraná.
       - Vampiro? – perguntou Bolacha.
       E a menina foi lá conferir e levou um baita susto.
       Foi então que o doutor explicou que o vampiro era uma obra de arte, feita em cera, pelo seu sobrinho Valter Ror, que o guardou ali naquele velho baú que parecia mais um caixão, esperando o dia da exposição no Museu de Cera de Lindópolis.
        Que história mais esquisita. Será que Guaraná dormiu mesmo e teve um sonho ou tudo teria acontecido de verdade, crianças? Que medo!!
     
FIM

       O Guaraná é muito curioso mesmo. 

Diz o ditado que a curiosidade matou o gato, 
mas ainda bem que  desta vez foi só um sonho ruim.
      


quarta-feira, 16 de novembro de 2022

Turma do Guaraná Voando na Chuva

Olá, queridos leitores!

Hoje trouxe para vocês mais uma divertida história:
As meninas caminhavam na rua e se surpreenderam com a força da natureza.

VOANDO NA CHUVA
       Era um dia chuvoso em Lindópolis, e as meninas estavam cansadas de ficar dentro de casa, então uma ligou para a outra:
       – Oi, Bolacha! Vamos andar na chuva? – perguntou Paulinha à amiga.
       – Aposto que será muito divertido! – respondeu Bolacha.
     – Preciso usar a minha capa também, pro caso de chuva de vento! – disse a Tampinha.
       Assim, as meninas se encontraram na pracinha e resolveram caminhar até o shopping , onde iriam fazer um delicioso lanche.
       Pirrixa e Guaraná estavam voltando da lagoa, onde passaram a manhã pescando, e conversaram com as meninas.
       – Pra onde vão, no meio da chuva? – perguntou Pirrixa.
       – Estávamos sem ter o que fazer em casa e resolvemos ir ao shopping pra lanchar – respondeu Paulinha.
       – Mas está chovendo e as ruas estão alagadas! – disse o Guaraná sorrindo e mostrando as poças d’água.
       – Deixa, Guaraná! Elas não vão muito longe mesmo! Hahahaha! – disse Pirrixa rindo das meninas.
       Mas nossas amiguinhas não são feitas de açúcar e, destemidas como são, foram adiante caminhando na chuva.
       Cada uma com seu guarda-chuva, caminhavam e conversavam muitas coisas, sorriam e brincavam, sempre se desviando das poças d’água. De repente, veio um vento muito forte, e aconteceu algo muito interessante. O vento veio por baixo dos guarda-chuvas das meninas e as levantou. Foi assim que começou o passeio aéreo com a força dos ventos!
       – Minha nossa!  Estamos voando sobre a cidade! – gritou Paulinha.
       – Que demais! Nunca tinha voado com um guarda-chuva antes! – gritou Tampinha.
       – Isso é a força da natureza! Se segurem firme que logo desceremos – disse Bolacha para tranquilizar as amigas.



       E assim foram as meninas, voando sobre a cidade. Primeiro passaram sobre a praça, e puderam ver quantas árvores e jardins bonitos haviam ali. Depois passaram sobre a escola onde estudavam, e sobre a capela do padre João. Mas adiante viram o jardim zoológico com várias espécies de animais do mundo inteiro.
       Junto com o vento vinham as gotinhas de chuva, mas Paulinha tinha um lenço e secava o rosto. Depois, entregava às amigas para se enxugarem também.
       Estava muito divertido o passeio aéreo, e as meninas puderam ver o quanto era bonita a cidade vista do alto.
       Passado alguns minutos, o vento diminuiu, e elas desceram próximas do shopping, e bastou apenas algumas passadas para chegar lá.
       Após saborearem os deliciosos lanches da Tia Marilda, as meninas voltaram pra casa. Então Bolacha disse:
       – Vamos abrir os guarda-chuvas! Rápido! – gritou Bolacha correndo na direção Sul.
       – Mas, não está mais chovendo – disse Tampinha.
       – Mesmo assim! Vamos voltar pra casa voando de novo. Basta pegar aquela corrente de ar logo ali! – gritou Bolacha apontando.
       E lá se foram as meninas entrando na corrente de ar, e logo os guarda-chuvas, com a força dos ventos, levantaram voo.
       Depois de sobrevoarem toda a cidade, mais adiante, elas avistaram Guaraná e Pirrixa jogando bolinha de gude na pracinha. Mas  aconteceu que os ventos enfraqueceram, e elas tiveram que fazer um pouso forçado. As meninas caíram de qualquer jeito, bem no meio da pracinha, em cima de Guaraná e Pirrixa, que amorteceram a queda.
       – Caramba! De onde vocês vieram? Caíram do céu? – perguntou Pirrixa todo quebrado, girando sobre sua cabeça aquelas estrelinhas de desenho animado.
       – Ai, ui! Não se pode mais nem jogar bola de gude em paz! – reclamou Guaraná, que estava cuspindo areia, por que com as meninas caindo por cima dele, foi de cara no chão.
       – Nos desculpem, meninos! É que viemos voando com nossos guarda-chuvas com uma rajada de vento, mas ele enfraqueceu, e caímos aqui – respondeu Bolacha.
       – Desculpe, Pirrixa. Você está bem? – perguntou Paulinha ao irmão.
       – Claro que não. No mínimo, quebrei a cabeça! – respondeu Pirrixa.
      Mas que nada... As crianças estavam muito bem. Foi só um susto mesmo.
       Então as meninas explicaram ao Guaraná e Pirrixa sobre o voo pela cidade. Depois, eles correram para casa e pegaram seus guarda-chuvas.
       Ora, mas nem estava chovendo... Mas é que eles queriam voar também.

FIM

Não esqueçam de ler mais aventuras da Turma do Guaraná, 
clicando nas imagens que estão por todo canto deste site.


DESENHO PARA COLORIR

Professores, imprimam, dividam ao meio e distribuam para as crianças pintarem.




segunda-feira, 7 de novembro de 2022

GUARANÁ, PIRRIXA E CHICAGO, O MACACO GAGO


Olá, amiguinho!

Seja bem-vindo ao site da Turma do Guaraná.

Criado para trazer até você o prazer da leitura, 
em forma de histórias em quadrinhos e contos ricamente ilustrados.

Apresento a mais nova história com Pirrixa e Guaraná,
 as crianças mais travessas de Lindópolis.


AS AVENTURAS DE CHICAGO, 
O MACACO GAGO

           Guaraná caminhava pelas ruas de Lindópolis, quando passou muito rápido um caminhão. Ao passar num buraco, caiu de dentro da carroceria uma gaiola com um bicho dentro. Guaraná viu tudo e correu para socorrer o pobrezinho. Então, saiu de dentro da gaiola um bicho assustado e agitado, que pulou sobre ele. Era um macaco, que subiu no Guaraná como se ele fosse uma árvore, e se enroscou em seus cabelos, querendo se esconder.
         – Ei! Calma, macaquinho! – gritou Guaraná, segurando-o firme.
        Então, ele olhou para o Guaraná, sossegou, subiu na cabeça do moleque, e foram embora pra casa. O quintal do Guaraná é bem grande, e nos fundos tem um bananal, um lugar ideal para macacos.
       Chegando lá, ele correu para o bananal.
       Pirrixa, que passava pela rua naquele instante, viu a movimentação e entrou para ver aquele bichinho engraçado que brincava com o Guaraná.
       Foi então, que ao se aproximar, Pirrixa perguntou:
        – Que engraçado! Qual o nome dele?
       – Chiiii, cagô! – Exclamou o Guaraná.
       – Chicago? Bonito nome. É estrangeiro, é? – perguntou o Pirrixa ao amigo.
       – Não! HAHAHAHA! Ele fez sujeira ali. Estrangeiro que nada. O encontrei na rua, quando caiu do caminhão.
       E assim o macaquinho ganhou o nome de Chicago.
       – Que macaco mais bonito. Todo pretinho. Lembra até aqueles do filme “Planeta dos Macacos”- disse o Pirrixa.
       – Eles conseguem falar, Chicago não – disse o Guaraná.
       – Ora, mas se até os papagaios falam, por que um macaco não pode? Veja, ele até se parece com a gente! – exclamou o Pirrixa.
       – É, pode ser... Talvez se o ensinarmos, ele aprenda.
       – Mas, vai dar um baita de um trabalho!
       E assim, os meninos ensinaram Chicago a falar. Mas logo notaram que ele falava de maneira repetida, e descobriram que Chicago era gago.
       – Mostre a língua, amiguinho – pediu Pirrixa ao macaco.
       E ele mostrou a língua, que era enrolada para baixo, feito uma língua de sogra, aqueles brinquedinhos de festa de criança.
       – Minha mãe tem uns bobs. Vamos enrolar um em sua língua e logo ela ficará esticada – sugeriu o Guaraná.
       E assim fizeram. O macaco ficou com o bob enrolado na língua por uma hora. Só que quando tiraram o bob, a língua do macaco ficou enrolada para cima.
       – Tive outra ideia brilhante! Vamos amarrar um palito de picolé em sua língua e ela ficará esticada – sugeriu o Guaraná.
       Então compraram três picolés, chuparam e separaram um palito.



       Depois de uma hora, a língua do macaco ficou esticadinha, tanto que nem entrava mais na boca, e foram passear pelas ruas de Lindópolis. Caminhavam felizes, e o macaco com a língua pra fora, como se estivesse dando a língua para as pessoas. Muita gente começou a reclamar, até que os meninos encontraram a Turma do Esquina, um grupo de meninos rebeldes que adoram arrumar confusão. Um deles gritou:
       – Olhem alí, aqueles pirralhos com o macaco mostrando a língua para nós!
       E os meninos maus perseguiram nossos três amiguinhos por toda uma quadra, até eles encontrarem um lugar para se esconder. Depois de ter escapado desta confusão, os meninos levaram Chicago para casa e colocaram, novamente, o bob, enrolando a língua do macaco para baixo, como era na forma original, como veio ao mundo.
       Ao longo da semana, ele aprendia mais e mais palavras, e logo se tornou o primeiro macaco falante do mundo.
       Então, num dia, muito feliz, ele falou para meninos:
       – A-a-amigos, vo-vo-cês foram muito ba-ba-ca-nas comigo. Mas, pre-pre-pre-ciso voltar para ca-ca-ca-ca-sa, para junto da-da-da-da-da minha família.
        E lá se foi Chicago, o macaco gago, para a Floresta Secreta, para junto dos seus.
        Um mês depois, Guaraná e Pirrixa fizeram uma visita e que surpresa tiveram quando encontraram muitos macacos jogando conversa fora. Chicago ensinou todos a falarem, criando a primeira comunidade de macacos falantes, o que os tornaram mais entendidos de como funciona o mundo.
       Chicago os ensinou um novo idioma, o Gagolês.

FIM


LÍNGUA DE SOGRA 

BOBS PARA ENROLAR OS CABELOS

Abraços do amigo



sexta-feira, 7 de outubro de 2022

FELIZ DIA DAS CRIANÇAS COM A TURMA DO GUARANÁ!!!

 Sejam bem-vindos ao blog!


Parabéns, crianças, pelo seu dia oficial!

Hoje trouxe um presente para você.
Uma bela história com a Turma do Guaraná.

A Festa das Crianças

      Era o dia das crianças, e logo pela manhã, elas foram procurar seus brinquedos novos, que certamente seus pais lhes deram de presente naquele dia tão especial.
      Então, cada um recebeu seu presente, e para a surpresa, após abrirem os embrulhos, o que havia dentro?... Nada.
      - Pai, cadê meu presente? – perguntou a Tampinha.
       Então, seu pai respondeu que estava dentro do embrulho. Olhou dentro para ver, mas não soube explicar como ele sumira dali.
       E assim aconteceu com todas as crianças da vila.
       Decididos a encontrar os seus presentes, a Turma do Guaraná, resolveu solucionar o mistério do desaparecimento dos brinquedos, e se reuniram na praça.
       Foi então que Paulinha, atenta como só, viu algo.
       - Vejam! Achei um brinquedo! – gritou, e todos olharam curiosos.
       Era uma peteca com penas coloridas.
       - Estou vendo outra coisa lá embaixo! – gritou o Guaraná apontando para um carrinho.
       Indo mais adiante, encontraram uma bola de gude, e depois uma boneca, e assim por diante, até encontraram um buraco no chão do jardim. O que poderia ser?
       - Deve ser uma toca – disse a Bolacha.
       - É um esconderijo. Aposto que todos os brinquedos estão aí dentro. Vamos entrar – disse o Pirrixa já entrando.
       Passando pelo buraco no canto do jardim, as crianças entraram num imenso salão subterrâneo, e se admiraram pela quantidade de brinquedos que viram. Então, Decidiram pegar todos os brinquedos que pudessem e levariam embora. Porém, quando começaram a catar, apareceu diante deles um ratinho, depois mais um, e num instante se viram cercados de ratos crianças. Então um deles disse:


       - Por favor, meninos, não levem nossos brinquedos.
       - Ora, mas vocês pegaram todos os brinquedos das crianças da vila! – respondeu a Bolacha.
       - Então, vamos dividir. Eu não posso ficar sem minhas bolas de gude! – disse o Guaraná.
       - Pode ficar com o meu presente que sumiu do embrulho – disse a Tampinha, que ficou com dó dos ratinhos, e logo fez beicinho de choro...
       E assim as crianças gente e as crianças ratos dividiram os brinquedos, e acabou a confusão.
       Depois de tudo acertado, a delicada Paulinha conversou com os ratinhos dizendo:
       - Hoje, tem uma festa para todas as crianças da vila, e como vocês também são, estão convidados!
       - Eeeh! Viva! – gritaram os ratinhos de tanta alegria.
       De tarde aconteceu a Festa das Crianças na Praça de Lindópolis. Houve distribuição de brinquedos, bolo, refrigerante, pirulito e algodão-doce. Também montaram um pula-pula e um tobogã, que era para a criançada não parar de brincar.
       Na praça, as crianças brincavam muito, e no jardim, escondidinhos, os ratinhos se divertiam também, com os brinquedos e com as guloseimas que ganharam.
       Depois que se conheceram, os ratinhos viraram grandes amigos das crianças, mas não poderiam brincar juntos na praça, porque as crianças estavam acompanhadas dos adultos, e eles morrem de medo de ratos.

      fim

Crianças, desejo felicidades e muita paz!!


AMIGOS PARA SEMPRE.



Editoras, para publicar as histórias, entrem em contato pelo e-mail: 
turmadoguarana@outlook.com

domingo, 2 de outubro de 2022

TURMA DO GUARANÁ E OS CAMALEÕES.

 Olá, amiguinho!

Estou de volta com a Turma do Guaraná em mais uma aventura divertida.
Desta vez, uma historinha para celebrar a primavera.


Os comilões do jardim

       Chegou a primavera, a estação das flores. Em Lindópolis é costume as pessoas enfeitarem a frente de suas casas com todos os tipos de flores colhidas nos jardins e campos da região.
       Logo pela manhã, as meninas saíram pelos jardins de suas casas e coletaram todas as flores que puderam para compor ramalhetes e guirlandas para enfeitarem suas casas. Eram todos os tipos de flores: petúnias, margaridas, rosas, jasmins, lírios e muitas outras.
       A delicada Paulinha, ao colher as margaridas amarelas, prestava atenção para não se deparar com uma lagarta ou louva-a-deus, pois tinha muito medo destes bichos.
       A Tampinha foi até o jardim e pegou as mais lindas rosas vermelhas, amarelas e brancas, sempre com cuidado para não espetar os dedos nos espinhos dos galhos das roseiras.
       A Bolacha, estudiosa da natureza, separou várias espécies de flores, montando guirlandas de dálias púrpuras e de hibiscus laranjas. Ela encontrou junto com as flores alguns bichinhos muito interessantes e coloridos: as joaninhas, que são pequeninas e possuem uma carapaça vermelha com bolinhas pretas. Ela também encontrou uma família inteira de joaninhas: tinha os avós, os pais e uma dúzia de joaninhas crianças, que brincavam alegremente de pique-esconde entre as pétalas das rosas.
       Então, as meninas arrumaram todos aqueles ramalhetes e guirlandas de flores em volta das portas e janelas das casas. Também enfeitaram com cordões de flores que desenhavam os contornos das varandas e, do alto dos telhados, desciam ramos floridos de bougainvilles.
       Os meninos também colheram flores, formaram guirlandas e colocaram nas portas de casa para enfeitar. Eles tiveram uma grande surpresa quando encontraram no meio dos galhos floridos um bichinho muito interessante, um camaleão.
       O camaleão é um lagarto grande e esperto que vive nos galhos das árvores se alimentando de insetos. Ele também tem a capacidade de mudar a cor de sua pele, tornando-a da cor da folhagem onde está. Dessa forma, o camaleão fica camuflado e os insetos se aproximam dele sem perceber. Então, o camaleão dá o bote com sua língua pegajosa, prende o inseto, engolindo-o em seguida. Cruzes!
        Os meninos pegaram o camaleão e levaram para as meninas verem. Guaraná vinha com ele no ombro, mas Pirrixa tirava-o de lá e o segurava no colo. E assim se aproximaram das meninas que, quando viram o bicho, levaram um baita susto. Foi uma gritaria só. As meninas os mandaram embora, com o camaleão e tudo. Que pena! Os meninos pensaram que iriam agradar, mas foram expulsos do jardim. Guaraná já tinha, inclusive, dado um nome ao bicho, chamando-o de “Janjão”, o camaleão.
       Mais tarde, as meninas brincavam com as flores, dando os últimos retoques na arrumação dos enfeites quando ouviram um zumbido que ecoava por toda parte. O que poderia ser aquilo? As meninas levaram um grande susto quando viram uma grande variedade de insetos se aproximando de seus enfeites floridos. Eram gafanhotos, louva-a-deus, bichos-paus, abelhas e borboletas. Todos vieram se banquetear nos enfeites floridos. Os gafanhotos eram os mais vorazes, pois, diferentes das abelhas e borboletas, não se conformavam em sugar o néctar, mas devoravam por inteiro as flores e folhas dos ramos e guirlandas.
       “Socorro!” – gritaram as meninas. Guaraná e Pirrixa ouviram seus gritos e correram para ver o que tinha acontecido e, claro, traziam o grande amigo Janjão.


       Quando os meninos chegaram, o camaleão pulou do ombro de Guaraná, indo parar no ramo de margaridas que enfeitava a varanda da casa de Paulinha. Lá estava cheio de vorazes louva-a-deus e o camaleão foi comendo um por um. Lançava a sua língua pegajosa e capturava os bichinhos comilões de flores. Depois, o camaleão passou para a guirlanda de rosas amarelas feita por Tampinha e comeu as muitas lagartas que por ali se deliciavam, comendo as pétalas das lindas rosas juvenis. Ainda faminto, o camaleão pulou para a varanda da casa da Bolacha e comeu muitos gafanhotos que devoravam as guirlandas de dálias púrpuras que enfeitavam a porta da casa.
       As meninas ficaram muito satisfeitas com o que o camaleão fizera e agradeceram aos meninos por terem o trazido até ali. Inclusive fizeram amizade com o camaleão, dizendo que era um bichinho muito valente, e disseram até que ele era “lindo”.
       Paulinha e Tampinha brincavam com o camaleão fazendo carinho quando, de repente, ele pulou para o jardim das roseiras, onde estava infestado de joaninhas.
        – Não! – gritou a Bolacha, correndo para socorrer suas amigas joaninhas – Não pode comer as joaninhas. Elas são inocentes! Estão apenas brincando de pique-esconde na roseira! Vá comer os gafanhotos.
       O camaleão ficou desapontado, olhou para a Bolacha e deu a língua para ela, em sinal de protesto.
       – Faz mal não, Janjão. Vá comer aquelas lagartas ali, ó! Elas estão acabando com as petúnias – disse Pirrixa para consolar o bichinho faminto.
       – Ei! Isso tudo me deu uma fome! Que tal lancharmos, pessoal – disse o Guaraná passando a mão na barriga.
       Então, as mães das crianças preparam um lanche delicioso, e elas sentaram-se para comer.
      Assim, passou mais uma tarde linda, em meio às flores coloridas e perfumadas que enfeitavam os jardins e as casas de Lindópolis.
FIM

       OS CAMALEÕES
      

Este réptil pertence à ordem Escamata, a mesma das cobras e lagartos.
Eles possuem a capacidade de mudar de cor, o que lhes permite 
se camuflarem no ambiente em que vivem.
Os camaleões apresentam o corpo estreito e achatado na lateral, medem cerca de 60 cm 
e têm a cauda preênsil, que é adaptada para prender e agarrar. Sua língua é pegajosa e
 quando é projetada para fora da boca prende o inseto nela. Seu principal alimento são os
insetos, mas podem comer pequenos invertebrados.

Quando você encontrar um camaleão, não leve para casa. 
Deixe-o ali mesmo onde está, na floresta, onde ele vive feliz.

     Tenha um lindo fim de semana.


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