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segunda-feira, 24 de abril de 2023

O ENCONTRO DA TURMA DO GUARANÁ

 






Olá, amiguinhos.

Estou muito feliz por estarem aqui novamente.



Há alguns anos, as crianças não se conheciam, e 

foi numa tarde ensolarada que tudo aconteceu.




­­TURMA DO GUARANÁ E O ENCONTRO

       Em Lindópolis fazia mais uma linda tarde de outono, e as crianças aproveitavam para brincar na praça, que era muito enfeitada com jardins, um chafariz e um lago artificial rasinho, onde nadavam alguns cisnes negros.
       Guaraná estava na praça em frente de casa, sentado num banco. Estava meio entediado, pois apesar de ser um dia lindo, não tinha um amigo com quem brincar.
       Do outro lado brincava um menino com os cabelos loiros e uma menina que usava um vestido rosa com cabelo longo e castanho-claro. O menino loiro parecia ser muito atentado, porque sua irmã todo instante lhe chamava a atenção: “Para Pirrixa! Para com isso!”. E para daqui, e para dali, ficavam ali, perto do chafariz. A mãe estava ao lado sentada no banquinho. Então, o menino veio correndo com uma bola, e a irmã atrás. Deu um chutão na bola que voou alto, indo cair nos pés de Guaraná.  Pirrixa, o menino atentado, aproximou-se, e Guaraná segurou a bola com o pé, impedindo-a de ir mais longe. Foi então, que Pirrixa o convidou para brincar. Passaram uma tarde divertida, os dois jogando a bola, e a menina do cabelão, correndo atrás. Os meninos não davam uma chance para a pobrezinha tocar na bola, até que então ela se cansou, e foi sentar-se ao lado da mãe. “Quer um sorvete, Paulinha?” – Perguntou dona Juju, a mãe da menina. Ela disse que sim, e foram ali ao lado onde tinha uma sorveteria, e carregava uma boneca, segura pelos longos cabelos.
       Na praça, a brincadeira com a bola continuava. Pirrixa e Guaraná, estavam soados e sujos de poeira. Paulinha voltou com a mãe e sentaram-se no banco para deliciar-se com os sorvetes.
       - Pirrixa, trouxe sorvete para você e o seu amigo. – disse Dona Juju para o menino. 
     Os dois vieram correndo e sentaram-se um pouco, para saborear o sorvete. As crianças conversavam, e perguntavam para se conhecerem. O sorvete de Paulinha estava mesmo delicioso, porque havia uma abelha que não parava de rodear em sua volta. Pirrixa decidiu que iria derrubá-la, e enrolou uma revista de quadrinhos e batia no ar. A abelha, muito esperta, se desviava da revista, e rodeava o sorvete de Paulinha. Foi quando surgiu uma menina com uma mecha vermelha no cabelo gritando.
       - Não! Não bata nela! 
       As crianças olharam assustadas para ela, que vinha correndo e dizia. 
      -Não mate minha abelha, garoto! É a minha última invenção. 
       A menina cientista explicou que criara uma abelha robô, muito parecida com as de verdade.
      - Desculpe-me, não sabia – disse Pirrixa. 
      Com o controle na Mão, a menina cientista desligou a abelha, que pousou em sua mão.
       - Meu nome é Bolacha, e o seu? - perguntou.
       - Pirrixa, e esta é minha irmã Paulinha, a menina do cabelão.
       E riu para a irmã, que respondeu: 
       -Cala a boca.
     - Que bom, Pirrixa e Paulinha... Eu moro aqui perto, naquela casa Amarela – disse Bolacha, mostrando a casa para os novos amigos.
       - Este é o Guaraná, ele quer ser pescador. – Pirrixa apresentou seu amigo, que acabara de conhecer.
       - Têm peixes naquele lago, eu vi – disse Guaraná todo animado, apontando para o laguinho da praça.
      - Tem nada! Eu nunca vi – disse Pirrixa. 
       Foi quando os meninos olharam para o alto e viram lá longe algo vindo no céu. Todos olharam admirados, querendo saber o que era. Seria um pássaro, um avião, um balão?
     - Caraca! Vejam, vai cair aqui. Que lindo! – exclamou Bolacha.
    Seguindo com o dedo a trajetória do objeto planador, que vinha descendo, cada vez mais baixo, caindo dentro do lago. Ploft! As crianças correram para ver, e descobriram que era um parapente com duas pessoas: um homem e uma menina.
       - Oi, pessoal. Tivemos que fazer um pouso de emergência aqui neste lago, pois teve uma rajada de vento lá em cima. Mas não se preocupem, porque eu e a Tampinha só estamos molhados – disse o homem, que era o pai da menina.
      - Cof! Cof! – A menina estava engasgada, e tossia. 
    Talvez tivesse engolido água, quando pousou no lago. Foi quando uma tosse mais forte fez pular de sua boca um peixinho dourado, que caiu bem na mão de Guaraná:
       - Não falei que tinha peixe aqui no lago!


FIM






























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O POUSO PERFEITO
















      

sexta-feira, 14 de abril de 2023

TURMA DO GUARANÁ E O SUMIÇO DA PLANTAÇÃO DE MANDIOCA

EM MEMÓRIA AO DIA DO ÍNDIO - OS ETERNOS AMIGOS DA TERRA.

parte 1

       Era um dia ensolarado com poucas nuvens no céu, e nossos amiguinhos foram até o Lago Doce, saborear um gole do delicioso suco de mexerica que escorre lá do alto da pedra.
       Estavam todos satisfeitos, quando de repente apareceu em volta deles vários índios armados com lanças, arcos e flechas. Falavam uma língua estranha, que ninguém conseguia entender. Guaraná assustado disse, então:
       - Calma pessoal, tem suco de mexerica para todos!
       Dentre os índios armados, estava um menino, que se virou para seus amigos, pedindo que abaixassem as armas. O menino foi até o Guaraná e o cumprimentou:
       - Menino com capacete, vejo que você é um dos nossos. Venha até a nossa aldeia.
       - Ora, mas isso aqui não é capacete, é o meu cabelo! – Guaraná protestou.
       - Mesmo assim, venha com seus amigos – disse o jovem índio.
      Chegando na aldeia ficaram admirados com o que viram. Havia muitas ocas, homens, mulheres, crianças e bichinhos de estimação. Bolacha, a menina cientista, não sabia que ali em Lindópolis, ainda havia índios vivendo em condições tão naturais. Então o jovem índio Apyaba, conhecedor do idioma das crianças, contou a história da sua tribo.
       - Nós eramos, milhares de índios, com muitas tradições e culturas diferentes, aqui nesta terra imensa, mas desde centenas de anos, nosso povo vem sendo destruído de diversas maneiras: no início pela escravidão, depois pela invasão e posse de nossas terras.
       - E por que invadem suas terras, se nosso país é tão imenso? – perguntou Paulinha.
       - Para a exploração agrícola, extração de minérios ou simplesmente para satisfazer o grande desejo de alguém em ter uma gigantesca propriedade, onde nada se planta e nada se cria. E a cada ano que passa nos sentimos mais encurralados e desprotegidos.
       - E como vieram parar aqui na Floresta Secreta? – perguntou Pirrixa.
       - Nossa tribo veio do Interior, de muito longe, e encontramos aqui um cantinho protegido e com tudo o que precisamos para viver em paz.
       - Quero que vivam aqui pra sempre, pois esta floresta é de vocês também – disse Tampinha, já com os olhos brilhando de lágrimas.
       - Mas, o que está acontecendo, que nos trouxeram até aqui? – perguntou o Guaraná.
       Então Apyaba, disse aos novos amiguinhos:
       - Estamos tendo um grande problema. Toda a mandioca que plantamos, está desaparecendo. Ela é muito importante para a aldeia, porque além de comermos cozida, dela fazemos vários produtos, como a farinha e o polvilho para alimentar o nosso povo.
        - Acho que as mandiocas estão sendo roubadas de noite – disse Bolacha.
       - Então ficaremos acordados nesta noite, que é para ver quem são os ladrões de mandioca! – exclamou Pirrixa, abraçando seu amigo inseparável, o Guaraná.



       Então os índios guardiões da tribo ficaram atentos naquela noite, esperando por alguma surpresa. 
       Já era tarde, quando silenciosamente, surgiu no céu uma máquina voadora. Dela saiu uma garra presa a um cabo de aço. Os sentinelas da aldeia ficaram surpresos quando a garra prendeu os pé de mandioca, arrancando-o do chão. Lá no alto tinha um tesourão que cortava as folhas e os caules, jogando-os fora. Guaraná e Pirrixa já dormiam o décimo sono, quando várias folhas caíram sobre eles, acordando-os.      
       - Acorda, Guaraná! Veja, uma mão mecânica presa num cabo de aço. Não podemos continuar dormindo! - gritou Pirrixa muito assustado, levantando num pulo feito um gato.

parte 2

       Guaraná e Pirrixa correram se juntando aos índios, que estavam agarrando o cabo de aço no momento em que a garra desceu. Sentindo o peso extra, a máquina voadora balançou, e quem estava no comando resolveu fugir. E lá se foi pelo céu, a nave e todos os que seguravam o cabo de aço. A nave atravessou a Floresta Secreta, indo na direção da cidade.
       Já estava perto de pousarem, quando avistaram uma pequena fábrica no alto da colina, e tinha um cartaz que dizia assim: “Néctar dos Deuses”. Pousando suavemente na colina, os índios, Guaraná e Pirrixa descobriram finalmente quem estava por trás do roubo das mandiocas.
       Devido a grande seca do verão, aconteceu que a mandioca estava em falta, e os estoques de farinha na cidade haviam acabado. Preocupado em não poder encontrar a deliciosa farinha, o Doutor Morte resolveu roubar a plantação de mandioca dos índios para manter uma pequena fábrica de farinha no fundo do quintal.
       Os índios ficaram revoltados com o Doutor, e queriam dar um “sacode” nele, mas as crianças impediram, porque, embora o doutor tivesse agido errado, não era de todo mau. Ele devolveu toda a mandioca roubada e se comprometeu a passar um mês na aldeia, para ajudar no plantio da futura colheita. Desta forma ele aprenderia a cultivar sua própria plantação de mandioca no quintal de casa.
       Então, todos retornaram à aldeia na máquina voadora, e lá passaram a noite.
    Os índios ficaram satisfeitos, porque agora tinham toda a mandioca que precisavam para preparar os alimentos.


         Já era dia, e a Turma do Guaraná, se despediu dos seus amigos índios. Então, Apyaba, o índio valente, trouxe um presente para cada um:  Paulinha ganhou uma maracá – tipo de chocalho com sementes; Tampinha ganhou uma flauta, que é pra ela se juntar com Paulinha e formarem uma banda tocadora de músicas indígenas; Bolacha ganhou um belo cocar de penas que é para usar na escola, no dia 19 de abril, o Dia do Índio; Guaraná ganhou um pequeno pote de cerâmica com sementes de guaraná e Pirrixa ganhou uma moringa feita de cabaça decorada com pinturas, que é pra ele carregar água quando for pra longe.
       Guaraná enfiou a mão no bolso e deu aos indiozinhos da aldeia um punhado de bolas de gude, e Pirrixa deu como lembrança as cartinhas de bafo da Turma do Guaraná.


          Logo depois as crianças voltaram para casa e conversavam:
       - Eu acho que o doutor Morte não vai querer sair da aldeia tão cedo, porque lá ele tem farinha à vontade – disse Pirrixa.
       - Mas ele é muito esquisito e cheio de manias. Tão logo aprenda a plantar  mandioca, vão mandar ele embora – comentou Bolacha. E todos riram.
       E a Turma do Guaraná seguiu o caminho de casa, passando pelas trilhas da Floresta Secreta até o Lago Doce e depois caminharam beirando a Pedra da Mexerica, até sair na encantadora cidade de Lindópolis.

FIM

Este é para você pintar. 























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terça-feira, 4 de abril de 2023

PIRRIXA E O BEZERRO DESMAMADO

Olá, amiguinho!

Seja bem-vindo!

Hoje, trago uma aventura com o Pirrixa.

O BEZERRO DESMAMADO

       Pirrixa não imaginava que naquele dia iria acontecer algo tão legal e diferente.
      Quando ele voltava da escola, apareceu no caminho um velho, que carregava preso a uma corda um jovem bezerro. O velho caminhava bem devagar, e o bezerro parecia ser muito manso.
       Quando o velho aproximou-se de Pirrixa perguntou:
       - Menino, estou vendendo este bezerro. Não gostaria de ficar com ele?
      - Não posso, senhor. Não tenho bastante dinheiro para comprá-lo. Tenho apenas estas três moedas – respondeu Pirrixa.
       - Então, me dê as três moedas e pode levar o bezerro.
       Naquele instante, os olhos de Pirrixa brilharam. Ele ficou muito feliz, porque agora tinha seu próprio bezerro de estimação.
       Chegando a sua casa, que ficava num imenso quintal, conversou com os pais, que o deixaram ficar com o bezerro. Então Pirrixa, foi até a geladeira, pegou um pouco de leite e colocou numa velha mamadeira de sua irmã mais nova, a Paulinha, e ofereceu ao bezerro. Ele mamou tudo.
       Paulinha adorou o bezerro, e decidiu dar umas voltas pelo quintal, montada no lombo do jovem animal. Claro, que Pirrixa ia segurando pela corda, para o caso do bezerro se assustar e sair em disparada. Deu tudo certo, e Paulinha se divertiu bastante.
      A noite chegou. Pirrixa deu a mamadeira ao bezerro e o deixou embaixo do coqueiro, que era baixo e tinha folhas largas o suficiente para protegê-lo do sereno. O coqueiro ficava perto do muro, que dava de frente para a rua. Pirrixa vendo que já era hora de dormir, entrou e foi deitar-se.

Este é o Pirrixa. Ele é um menino muito engraçado que adora andar de skate.

       De madrugada, por volta das duas horas, Pirrixa acordou com o barulho do bezerro, que mugia alto, como se estivesse chorando. Então, ele vestiu um agasalho e foi ao quintal, para ver o que estava acontecendo.
       Na rua, em frente de casa, havia uma vaca próxima do muro, que mugia muito alto, e o bezerro respondia do lado de dentro.
       Foi então, que Pirrixa entendeu que a vaca era a mãe do bezerro, e deveria ter passado o dia e a noite procurando pelo seu filhote.
       A vaca estava agitada porque queria de qualquer jeito entrar no quintal para pegar seu filho de volta. Se agitava e levantava as patas, como querendo pular o muro. Enquanto isso, o bezerro mugia e andava pra lá e pra cá, querendo achar a saída do quintal e ir de encontro a sua mãe.
       Vendo que se tratava de um reencontro entre mãe e filho, Pirrixa correu e abriu o portão, libertando o jovem bezerro desmamado, que correu para a sua mãe. Ela o encheu de carinho, lambendo-o da cabeça aos pés. Para comemorar o reencontro, o bezerro mamou, ali mesmo, o delicioso leitinho de sua mãe.
       Pirrixa ficou observando o encontro feliz dos bichinhos. Depois, fechou o portão e entrou, pois já ficara muito tempo no sereno.
       Ele foi deitar-se feliz, consciente de que fizera a coisa certa, soltando o bezerro para ir embora com sua mamãe.

FIM

Até a próxima historinha.


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