Olá, amiguinho.
Seja bem-vindo ao blog da Turma do Guaraná,
onde você encontra leitura, diversão e muita aventura.
As crianças estavam de férias e resolveram passear pela Floresta Secreta,
e veja só o que aconteceu...
O MISTÉRIO
DA CASA SOMBRIA
Numa bela tarde de inverno, as crianças
foram passear na Floresta Secreta para saborear o delicioso suco da
mexeriqueira que fica lá no alto da montanha. Todo dia, ela derrama seu suco,
que escorre e se acumula na terra, formando um lago diferente de todos que já
se conheceu até hoje, pois este lago é formado por suco de mexericas. As
criaturinhas da floresta adoram o Lago Doce, pois o suco é docinho e saboroso.
Chegando lá, as crianças ficaram ali, na
beirinha enchendo os copos e bebendo. Trouxeram, inclusive, algumas garrafas
para encher e levar para casa.
Após se fartarem, decidiram voltar pra
casa, seguindo a trilha. Mas, no meio do caminho começou a cair uma chuva muito
forte, e também aconteceu que a ribanceira do morro deslizou, obstruindo a
passagem. Sem conhecer outro caminho para chegar em casa as crianças correram na
direção das bananeiras para se abrigar. Elas tinham as folhas largas e as
protegiam da forte chuva que caía, mas não era o suficiente.
Foi então que o Guaraná avistou lá por
trás do bananal, uma casa muito simples e pequenina coberta com palha. Todos correram
para lá.
Chegando a casa, Pirrixa bateu na porta,
esperou um pouco, mas ninguém atendeu.
- Puxa, não tem ninguém. Vamos entrar
pessoal – falou o Pirrixa.
- Vamos! Já não aguento mais esta chuva!
– gritou a Bolacha.
Então as crianças entraram naquela
humilde casinha e que bem arrumada era.
-
Esta casa não parece abandonada – disse o Pirrixa, observando que a lareira
estava acesa.
-
Olhem um fogão à lenha com um caldeirão em cima. Alguém deve estar preparando o
jantar – observou o Guaraná.
- Ui! Que medo! Tem algo estranho neste
lugar – disse Tampinha se aproximando da lareira pra se aquecer do frio.
- Uma casa perdida no meio da
floresta... Quem será que mora aqui? – perguntou Paulinha.
- Deve ser alguém muito corajoso pra
morar aqui neste lugar perdido – respondeu a Bolacha.
As crianças estavam aconchegadas e
aquecidas na casa, mas precisavam ir embora, porque já era tarde. Foi quando
ouviram um barulho na porta da cozinha.
-
Alguém está chegando – disse a Paulinha, já correndo para se esconder no
quarto.
- Não quero nem ver – Tampinha falou,
cobrindo os olhos com as mãos.
E as crianças correram para se esconder
no quarto.
Fizeram muito bem, pois a dona da casa
chegou e não iria gostar nada quando visse aquelas crianças bisbilhotando.
A dona da casa era uma velha senhora,
que morava ali há muitos anos.
As crianças estavam escondidas dentro
do quarto, imaginando quem seria aquela pessoa que entrou na casa. Havia na
porta uma fresta, por onde olharam e mataram a curiosidade. Foi então que
avistaram a impressionante imagem da dona da casa. Era uma velhinha, mas não
era normal. Era uma bruxa terrível, que segurava nas mãos uma sacola, e falava:
- A chuva forte me atrapalhou! Só consegui
colher estes cogumelos venenosos, e capturar alguns sapos gosmentos!
A Tampinha se resfriou e sem conseguir
se conter, espirrou: “ATCHIM!”.
A
bruxa ouviu o espirro, e perguntou:
Ninguém respondeu. Então, ela, esperta
como era, entrou no quarto e descobriu as crianças escondidas.
- Ahh! Então vocês estão aqui,
escondidos. E agora, o que faço com vocês? - perguntou a bruxa às crianças.
- Deixe-nos ir embora. Já é tarde, e
precisamos atravessar a floresta – respondeu a Bolacha.
Então, a bruxa deu uma gargalhada aterrorizante,
que estremeceu toda a casa e ecoou por todo o vale da floresta:
- Huá! Huá! Huá! Eu poderia
transformá-los em sapos gosmentos para o jantar!
- Dona bruxa, não nos transforme em
sapos. Nós entramos em sua casa só pra nos proteger da chuva – disse Tampinha
fazendo biquinho de choro.
- E já estamos de saída – disse a
Paulinha, já atravessando a porta do quarto.
Foi então que a bruxa sorriu e disse:
- Hua! Hua! Crianças, eu estou só
brincando. Não se assustem. Não sou uma bruxa má.
- Ah, não? – perguntou o Pirrixa.
- Não. Eu não como criançinhas, mas
somente cogumelos, lagartixas, olho de morcegos e baratinhas fritas. Também
adoro uma deliciosa sopa de aranhas negras com nabos frescos.
-
Eca! – As meninas fizeram em coro.
A bruxa se apresentou às crianças. Seu
nome era Goya.
Depois de conhecer seus visitantes, Goya deixou que todos saíssem do quarto e se arrumassem para ir embora.
Como já havia estiado, ela mostrou-lhes
outra trilha que não estava obstruída e que os deixaria perto da Vila das
crianças. Bolacha deu à bruxa Goya uma garrafa de suco de mexerica como
recordação.
Então, as crianças se despediram da
bruxa e partiram para casa.
No meio do caminho, as meninas
perceberam que Guaraná e Pirrixa desapareceram.
-
Onde os meninos estão? Só faltava essa! Eles sumirem no meio da mata! –
exclamou a Bolacha.
Foi então que as meninas viram dois
sapos em cima da mochila deles.
- Oh, não! A bruxa Goya transformou o
Guaraná e o Pirrixa em sapos! – gritou a Tampinha.
- Mas como? Se eles estavam andando com
a gente ainda há pouco? – perguntou a Bolacha.
- Não sei, mas veja, são Guaraná e
Pirrixa transformados em sapos – falou a Paulinha.
- Li num livro que só há um jeito de
quebrar o encanto da magia: beijando os sapos, e eles voltarão a ser os
menino – esclareceu a Tampinha.
- Isso tá muito estranho – disse a
Bolacha desconfiada.
Foi então que, com muito nojo, a
Tampinha e a Paulinha, pegaram os sapos e deram um beijo em cada um... Nada
aconteceu... De repente, de trás das moitas, apareceram o Guaraná e o Pirrixa
rindo muito das meninas, por terem beijado os sapos.
- Ora, seus enganadores! Palhaços! –
elas gritaram com nojo.
E
as meninas correram atrás do Guaraná e do Pirrixa até saírem na Vila das
Crianças, querendo pegá-los pra dar uns tabefes.
FIM
Termino a postagem aqui.
Tenham um bom fim de semana,
se divirta bastante, e não se esqueça de visitar a Turma do Guaraná,
que no domingo volta com mais aventuras.
Grande abraço.
Paulo Alves
4 comentários:
ficou muito engraçada a historinha no final! E o desenho ficou d+ :-)
Oi, Rafael.
Também gostei muito desta historinha.
O desenho foi muito trabalhoso, ms vale a pena ler o comentário dos amigos.
Abraços!!
Paulo Alves
Oi Paulo Alves, que delicia de história. O hábito da leitura é muito saudável e a Turma do Guaraná faz isso bem demais. Abração.
Oi, Paulo Gibi.
A Turma do Guaraná existe para incentivar a leitura. Também quero oferecer às crianças diversão, aventura, e momentos de reflexão, para construir um mundo melhor.
Abraços!!
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