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domingo, 21 de dezembro de 2014

TURMA DO GUARANÁ E O VELHO PINHEIRO DE NATAL

Olá, amiguinhos!
Sejam bem-vindos ao site.
Mas uma vez, estamos reunidos aqui para ler uma incrível aventura com a Turma do Guaraná: um lindo conto de Natal.



       Estamos no fim do ano, e nesta época se comemora uma data muito importante: o Natal.  Todas as cidades ficam iluminadas por milhões de lampadinhas e também muito enfeitadas com guirlandas, estrelas, sinos, anjos e presépios. É tempo de perdoar as pessoas que nos fizeram algum mal, e receber parentes e amigos para juntos celebrarmos o nascimento de Jesus.
       Em Lindópolis, não é diferente. As pessoas estão empenhadas para que suas casas fiquem bonitas para o Natal. Todos estão felizes e esperam, ansiosos, a chegada da grande noite de Natal. Mas, antes ainda, todo ano, o prefeito de Lindópolis organiza o grande concurso da árvore de Natal mais bonita e reluzente da cidade. Porém, não pode ser uma árvore artificial, precisa ser um pinheiro de verdade, enfeitado com muitas estrelas, bolas, laços e tudo o mais que tem direito.
       Guaraná e Pirrixa estão participando, mas antes, ainda precisam arrumar um belo pinheiro.
Entrando na Floresta Secreta, em certo lugar, se encontra muitos, pequenos e grandes, porém é preciso arrancar com a raiz e a terra, colocá-lo num vaso grande e carregá-lo até o jardim de casa.
       Então, numa ensolarada manhã, os meninos e as meninas foram à Floresta Secreta, e andando por algumas trilhas, chegaram até uma floresta de pinheiros. As crianças ficaram aborrecidas, pois já tinham pego todos os pinheiros pequenos, e os que restaram eram tão grandes que eles jamais conseguiriam tirar da terrra...
       Guaraná, meio decepcionado, aproximou-se de um pinheiro muito alto, e olhando atentamente, observou que havia no tronco muitas ondulações que mais lembravam olhos enrugados. Aproximando-se ainda mais para ver os “olhos” de perto, aconteceu uma coisa incrível.
       – Oh, não! O que estou fazendo aqui? Passei para o outro lado da árvore! Estou dentro dela! Socorro!
       Guaraná fora tragado pelo olho da árvore e agora via tudo o que seus amigos faziam na floresta.  Foi então, que Guaraná conversou com seus amigos. Agora, que estava dentro do velho pinheiro, sabia de todos os seus segredos. As crianças, na floresta, ouviam o que Guaraná dizia, cuja voz era a da árvore, um som arrastado, estremecedor e grave.
       Guaraná entendia dos sentimentos da árvore, e agora, sabia do maior desejo de sua vida: Ser uma linda árvore de Natal. Então, Guaraná disse ao espírito da árvore:
       – Senhora árvore, prometo te ajudar, mas preciso sair daqui, pois já é tarde e preciso voltar para casa.
       Desta forma, o velho pinheiro deixou-o sair. Num instante, Garaná passou para o outro lado onde os seus amigos estavam.
       As crianças souberam que o velho pinheiro já vivera mil e duzentos anos, e que muito sabia da vida daquela floresta: vira queimadas e reflorestamentos naturais; tivera muitos amigos, plantas e animais, e que muitos já se foram. Durante toda a sua vida fora muito feliz, mas ainda lhe faltava realizar um sonho: virar uma árvore de natal. As crianças poderiam realizar seu sonho, enfeitando-a com bolas, laços e lâmpadas pisca-pisca.
       – Mas, precisamos levá-la até a praça pra que todos possam contemplar sua beleza – disse a Tampinha.
       – Ela é grande demais. Como poderemos retirá-la daqui? – perguntou a Paulinha.
       Então, o velho pinheiro, com sua voz grave e estremecedora, disse às crianças:
       – Vão para casa, descansar. Amanhã, terão uma grande surpresa...
       Assim, a Turma do Guaraná foi embora para casa.
       Logo a noite chegou. A cidade inteira dormia, assim, ninguém viu o que acontecera nos mistérios da escuridão. O velho pinheiro, usando de toda a sua força, puxou suas raízes das profundezas da terra e passou a caminhar pela floresta, sobre suas raízes, como se fossem tentáculos de uma lula gigante, até chegou à cidade. Na praça, encontrou um jardim e lá fincou suas raízes, novamente, no solo, se fixando firme e esperou o amanhecer...


       Pela manhã, muitas pessoas que por ali passavam se admiraram com tão belo pinheiro, sem entender com foi parar ali.
       Logo, as crianças chegaram e se surpreenderam ao ver o velho pinheiro na praça. Esta era a surpresa: lá estava ele, pronto para ser enfeitado por elas, que não perderam tempo. Trouxeram todo tipo de enfeite para colocar na árvore e já começaram o trabalho.
       O prefeito da cidade, o Senhor Patonildo, vendo as crianças enfeitando a árvore com tanto empenho, doou muitas e muitas lampadinhas pisca-pisca.
       Guaraná e Pirrixa usaram de escadas e cordas para chegarem aos mais altos galhos para por os enfeites. Assim, se passou a manhã.
       Naquela tarde, como sempre acontecia em Lindópolis na época do Natal, caiu a chuva de estrelas. Um fenômeno ainda sem explicação, quando milhares de estrelas anãs, brilhantes e frias, do tamanho de uma bola de pingue-pongue, caem do céu, como um presente para a população que as recolhem e levam para enfeitar suas árvores de Natal. No alto do velho pinheiro caiu uma delas, e lá ficou com seu brilho intenso, como se tivesse sido atraída pela árvore.
       No final da tarde, o prefeito Patonildo ligou as lampadinhas. Que espetáculo de luz e cor. As luzes piscavam, enquanto o sol ia caindo no horizonte de Lindópolis.
     Quando a noite chegou, saiu o resultado do concurso que elegia a árvore de Natal mais bonita da cidade, e não foi surpresa, quando o velho pinheiro foi o escolhido. Então houve muita comemoração, com doces, salgados e refrigerantes. Toda a população foi contemplar a mais bela árvore daquele Natal.
       Então, as crianças comentaram:
       – Vejam! Está caindo gotas de orvalho da árvore... – observou a Bolacha.
       – Ora, vai ver que ela está chorando... – disse a Tampinha.
       – Chorando de felicidade – completou o Guaraná.
       Então, assim disfarçadamente, a árvore piscou e sorriu para as crianças. Só elas viram – Só as crianças podem ver estas coisas...
       Todas as pessoas na praça se cumprimentaram, se abraçaram e apertaram as mãos, e gritaram “Um feliz Natal!” – de paz e de amor.

Fim



Tenham todos um Feliz Natal e um próspero Ano Novo!
Obrigado pela sua visita, e até a próxima história.


Um comentário:

Paulo Alves disse...

Olá, Fabiano!
Um feliz Natal para você e seus familiares.
Grande abraço.

Paulo Alves