TODA CRIANÇA GOSTA DE BRINCAR E DE LER.

SEJA BEM-VINDO AO SITE DE LEITURA DO CLUBINHO DO GUARANÁ. AQUI VOCÊ ENCONTRA HISTÓRIAS EM QUADRINHOS, CONTOS, DESENHOS E MUITA DIVERSÃO!

terça-feira, 28 de abril de 2015

TURMA DO GUARANÁ NA CAVERNA MAL ASSOMBRADA

Olá, amiguinhos!
Hoje, retorno com mais uma incrível aventura com a Turma do Guaraná.
Desta vez, uma história mal assombrada!



       O sol brilhava baixo no céu de Lindópolis, quando Guaraná levantou da cama num pulo só. Estava superanimado para iniciar o dia, pois estava certo de que viveria grandes aventuras. Pegou um lanche, frutas e algumas bolachas, colocou na mochila e correu na direção da casa do Pirrixa, seu amigo inseparável.
     Os dois meninos marcaram para ir até uma caverna que ficava na Floresta Secreta, uma vasta região de mata ainda intocada. Era uma caverna pouco conhecida e no seu interior havia um lago com água cristalina, que deixava transparecer os peixes que ali viviam. A intenção dos meninos, além de andar pelas trilhas selvagens da floresta e tomar banho no lago, era de pescar alguns peixes deliciosos para o almoço.
      Guaraná e Pirrixa já estavam saindo de casa, quando Paulinha, a irmã de Pirrixa, curiosa como era, perguntou aonde eles iam com tanta animação.
     – Ora, Paulinha, vamos para um lugar bem distante e perigoso. Você não pode ir com a gente.
     – Tá bem, não quero ir mesmo. Prefiro ficar aqui, brincando com as minhas amigas – respondeu Paulinha.
       E assim, os meninos foram embora em direção à Floresta Secreta.
       Atravessaram a cidade e logo chegaram à entrada da floresta. Depois, andaram por trilhas estreitas, passaram por uma ponte sobre o riacho, desceram um barranco, que de tão inclinado, era necessário segurar nos cipós e raízes das árvores, até, finalmente, chegarem lá embaixo, onde estava a entrada da caverna perdida na mata. Assim, lá se foram os meninos. Eles gostam mesmo de viver desafios selvagens como este.
       Chegando à entrada da caverna, atravessaram por uma estreita fenda, que ia dar num grande salão onde tinha uma pequena abertura no teto, o suficiente para fornecer uma claridade. “Que lugar lindo, e ao mesmo tempo assustador” – eles pensaram. Nada se ouvia ali, senão o gotejar das infiltrações que pingavam de vários pontos do teto. Os meninos estavam maravilhados diante de tanta beleza natural. Era realmente, impressionante.
       – Bem, o lugar é muito bonito, mas não vamos ficar aqui só olhando – disse o Pirrixa se preparando para dar o primeiro mergulho.
       Então, os meninos nadaram e brincaram no lago de águas límpidas. Entretanto, nem só de brincadeira vivem as crianças. Era hora de parar e se concentrar para fisgarem alguns peixes deliciosos para o almoço.
       Arrumaram a isca na ponta do anzol e ficaram quietinhos, em silêncio, de modo a não espantar os peixes ariscos. Tanto silêncio era naquele salão, que dava até para ouvir as gotas d’água que despencavam do alto da caverna e caíam no lago...
       Então, os meninos se olharam.
       – Você ouviu este barulho, Pirrixa? – Perguntou o Guaraná.
       – Não... – Respondeu Pirrixa.
       – Preste atenção, é bem baixinho...
       – Ei, é alguém falando... Vem dali – disse o Guaraná apontando para uma passagem que dava para um outro salão da caverna, e era bastante escuro.
       – Pirrixa, vamos lá ver quem é.
       Assim, os meninos caminharam nas pontas dos pés pra não fazer nenhum barulho. Quando chegaram na outra sala se depararam com algo incrível... Era um fantasma!
       – Quem são vocês, que ousam invadir a minha caverna?! – Gritou o fantasma.
       Os meninos se arrepiaram da cabeça aos pés e ficaram sem ação, apavorados. Então, o fantasma disse:
       – Agora que descobriram que esta caverna é mal-assombrada, não os deixarei sair daqui, nunca mais. Ficarão aqui para sempre e me ajudarão a achar o meu tesouro!
       – Que tesouro? Quem é você? – perguntou o Pirrixa.
       – Eu sou o fantasma do pirata Bigodinho de Ouro. Enterrei um baú com dobrões de ouro aqui, há muito tempo atrás, e vocês cavarão para mim até achá-lo – respondeu o fantasma.
       – Senhor fantasma, você me desculpe, mas preciso voltar pra casa antes que minha mãe perceba que levantei e não arrumei minha cama – disse o Guaraná.
       – E eu preciso voltar cedo pra estudar pra prova de amanhã – disse o Pirrixa.
       E os meninos já iam saindo de fininho, quando o fantasma lançou um poder de raios sobre a entrada da caverna, fazendo com que pedras caíssem, fechando a única saída e impedido, também, a entrada de luz que vinha do outro salão, deixando o ambiente bastante escuro. Então, os meninos gritaram: “Socorro!”.
       Do lado de fora da caverna, Paulinha, Bolacha e Tampinha, sem os meninos saberem, os seguiram. Elas também queriam conhecer esta caverna tão linda da qual os meninos sempre comentavam. Curiosas, as meninas foram, devagarzinho, entrando no salão iluminado onde havia o lago com água cristalina. “Que lugar lindo e ao mesmo tempo assustador”, elas pensaram. Foi então, que a admiração das meninas se transformou em pavor!
       – Socorro! O fantasma nos prendeu aqui! – Gritaram os meninos do outro salão.
       – Os meninos estão presos atrás daquela parede imensa! – gritou a Bolacha, apontando para o paredão de rocha – precisamos ajudá-los.
       – Mas como, Bolacha? – Perguntou Tampinha, assustada.
       – Ora, não lembram que temos os poderes dos medalhões? – respondeu a Bolacha.



       Bem lembrado! As meninas tinham três medalhões com poderes e com eles poderiam salvar os meninos. Então, Bolacha tirou os medalhões do bolso, ficou com um e entregou os outros às amigas. Bolacha ficou com o medalhão flor, que invoca o poder da natureza; Tampinha ficou com o medalhão estrela, que invoca o poder das estrelas e da luz e Paulinha ficou com o medalhão coração, que invoca a força do amor e do bem.
       Segurando firme o medalhão estrela, Tampinha o apontou para o paredão de onde vinham os gritos dos meninos. Logo, saiu um feixe de luz azul que chocou-se com o paredão, explodindo a rocha e abrindo um buraco. Os meninos, sem entender o que estava acontecendo, passaram correndo pelo buraco, que dava para o salão onde as meninas estavam.
       – Meninas! O que estão fazendo aqui? – Perguntou o Pirrixa.
       – Corram! O fantasma quer nos aprisionar! – Gritou o Guaraná.
       O fantasma do pirata Bigodinho de Ouro ficou furioso quando viu os meninos escapando pela nova passagem, e foi ver quem o estava desafiando.
      Bolacha, quando viu o fantasma, usou o poder do medalhão flor, lançando sobre o fantasma o poder da natureza. Então, subitamente, saiu do lago muitos peixes-voadores que partiram para cima do fantasma, atingindo-o em cheio. O fantasma, assustado, voltou para onde havia saído.
       Agora, era a vez de Paulinha aplicar o poder do seu medalhão. Apontando-o na direção do buraco do paredão, invocou o poder do bem, que veio na forma de um raio branco, que ao chocar-se contra o paredão, derrubou muitas pedras que tamparam a saída do fantasma Bigodinho de Ouro, para sempre. O fantasma ficou com tanto medo das meninas, que nem tentou fazer mais nada, ficou quietinho lá. Pobre alma!
       – Ufa! Finalmente estamos livres daquele fantasma mau – disse o Pirrixa.
       – Eu que não quero ficar nesta caverna mal-assombrada – disse a Paulinha.
       – Mas antes, vamos salvar os peixes-voadores que estão se debatendo no chão – disse a Bolacha.
       – Ah, não! Não vamos embora sem curtir este lago maravilhoso – gritou a Tampinha.
       Então, as crianças pegaram os peixes e os jogaram na água, pois ainda estavam vivos, depois mergulharam, nadaram e brincaram no lago. Enquanto isso...   
         – Ei, Guaraná, o que está fazendo? Jogue os peixes no lago! – sugeriu a Paulinha ao ver o Guaraná colocando alguns peixes na sacolinha.
        – Esses aqui são da nossa pescaria. Vão com a gente – respondeu o Guaraná com um sorriso de orelha a orelha.
        – Isso mesmo! É o nosso almoço, pessoal! – Lembrou o Pirrixa.

       As meninas acham os meninos muito engraçados, então, caíram na gargalhada.


FIM

Obrigado pela sua visita. Retorne sempre.
Abraços.



Nenhum comentário: