Estamos novamente no fim do ano, e quantas coisas não aconteceram, boas e ruins, mas cá estamos nós, firmes e fortes para iniciarmos tudo de novo no ano que se aproxima.
Muita esperança de uma vida melhor, cheia de paz e amor, é o que nos mostra as festas de fim de ano, e para celebrar tudo isso, apresento o conto de Natal da Turma do Guaraná.
Pirrixa
tinha um sonho: andar a cavalo, mas não sabia como tornar este sonho realidade, até que um dia sua avó, que morava em Cochicho Chocho, uma
cidadezinha longe de Lindópolis, o presenteou com um... Bem, não foi com um
cavalo, mas com uma mula, a quem Pirrixa chamou de Doroteia.
Doroteia
era uma mula muito forte e valente. Pirrixa andava o tempo todo montado nela, e
sempre a emprestava para o seu inseparável amigo Guaraná.
Num belo
dia, os dois passeavam pela praça com Doroteia. Ora Pirrixa montado, ora
Guaraná montado, e assim, os dois meninos se divertiam. De repente, ficaram
surpresos ao encontrar um velhinho sentado no banco da praça, e foram até lá
para saber o porquê de tanta tristeza. Qual não foi a surpresa quando o pobre
velhinho lhes disse, com um sorriso sem graça:
– Ho, ho, ho, crianças!
– Esse
jeito de sorrir e falar, eu já conheço – disse o Pirrixa.
– É o Papai Noel! – Completou o Guaraná.
– Isso mesmo, meninos – respondeu o bom
velhinho presenteador.
– Que
surpresa, Papai Noel! – O que faz aqui, tão longe de casa? – Perguntou o
Pirrixa.
– Ora, estou aqui porque meu duende, ajudante e trapalhão, deixou a porteira aberta, assim todas as renas mágicas
voadoras fugiram. Então, saímos pelo mundo procurando-as, mas até agora, nada.
Papai
Noel estava preocupado, pois o dia da entrega dos presentes de Natal estava
chegando, e quem iria puxar o trenó, senão as renas mágicas voadoras.
Paulinha,
Bolacha e Tampinha, surpresas com a presença do bom velhinho na praça, já se
aproximaram. Elas saudaram Papai Noel e ficaram sabendo do ocorrido.
Então, Pirrixa teve uma ideia brilhante:
emprestar a sua mula para puxar o trenó com os presentes de Natal. Papai Noel
agradeceu, mas que pena que a mula Doroteia não podia voar.
– Ora, como não, pessoal? – Retrucou Bolacha –
Ainda tenho comigo um pouco do pó mágico voador da nossa última aventura.
O pó
mágico voador... Um pouquinho dele e Doroteia poderia voar centenas de
quilômetros mundo afora. Mas, seria peso demais para apenas uma mula puxar e a
pobrezinha ficaria muito cansada, pensou Papai Noel.
Guaraná
lembrou que conhecia algumas pessoas que tinham cavalos, éguas, mulas e outros
bichos do gênero. Assim, ele e os amigos saíram pela cidade, e não demorou
muito, trouxeram reforço para ajudar Doroteia nesta difícil tarefa: a eguinha
Pocotó; Zezé, o pangaré e o irmão gêmeo do Corcel Negro, Pirraça, o mais forte
cavalo de raça.
Agora Papai Noel ficou muito feliz, pois estava certo de que, com tantos animais
fortes, a entrega dos presentes estaria garantida.
Papai
Noel combinou com as crianças que logo que o Natal passasse, ele traria os
animais de volta.
Bolacha jogou um pouco de pó mágico voador sobre os animais que, imediatamente,
começaram a levitar, em seguida, começaram a trotar, a galopar, ganhar altura e
velocidade. Assim, começou a viagem de volta à Lapônia, onde o Papai Noel mora,
onde estão guardados os presentes das crianças do mundo inteiro.
Pirrixa e
Guaraná bem que ficaram com um pouquinho de lágrima no canto dos olhos com
saudades de Doroteia, mas, mesmo assim, estavam felizes, porque a magia do
Natal estava completa.
– Ho, ho, ho! – Gritou Papai Noel para as
crianças – Feliz Natal pra todos!
. . .
Uma semana
depois, Papai Noel retornou à praça de Lindópolis sendo puxado por oito
animais: os equinos e as renas fujonas. Ele explicou às crianças que, depois do
Natal, elas apareceram com a cara mais lavada, dizendo que foram dar uma
voltinha e que se esqueceram do Natal. Veja só! Papai Noel lhes deu dois
castigos: ficar uma semana sem passear pelos campos e nada de assistir televisão.
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