Sejam bem-vindos ao site da Turma do Guaraná, um espaço de leitura dedicado às crianças e adolescentes.
Hoje, apresento a nova história com a turma.
Lindópolis é uma cidade encantadora,
ainda mais em dias de céu azul e ensolarados. Lá existe um bairro conhecido
como Vila das Crianças, onde há uma praça espaçosa. Além de um lago com cisnes
nadando tranquilamente, encontra-se brinquedos, jardins floridos, muitas
árvores e banquinhos de madeira.
Neste belo dia, as amigas Paulinha e
Tampinha estavam na praça brincando de fazer bolinhas de sabão. Elas tinham um
caneco com uma mistura de água e sabão e dois canudinhos para soprar. Ali perto,
Guaraná e Pirrixa observavam as meninas enquanto discutiam uma maneira de como
arrecadar dinheiro para comprar uma bicicleta. Guaraná disse à Pirrixa que seria
necessário que eles trabalhassem para ganhar dinheiro, e Pirrixa respondeu:
- Mas como, se nós somos crianças? Não
podemos trabalhar.
- Mas, é trabalho de brincadeirinha. É
só por alguns instantes, o suficiente para ganharmos o dinheiro da bicicleta.
- O que poderíamos fazer para ganhar
dinheiro? – perguntou Pirrixa.
- Ora, poderíamos vender alguma coisa.
- Venderíamos nossas figurinhas,
bolinhas de gude?
- Hum... Poderíamos vender bolinhas de
sabão, que são fáceis de fazer e custam quase nada – sugeriu Guaraná.
- Há, há, há! Mas elas duram pouco e
logo estouram! Quem vai querer comprar uma bolinha de sabão?
- É mesmo... Mas, e se elas não
estourassem e fossem resistentes? Faríamos muitas bolinhas de sabão,
amarraríamos a uma linha e venderíamos aos montes, bem baratinhas.
- Amarrar uma linha na bolinha de sabão?
Há, há, há! Não me faça rir, Guaraná. Isso é impossível.
- Não para a nossa amiga Bolacha, que é
cientista e inventa de tudo.
- Então, vamos até ela. Bolacha é mesmo
muito inteligente e não seria difícil para ela criar um sabão que produza bolas
super-resistentes.
Assim, Guaraná e Pirrixa foram à casa da
Bolacha conversar com ela sobre a possibilidade da nova invenção. A menina, que
entende de muitos assuntos: química, física, robótica e matemática, logo chegou
a uma fórmula de sabão que não serve para lavar roupas, mas que produz bolas
super-resistentes e que não estouram fácil. Bolacha inventou a Máquina Sopradora
de Bolas de Sabão. Depois, ela disse aos meninos:
- Utilizem a máquina somente um
pouquinho, pois ela produz muitas bolas por minuto, senão vocês vão perder o
controle...
Então, Guaraná e Pirrixa agradeceram à
Bolacha pelo novo invento e o levaram para a praça. Chegando lá, ligaram a
máquina, que imediatamente começou a fazer as bolas de sabão. Tão resistentes
eram, que os meninos as pegavam no ar e amarravam uma linha em cada uma delas.
Eram grandes como se fossem balões de aniversário. A máquina era tão rápida que
logo Guaraná e Pirrixa não conseguiram mais dar conta de amarrar tantas bolas.
A cada segundo saía da máquina uma bola de sabão. Logo, eram tantas que os
meninos perderam o controle, conforme Bolacha lhes avisara. Naquele instante,
havia centenas de bolas em volta dos meninos, até que finalmente Pirrixa
conseguiu desligar a máquina. De repente, apareceram muitas crianças, centenas
delas, que invadiram a praça e pegaram as bolas para brincar, enquanto as outras
ganhavam os céus de Lindópolis. Guaraná e Pirrixa olharam admirados para todas aquelas
crianças, sem saber de onde vieram.
- Puxa, tantas bolas, mas não
conseguimos vender nenhuma – disse Guaraná.
- As bolas que as crianças não pegaram,
ganharam os céus da cidade – reclamou Pirrixa.
Os dois meninos não esconderam as
lágrimas e começaram a chorar num berreiro só : “Buá, Buá!”.
Guaraná e Pirrixa não sabiam, mas um
grande evento acontecia na praça naquele instante. Então, veio caminhando na
direção deles o prefeito da cidade, o Senhor Patonildo, que lhes perguntou:
- Vocês sabem quem fez tantas bolas?
Guaraná e Pirrixa contiveram as
lágrimas, se entreolharam e responderam:
- Fomos nós, mas como o Senhor vê não
temos mais nenhuma.
- Claro que não! As crianças do orfanato
pegaram todas.
- Crianças do orfanato? – perguntaram em
coro.
- Sim! E vejam como os pequeninos
brincam felizes! Muito obrigado!
- Ora, não foi nada – respondeu Guaraná
secando uma lágrima no cantinho do olho.
- Bem, vou lhes entregar uma recompensa pelo
excelente trabalho com a confecção e entrega das bolas às crianças do orfanato
– disse o prefeito.
Os meninos brilharam os olhinhos quando
o prefeito lhes entregou a recompensa, que era um grande saco de pano.
- Obrigado, Senhor Prefeito – disse Pirrixa
orgulhoso ao pegar o saco.
Guaraná o abriu, viu o que tinha dentro
e comentou:
- Pirrixa, é tanta moeda que dá para
comprar, não somente uma bicicleta, mas duas!
- Hêêê, Viva! – gritaram os meninos de
felicidade.
FIM
Bom final de semana,
e até a próxima aventura com a Turma do Guaraná.
cartunista
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