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terça-feira, 12 de dezembro de 2017

TURMA DO GUARANÁ E A PEDRA DO MAMUTE

       
Olá, amigos leitores!
Estou de volta com uma aventura inédita da Turma do Guaraná!
Desta vez, será revelado um grande mistério de Lindópolis...


       Mais um dia lindo amanhecia em Lindópolis, quando de repente, ecoou um estranho barulho por trás de uma montanha muito conhecida na cidade, a Pedra do Mamute. Esta Pedra tinha 300 metros de altitude, ficava perto do mar e se confundia com as outras montanhas, que se estendiam por muitos quilômetros adentro da Floresta Secreta, uma reserva biológica rica em espécies animais e vegetais.
       Não muito distante dali, Guaraná esperava pelo almoço, mas que surpresa foi quando descobriu que seria sopa de nabo. Ele detestava. Então, sem a mãe saber, ele foi até fundo do quintal e jogou fora toda a sopa.


       Enquanto isso, O barulho continuava a ecoar por toda a floresta. Os pássaros voavam assustados e os preás, pequenos roedores, corriam sem rumo pela mata. Observando de perto, grandes árvores podiam ser vistas caindo, e que estrondo faziam ao atingir o solo da floresta. Ora! Eram os irmãos Dalvo e Valdo que estavam a explorar madeira ilegalmente. Com suas potentes motosserras cortavam árvores gigantes, como jacarandás, carvalhos e ipês centenários. Que malvados! Não entendiam sobre o mal que estavam fazendo à floresta.
       Porém, um acontecimento inédito para os moradores da pacata Lindópolis estava prestes a acontecer. Com o soar ensurdecedor das motosserras, a Pedra do Mamute começou a balançar. Havia um pequeno tremor de terra nas redondezas da montanha, e esta se mexia lentamente. Um grande mistério de Lindópolis estava se revelando naquele momento. Aquela Pedra gigantesca estava tremendo e balançando como se fosse viva. Foi assim que os moradores de Lindópolis descobriram que a Pedra do Mamute não era uma pedra, mas de fato um mamute gigante que estava ali, na beira do mar, hibernando por tantos séculos. Mamutes eram como elefantes primitivos que andavam pela Terra há cerca de 10.000 anos.


       Quando Dalvo e Valdo sentiram que a “pedra” estava estremecendo, imediatamente pararam os serviços. Ficaram assustados quando viram que a montanha estava viva e saíram correndo em disparada, deixando as motosserras para trás.
       Toda a cidade pôde contemplar o mamute gigante se levantando do seu sono profundo. Ele sacudiu-se um pouco, e de longe se avistava toda a vegetação que crescera sobre o seu pelo voando pelos ares. Então, o que todos acreditavam ser uma montanha, agora andava lentamente na direção da floresta.
       Quando a noite chegou em Lindópolis, o mamute gigante estava na floresta procurando por comida. Comia o que encontrava pela frente, mas um cheiro lhe chamou a atenção. Era o cheiro dos nabos da sopa que Guaraná jogou fora.
       Ao amanhecer, a população levou um baita susto ao ver aquele bicho enorme movendo-se na direção da cidade. Foi um pânico geral. As pessoas fugiam desesperadas pelas ruas e dirigiam seus carros para longe, com medo de serem pisoteadas. Por sorte, a casa de Guaraná era perto da floresta, assim o gigante não foi para a cidade, senão a destruição seria total.
       Guaraná estava acordando, quando viu o mamute aproximando-se do fundo do quintal. Ele chegou devagarinho, fuçou com sua tromba, pegou os nabos e jogou na boca. Procurou por mais, até que encontrou uma horta repleta deles. Guaraná adorou esta parte, pois nunca mais sua mãe iria lhe servir sopa de nabo, porque, simplesmente, o mamute comera todos.
       O prefeito de Lindópolis, o Senhor Patonildo, muito preocupado com todo o acontecimento, pediu ajuda aos seus melhores cientistas e conselheiros, mas nenhum teve a resposta de como impedir que o mamute viesse até a cidade e destruísse tudo com suas passadas gigantescas.
       Então, após haver descoberto que o mamute adorava nabos, Guaraná se reuniu com a sua turma e discutiram uma solução para afastá-lo da cidade. Depois, a turma foi ter uma conversa com o prefeito, que lhes perguntou:
       – Crianças, como podemos afastar esse mamute gigante da nossa cidade e impedir que ele destrua tudo?
       – Lhe daremos nabos – respondeu Guaraná.
       – Mas, como nabos? – perguntou, confuso, o prefeito.
       – Este mamute adora nabo. Lhes daremos todos os nabos de que precisa para se alimentar e ele não virá mais à cidade – respondeu a Bolacha, que dentre as cientistas é a menina mais cientista e inteligente de todas.
       O senhor Patonildo coçou a careca, ficou meio desconfiado das crianças, mas aceitou o desafio.
       – Então tá, meninos! Vamos levar todos os nabos da cidade para o mamute, lá depois da floresta, no Vale Tenebroso, que é para ele não vir mais pra cá.


       E assim foi feito. O mamute fora atraído com uma isca de nabo e levado para o Vale Tenebroso, uma imensa região, além da Floresta Secreta, onde habitam criaturas estranhas e gigantescas.
        Enquanto isso, Dalvo e Valdo, voltaram às suas atividades ilegais de extração de madeira. Curiosos, Guaraná e Pirrixa entraram na mata em busca da origem do barulho ensurdecedor, e qual não foi a surpresa quando viram os dois lenhadores cortando as árvores. Então, os meninos foram até a cidade e avisaram ao Senhor Patonildo. Ele imediatamente mandou a polícia prender os dois por desmatamento e por terem acordado o velho mamute.
        Acomodado no Vale Tenebroso, o mamute gigante ficou tranquilo, mas era grande a preocupação dele voltar à cidade atrás de comida novamente. Então, Dalvo e Valdo, os culpados por terem acordado o mamute, foram condenados a cultivar uma plantação de nabos no Vale Tenebroso para alimentar o mamute, até ele voltar para hibernar.
        A partir deste acontecimento, nunca mais a mãe de Guaraná preparou sopa de nabo.
         Para comemorar a tranquilidade que estava de volta à Lindópolis, ela convidou o Senhor Prefeito Patonildo e a turma do Guaraná para um jantar, onde preparou uma deliciosa sopa de frango com jiló. Então, Guaraná perguntou com carinha de quem não gostou:
       – Oh, não! Mãe, posso levar esta panela de sopa de jiló para o mamute? Quem sabe ele não gosta!
        E todos riram do Guaraná.

FIM

Esta história foi uma grande lição para Dalvo e Valdo, 
que estavam destruindo a floresta.
 Agora, ficarão presos por um bom tempo
no Vale Tenebroso cuidando do mamute gigante.

Até a próxima história, amigos!
Se o Mamute não fosse tão grande assim, bem que as crianças
poderiam dar uma voltinha montada neles.
Já imaginaram?!


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