Olá, amigos leitores!
Estou de volta com uma aventura inédita da Turma do Guaraná!
Desta vez, será revelado um grande mistério de Lindópolis...
Mais um dia lindo amanhecia em
Lindópolis, quando de repente, ecoou um estranho barulho por trás de uma
montanha muito conhecida na cidade, a Pedra do Mamute. Esta Pedra tinha 300 metros de
altitude, ficava perto do mar e se confundia com as outras montanhas, que se
estendiam por muitos quilômetros adentro da Floresta Secreta, uma reserva
biológica rica em espécies animais e vegetais.
Não muito distante dali, Guaraná
esperava pelo almoço, mas que surpresa foi quando descobriu que seria sopa de
nabo. Ele detestava. Então, sem a mãe saber, ele foi até fundo do quintal e
jogou fora toda a sopa.
Enquanto isso, O barulho continuava a
ecoar por toda a floresta. Os pássaros voavam assustados e os preás, pequenos
roedores, corriam sem rumo pela mata. Observando de perto, grandes árvores podiam
ser vistas caindo, e que estrondo faziam ao atingir o solo da floresta. Ora!
Eram os irmãos Dalvo e Valdo que estavam a explorar madeira ilegalmente. Com
suas potentes motosserras cortavam árvores gigantes, como jacarandás, carvalhos
e ipês centenários. Que malvados! Não entendiam sobre o mal que estavam fazendo
à floresta.
Porém, um acontecimento inédito para os
moradores da pacata Lindópolis estava prestes a acontecer. Com o soar
ensurdecedor das motosserras, a Pedra do Mamute começou a balançar. Havia um
pequeno tremor de terra nas redondezas da montanha, e esta se mexia lentamente. Um
grande mistério de Lindópolis estava se revelando naquele momento. Aquela Pedra
gigantesca estava tremendo e balançando como se fosse viva. Foi assim que os
moradores de Lindópolis descobriram que a Pedra do Mamute não era uma pedra,
mas de fato um mamute gigante que estava ali, na beira do mar, hibernando por
tantos séculos. Mamutes eram como elefantes primitivos que andavam pela Terra
há cerca de 10.000 anos.
Quando Dalvo e Valdo sentiram que a
“pedra” estava estremecendo, imediatamente pararam os serviços. Ficaram
assustados quando viram que a montanha estava viva e saíram correndo em
disparada, deixando as motosserras para trás.
Toda a cidade pôde contemplar o mamute
gigante se levantando do seu sono profundo. Ele sacudiu-se um pouco, e de longe
se avistava toda a vegetação que crescera sobre o seu pelo voando pelos ares.
Então, o que todos acreditavam ser uma montanha, agora andava lentamente na
direção da floresta.
Quando a noite chegou em Lindópolis, o
mamute gigante estava na floresta procurando por comida. Comia o que encontrava
pela frente, mas um cheiro lhe chamou a atenção. Era o cheiro dos nabos da sopa
que Guaraná jogou fora.
Ao amanhecer, a população levou um baita
susto ao ver aquele bicho enorme movendo-se na direção da cidade. Foi um pânico
geral. As pessoas fugiam desesperadas pelas ruas e dirigiam seus carros para
longe, com medo de serem pisoteadas. Por sorte, a casa de Guaraná era perto da
floresta, assim o gigante não foi para a cidade, senão a destruição seria total.
Guaraná estava acordando, quando viu o
mamute aproximando-se do fundo do quintal. Ele chegou devagarinho, fuçou com
sua tromba, pegou os nabos e jogou na boca. Procurou por mais, até que
encontrou uma horta repleta deles. Guaraná adorou esta parte, pois nunca mais
sua mãe iria lhe servir sopa de nabo, porque, simplesmente, o mamute comera
todos.
O prefeito de Lindópolis, o Senhor
Patonildo, muito preocupado com todo o acontecimento, pediu ajuda aos seus
melhores cientistas e conselheiros, mas nenhum teve a resposta de como impedir
que o mamute viesse até a cidade e destruísse tudo com suas passadas
gigantescas.
Então, após haver descoberto que o
mamute adorava nabos, Guaraná se reuniu com a sua turma e discutiram uma
solução para afastá-lo da cidade. Depois, a turma foi ter uma conversa com o
prefeito, que lhes perguntou:
– Crianças, como podemos afastar esse mamute
gigante da nossa cidade e impedir que ele destrua tudo?
– Lhe daremos nabos – respondeu Guaraná.
– Mas, como nabos? – perguntou, confuso,
o prefeito.
– Este mamute adora nabo. Lhes daremos
todos os nabos de que precisa para se alimentar e ele não virá mais à cidade –
respondeu a Bolacha, que dentre as cientistas é a menina mais cientista e inteligente
de todas.
O senhor Patonildo coçou a careca, ficou
meio desconfiado das crianças, mas aceitou o desafio.
– Então tá, meninos! Vamos levar todos
os nabos da cidade para o mamute, lá depois da floresta, no Vale Tenebroso, que
é para ele não vir mais pra cá.
E assim foi feito. O mamute fora atraído
com uma isca de nabo e levado para o Vale Tenebroso, uma imensa região, além da
Floresta Secreta, onde habitam criaturas estranhas e gigantescas.
Enquanto isso, Dalvo e Valdo, voltaram
às suas atividades ilegais de extração de madeira. Curiosos, Guaraná e Pirrixa entraram
na mata em busca da origem do barulho ensurdecedor, e qual não foi a surpresa
quando viram os dois lenhadores cortando as árvores. Então, os meninos foram
até a cidade e avisaram ao Senhor Patonildo. Ele imediatamente mandou a polícia
prender os dois por desmatamento e por terem acordado o velho mamute.
Acomodado no Vale Tenebroso, o mamute
gigante ficou tranquilo, mas era grande a preocupação dele voltar à cidade
atrás de comida novamente. Então, Dalvo e Valdo, os culpados por terem acordado
o mamute, foram condenados a cultivar uma plantação de nabos no Vale Tenebroso
para alimentar o mamute, até ele voltar para hibernar.
A partir deste acontecimento, nunca
mais a mãe de Guaraná preparou sopa de nabo.
Para comemorar a tranquilidade que
estava de volta à Lindópolis, ela convidou o Senhor Prefeito Patonildo e a
turma do Guaraná para um jantar, onde preparou uma deliciosa sopa de frango com
jiló. Então, Guaraná perguntou com carinha de quem não gostou:
– Oh, não! Mãe, posso levar esta panela
de sopa de jiló para o mamute? Quem sabe ele não gosta!
E
todos riram do Guaraná.
FIM
Esta história foi uma grande lição para Dalvo e Valdo,
que estavam destruindo a floresta.
que estavam destruindo a floresta.
Agora, ficarão presos por um bom tempo
no Vale Tenebroso cuidando do mamute gigante.
Até a próxima história, amigos!
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