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sexta-feira, 7 de junho de 2024

PAULINHA E TAMPINHA NO FANTÁSTICO MUNDO DA MOVELÂNDIA

      Olá, amiguinhos!
        Hoje apresento uma história inédita com o Clubinho do Guaraná

         O FANTÁSTICO MUNDO DA MOVELÂNDIA


       Paulinha e Tampinha assistiam TV sentadas no sofá, enquanto comiam pipoca, quando, de repente, uma pipoca caiu no buraco do sofá.

       — Ei! E agora, o que vamos fazer?! Como vamos pegar a pipoca?

       — Vou olhar aqui dentro.

       Mas eis que o imprevisível aconteceu. Quando a menina Tampinha olhou dentro do buraco ela foi sugada por ele. Sua amiga Paulinha ficou assustada e preocupada.

       — E agora? Se ela caiu, eu vou também.

       E Paulinha enfiou a cabeça no buraco do sofá para ver onde a amiga estava. Nisso, ela escorregou também. Lá dentro do sofá havia um mundo novo com muitos móveis como estantes, cadeiras, mesas e penteadeiras. Paulinha andava admirada, olhando para todos os lados, assustada, também olhava para trás, buscando a amiga Tampinha.


       Após ter andado pelos campos floridos e com muitos móveis que tinham vida, ela avistou uma penteadeira, daí foi sentar-se numa cadeira para pentear seus lindos cabelos. Após correr o pente em seus lindos cachos loiros, levou um susto, porque a cadeira começou a correr e dizia:

       — Agora não, menina! Vamos correr porque vai cair uma chuva daquelas!

       Então Paulinha pensou: “Mas como? Uma chuva dentro do sofá?” Foi então, que Paulinha olhou em sua volta e percebeu que estava em outra dimensão, em outro mundo. O fantástico mundo dos móveis: a Movelândia.

       Naquele instante, todos os móveis corriam pelos campos, procurando um abrigo da chuva. Lá longe havia um grande galpão, onde muitos móveis se abrigavam. Então, Paulinha disse:


       — Vou pra lá também, senão vou molhar o meu cabelo. Chegando lá, teve uma surpresa. Sabem quem ela encontrou? ... A amiga Tampinha. Ela estava muito ocupada conversando com uma mesa rodeada de cadeirinhas.

       — São os meus filhos — disse a mesa toda orgulhosa.

       Logo, se aproximou um mesão, destes grandões de reunião de empresas e perguntou?

       — Quem são estas meninas?

       — São visitantes — respondeu a mesa — Chegaram ainda a pouco. Por acaso caíram no buraco do sofá.

       — Como podemos voltar para casa? — Perguntou Tampinha.

       O mesão respondeu:

       — Procurem o sofá por onde vocês caíram, que poderão voltar.

       — Onde você estava? — perguntou a mesa à cadeirinha que acabara de chegar.

       — Quando vi a chuva se aproximando, vim correndo, mãe. Eu estava com a Dona Penteadeira no campo.

       A chuva estiou e o sol surgiu entre as nuvens. Então, Paulinha e Tampinha andaram de galpão em galpão procurando o sofá com o furo por onde caíram.

       Na Movelândia havia muitos galpões para os móveis se abrigarem da chuva, porque móveis e água não combinam.

       Durante a caminhada as meninas encontraram uma marcenaria, lugar onde elas sabiam que os móveis eram fabricados. Entrando lá, as meninas descobriram como os móveis nasciam. Elas entenderam que a marcenaria era uma maternidade. Aproximou-se delas uma mesa muito pequena, que entrou numa sala por uma porta e saiu pela outra já crescida, com o tampo maior e as pernas mais compridas. “A mesa cresceu” — concluíram as meninas.

       Seguindo sua caminhada, as meninas encontraram um galpão que tinha uma placa escrita: “RETIRO DOS MÓVEIS”.

       — Será que o nosso sofá está aqui de tão velho? — Perguntou Paulinha.

       — Só pode, pois estava tão acabado.

       E as meninas procuraram naquele galpão o velho sofá, e vinha em suas lembranças o tempo em que elas ficavam nele assistindo televisão, jogando cartinhas, tomando suco e comendo bolachas de aveia com mel. Muitas recordações de momentos felizes.

       De repente:

       — Olha ali o nosso sofá! — Gritou Paulinha.

       — Coitadinho. Está todo rasgado — observou Tampinha.

       Então o sofá disse:

       — Olá, meninas! Que bom que me encontraram. Vocês caíram no meu buraco e aqui estão. Como veem, estou bastante velho e se eu for para o cemitério dos móveis, vocês não poderão atravessar para a dimensão de Lindópolis.

       — E onde fica o cemitério dos móveis? — Paulinha perguntou.

       — Fica bem longe daqui, no lixão e no ferro-velho. Lá é o nosso fim...”Chuif, chuif!” — choramingou.



       — Vamos consertar ele, pobrezinho.

       Então, Paulinha pediu ajuda.

       — Cadeiras com rodinhas, venham aqui, por favor.

       E as cadeiras com rodinhas vieram rapidamente. As meninas convidaram também um grande cavalete para ajudar a colocar o sofá pesado em cima das cadeiras com rodinhas. Com muita pressa, elas empurraram o sofá até chegar no galpão restaurador, que era o hospital dos móveis. Então, as meninas lixaram todas as partes de madeira e passaram verniz com um pincel, caprichosamente. Depois, utilizando um pano umedecido com detergente, esfregaram em todo o couro do sofá para que ele ficasse limpinho e brilhoso.

       Agora, só faltava remendar o furo...

       — Não, meninas! Não podem remedar o furo agora.

       — Mas, porquê não? — perguntaram as meninas.

       — Porque se tamparem o furo, não conseguirão atravessar para a dimensão da sua casa.

       Epa! Pensaram as meninas: “Melhor deixar para depois”.

       Paulinha convidou a penteadeira para chegar mais perto, assim o Senhor sofá, agora todo elegante, pode se ver no espelho.

       — Meninas, como vocês são caprichosas! Fiquei novinho em folha!

       — Que bom, Senhor sofá! Agora está restaurado.

       Quem estava perto não se conteve e bateram palmas para o sofá, as meninas e para as cadeiras com rodinhas também, para não ficarem com ciúmes: IUHUUU!!! VIVA!!! CLAP,CLAP,CLAP!!

       — Agora, meninas, importante: para conseguir fazer a passagem para a sua dimensão, precisam preparar o mesmo cenário de quando foram tragadas pelo buraco — disse o sofá.

       Já estava tarde, e as meninas estavam desaparecidas de suas casas em Lindópolis. Então elas precisavam voltar logo, porque seus pais deveriam estar preocupados. Assim, Paulinha e Tampinha procuraram um rack com uma televisão, só que não havia energia nem poderia se ver nada — que peninha! Elas sentaram no sofá, olharam para a TV, conversaram, olharam para o buraco do sofá, Paulinha se aproximou dele, olhou bem de pertinho e PLIM! Sumiu. Depois foi a vez de Tampinha... PLOM! O velho sofá também sumiu de Movelândia. Todos os móveis e eletrodomésticos que presenciaram o fenômeno, se emocionaram e bateram palmas e gritaram: IP, IP, URRA! CLAP, CLAP, CLAP!!

       As meninas surgiram assim, de repente, no sofá de casa, com a TV ligada passando o desenho “As Aventuras de Guaraná e Pirrixa”.

       As meninas pularam do sofá e correram pela casa gritando:

       — Mamãe, mamãe! Queremos agulha e linha, por favor!

       — Vão costurar as roupas das bonecas?

       — Não, mamãe. Vamos costurar o buraco do sofá — respondeu Paulinha.

       E Dona Juju, olhando admirada, exclamou:

       — Mas que meninas mais prendadas!

 

FIM



2 comentários:

K. Araújo disse...

Parabéns pelo projeto artístico!
Sucesso sempre!
Deus lhe abençoe!

Paulo Alves disse...

Obrigado, meu amigo!
Estarei sempre escrevendo e desenhando para mostrar às crianças como é bom ler.