Hoje apesento uma historinha que tem tudo a ver com o Dia do Trabalho. Trata-se de uma aventura com Guaraná e Pirrixa, quando finalmente, depois de tanto descansar, eles resolveram trabalhar. Porém, eles se meteram em uma grande trapalhada, e entenderam que criança deve mesmo é estudar e brincar.
Guaraná e Pirrixa, em: OLHA A LIMONADA GELADINHA!
Era de tarde, quando Guaraná e Pirrixa tinham acabado de almoçar. Estavam no quintal e pensavam numa maneira de conseguir dinheiro, pois queriam muito ir ao cinema no sábado, e a mesada já havia acabado. Depois de profundas meditações, chegaram à conclusão de que precisavam trabalhar. Eles estavam cansados de ficar a toa, então resolveram arregaçar as mangas. Mas em que trabalhariam, afinal eram apenas duas crianças.
Pirrixa caminhava pra lá e pra cá, procurando a solução, quando perguntou ao Guaraná:
- O que tá fazendo aí, deitado embaixo do limoeiro. É assim que pretende trabalhar?
- Ora, não vê que estou pensando! Estou imaginando uma maneira de arrumar um trabalho. – respondeu Guaraná, enquanto bocejava.
De repente: “PLOFT!“
- Ai! Que limão é esse, que cai em cima de mim? Pegou o limão e num momento de grande sabedoria disse ao Pirrixa:
- Tive uma idéia brilhante! Vamos vender limonada. Está muito quente, e vejo muitas pessoas com sede andando por aí.
- Humm! Talvez seja uma boa idéia. – disse Pirrixa coçando a cabeça.
Guaraná levantou-se e colheu todos os limões que havia no pé, enchendo duas sacolas, e partiram em disparada para a pracinha. Chegando lá, martelaram uns pregos nas tábuas e montaram uma banca. Então, Guaraná cortava os limões e depois lambia, fazendo careta.
- Pra que lambe os limões? Deixe de ser porco! – disse Pirrixa.
- Ora, é pra experimentar, pra saber se o limão está bom ou estragado. – respondeu Guaraná.
- Ah tá, você está certo. Temos de zelar da saúde de nossos fregueses.
Depois de muitas lambidas e espremidas, os meninos encheram muitas garrafas de limonada deliciosa, bem docinha. Então começaram a chamar os fregueses.
- Olha a limonada geladinha! – gritava o Pirrixa.
- Venham todos! É só cinqüenta centavos! – gritava Guaraná.
O calor estava de rachar, e as pessoas passavam em frente a banca dos meninos e pediam a deliciosa limonada. Eles venderam tanta limonada naquela tarde que precisaram aumentar a produção no dia seguinte, para saciar a sede das pessoas que por ali passavam.
No dia seguinte formou-se uma fila muito grande na praça, que levava até a banca dos meninos. Não era nem dez horas da manhã e havia se esgotado toda a produção do dia. Então Guaraná e Pirrixa decidiram construir um enorme tonel de madeira com três metros de largura, e encomendaram um caminhão-pipa para enchê-lo de água. Despejaram açúcar, e mil limões foram expremidos naquele dia. É lógico que agora contavam com ajuda de outros meninos da rua, pois não agüentariam fazer tudo sozinhos.
Então cada dia que passava a fila ficava maior, e os meninos vendiam mais limonada. Todo dia, iam colocando mais tábuas em volta do tonel, aumentando a altura, e chegou a ficar tão alto que mudou a paisagem da praça, formando uma grande torre de madeira.
Um dia, a fila cresceu tanto que foi parar na porta da prefeitura. O prefeito Patonildo ficou impressionado, e resolveu percorrer de carro toda a extensão da fila pra saber aonde iria dar. Ficou surpreso quando descobriu que dois meninos estavam por trás de tão grandioso empreendimento. Ficou orgulhoso por saber que em Lindópolis havia meninos tão esforçados, e os cumprimentou.
- Meninos trabalhadores, tenho orgulho por serem cidadãos de Lindópolis. Por isso amanhã, virei aqui com todos os meus assessores e secretários para homenagear vocês. Receberão as faixas de honra ao mérito no Dia do Trabalho.
O tonel estava tão alto que passava da copa das árvores, e estava cheio de limonada. Guaraná e Pirrixa estavam preocupados, porque no dia anterior ele apresentou vazamentos. Então os meninos trouxeram esparadrapo para tapar os buraquinhos por onde vazava a deliciosa limonada. Pronto, estava solucionado o problema.
Na manhã seguinte, lá estava na praça, Guaraná, Pirrixa e seus assistentes.
O tonel estava abarrotado de limonada, e parecia não resistir mais a pressão. Apareceram novos vazamentos por todas as paredes, e os meninos taparam com mais esparadrapo.
Era por volta das onze horas, quando apareceu na praça o prefeito e todos os seus assessores e secretários para homenagear os meninos, que estavam vestidos com roupas especiais, enquanto vendiam a limonada a todos os sedentos de Lindópolis.
Agora, era a vez do prefeito Patonildo tomar a deliciosa limonada. Pirrixa abriu a torneirinha do tonel, encheu um copo e deu ao prefeito, que estava todo sorridente posando para as fotos com os meninos, os orgulhos da cidade. Guaraná e Pirrixa não sabiam se posavam para a foto, ou se olhavam para o tonel, que naquele momento começou a vibrar. Ouviu-se então o som vibrando no ar. O prefeito levou o copo a boca e se assustou com o som, olhando para cima. Foi então que o tonel explodiu – CABRUUMM! - despejando sobre as pessoas milhares de litros de limonada. Houve uma grande inundação que encheu o lago e os chafarizes da pracinha com limonada. Que desastre!
Com isso, foi encerrada a carreira dos vendedores de limonada, e Pirrixa disse a Guaraná:
- Acorda, acorda, Guaraná.
- Hã! Que houve? Como? Quando? – disse Guaraná, despertando.
- Acorda! Você estava dormindo, seu preguiçoso. É assim que quer trabalhar? Olhe o que colhi, enquanto dormia: limões. Vamos fazer limonada pra vender na pracinha.
- O que? Nem pensar. Acho melhor eu entrar e fazer o meu dever de casa!
E Guaraná correu para casa, desistindo da idéia de trabalhar, afinal é apenas uma criança.
FIM
TODA TERÇA E SEXTA TÊM POSTAGEM NOVA.
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Até, sexta, quando trarei mais aventuras com a Turma do Guaraná.
Paulo Alves
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