Escrevi mais uma divertida história com a Turma do Guaraná, e apresento agora para você.
A BALEIA VOADORA
No verão,
as pessoas costumam ir à praia do Silêncio para acompanhar a chegada das
grandes baleias cachalotes, que vindas de regiões frias, buscam as águas quentes
de Lindópolis.
Nesta
mesma manhã, Guaraná e Pirrixa estavam pescando no outro lado da praia, nas
encostas da Pedra do Mamute, que fica a beira-mar, e de longe já avistavam os
jatos de água expelidos pelas narinas das baleias. Também podiam ver suas
caudas em pé. É uma grande alegria para elas, que já cansadas de tanto nadar,
podem agora desfrutar de um descanso em águas quentes.
Não
demorou, e uma jovem baleia desprevenida nadou muito em direção à Pedra do
Mamute. Junto à pedra tem muitas rochas pequenas e a água é rasa, e daí a
pobrezinha encalhou.
Uma
grande baleia se aproximou da baleia encalhada, provavelmente seria a sua mãe. Mas,
sabida como era, a mamãe baleia não chegou muito perto, pois poderia encalhar
também. Os meninos tinham visto tudo, porém as pessoas que estavam na praia, no
outro lado da Pedra do Mamute, não viram, e não sabiam do perigo que a jovem
baleia estava passando.
Então
Guaraná e Pirrixa deveriam fazer algo para socorrê-la. Mas o que dois meninos
magrelos poderiam fazer para desencalhar uma baleia? Ela deveria pesar pelo
menos umas duas toneladas Ufa! Quanto peso!
Os dois
meninos se aproximaram da baleia e a olharam, pensando de que forma a tirariam
daquela enrascada, ou seria encalhada?
Guaraná
pensava, Pirrixa coçava os piolhos da cabeça, mas não vinha nenhuma idéia.
Foi
então, que num momento de máxima reflexão, num instante genial, que o
indiozinho Guaraná disse ao amigo Pirrixa:
– Tive
uma idéia brilhante!
Neste
instante, Pirrixa olhou com os olhos arregalados para Guaraná, deu uma
estremecida da ponta do cabelo ao dedão do pé, e ficou assustado, pois sabia
que junto àquelas palavras não viria coisa muito boa.
– Que
idéia? – perguntou Pirrixa.
– Ora!
Nem dez de nós juntos, poderia tirar esta baleinha das pedras!
– Humpf!
Disso eu sei! E daí?
– Mas, centenas
de balões de gás sim!
– Ora,
não quer cantar os parabéns também? Por acaso é algum aniversário? – perguntou
PirrIxa caçoando do amigo.
– Nada disso! Você já vai entender. Vamos
rápido até a vila para comprarmos os balões! – Disse o Guaraná.
Assim
os meninos foram até a vila, resolveram tudo, e voltaram logo para ver a jovem
baleia que de tristeza chorava.
– Não
fique triste, que nós já vamos salvá-la – disse Pirrixa, consolando-a.
Então,
Guaraná encheu os balões com gás hélio, um tipo de gás mais leve que o ar que
faz o balões subirem. Enquanto isso, Pirrixa amarrava nos balões um barbante
muito espesso e resistente.
Foi assim, que após alguns minutos, dezenas e
dezenas de bãloes de gás foram cheios e amarrados no corpo da jovem baleia, que
como já era de se esperar começou a flutuar sobre as pedras, e cada vez ganhava mais altura.
Guaraná e Pirrixa subiram nela, que era para conduzí-la para longe das rochas.
Na praia,
as pessoas se admiraram do que viram. A primeira baleia voadora do mundo, sendo
conduzida por dois meninos corajosos! E tiraram muitas fotos para registrarem
aquele acontecimento histórico. Vista de longe, a baleia parecia uma máquina
voadora muito usada no passado, o dirigível.
Já longe
das rochas, era necessário fazer a segunda parte do plano, que era estourar
cada um dos balões, para a baleia baixar até alcançar a água do mar.
Depois
que a baleia alcançou o mar, sua mãe nadou veloz em sua direção, para recebê-la
e dar todo o seu carinho.
Na praia,
os meninos contaram sobre o resgate da baleinha, foram recebidos com muitos aplausos, e posaram para as fotos.
Até o
prefeito de Lindópolis, veio receber os meninos, e perguntou:
– Já os
conheço de algum lugar?
– Não...
Mas, nós o conhecemos. É o Senhor Prefeito! – respondeu Guaraná com um largo
sorriso, disfarçando, morrendo de saber que era ele e Pirrixa quem o prefeito
procurava para aplicar um castigo, por tantas traquinagens feitas pela cidade.
E assim,
Guaraná e Pirrixa tiveram o seu dia de herói.
No mar as
baleias cachalotes faziam uma grande festa comemorando o início de um novo ciclo
da vida.
FIM
. . o . .
Tenha um bom domingo, e até terça,
quando voltarei com mais aventuras da Turma do Guaraná.
Paulo Alves
CURIOSIDADES
O dirigível - Máquina voadora mais leve que o ar que pode ser controlada.
Os dirigíveis sustentavam-se com o uso de uma grande cavidade preenchida com gás hélio,
ou mesmo o inflamável gás hidrogênio.
No passado, era muito usado para transportar pessoas.
O dirigível - Máquina voadora mais leve que o ar que pode ser controlada.
Os dirigíveis sustentavam-se com o uso de uma grande cavidade preenchida com gás hélio,
ou mesmo o inflamável gás hidrogênio.
No passado, era muito usado para transportar pessoas.
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