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sábado, 26 de janeiro de 2013

GUARANÁ, PIRRIXA E A BALEIA VOADORA

Olá, amiguinho!
Escrevi mais uma divertida história com a Turma do Guaraná, e apresento agora para você.



A BALEIA VOADORA

       No verão, as pessoas costumam ir à praia do Silêncio para acompanhar a chegada das grandes baleias cachalotes, que vindas de regiões frias, buscam as águas quentes de Lindópolis.
       Nesta mesma manhã, Guaraná e Pirrixa estavam pescando no outro lado da praia, nas encostas da Pedra do Mamute, que fica a beira-mar, e de longe já avistavam os jatos de água expelidos pelas narinas das baleias. Também podiam ver suas caudas em pé. É uma grande alegria para elas, que já cansadas de tanto nadar, podem agora desfrutar de um descanso em águas quentes.
        Não demorou, e uma jovem baleia desprevenida nadou muito em direção à Pedra do Mamute. Junto à pedra tem muitas rochas pequenas e a água é rasa, e daí a pobrezinha encalhou.
       Uma grande baleia se aproximou da baleia encalhada, provavelmente seria a sua mãe. Mas, sabida como era, a mamãe baleia não chegou muito perto, pois poderia encalhar também. Os meninos tinham visto tudo, porém as pessoas que estavam na praia, no outro lado da Pedra do Mamute, não viram, e não sabiam do perigo que a jovem baleia estava passando.
       Então Guaraná e Pirrixa deveriam fazer algo para socorrê-la. Mas o que dois meninos magrelos poderiam fazer para desencalhar uma baleia? Ela deveria pesar pelo menos umas duas toneladas Ufa! Quanto peso!
       Os dois meninos se aproximaram da baleia e a olharam, pensando de que forma a tirariam daquela enrascada, ou seria encalhada?
       Guaraná pensava, Pirrixa coçava os piolhos da cabeça, mas não vinha nenhuma idéia.
        Foi então, que num momento de máxima reflexão, num instante genial, que o indiozinho Guaraná disse ao amigo Pirrixa:
        – Tive uma idéia brilhante!
       Neste instante, Pirrixa olhou com os olhos arregalados para Guaraná, deu uma estremecida da ponta do cabelo ao dedão do pé, e ficou assustado, pois sabia que junto àquelas palavras não viria coisa muito boa.
        – Que idéia? – perguntou Pirrixa.
        – Ora! Nem dez de nós juntos, poderia tirar esta baleinha das pedras!
        – Humpf! Disso eu sei! E daí?
        – Mas, centenas de balões de gás sim!
        – Ora, não quer cantar os parabéns também? Por acaso é algum aniversário? – perguntou PirrIxa caçoando do amigo.
        – Nada disso! Você já vai entender. Vamos rápido até a vila para comprarmos os balões! – Disse o Guaraná.
         Assim os meninos foram até a vila, resolveram tudo, e voltaram logo para ver a jovem baleia que de tristeza chorava.
         – Não fique triste, que nós já vamos salvá-la – disse Pirrixa, consolando-a.
         Então, Guaraná encheu os balões com gás hélio, um tipo de gás mais leve que o ar que faz o balões subirem. Enquanto isso, Pirrixa amarrava nos balões um barbante muito espesso e resistente.



        Foi assim, que após alguns minutos, dezenas e dezenas de bãloes de gás foram cheios e amarrados no corpo da jovem baleia, que como já era de se esperar começou a flutuar sobre  as pedras, e cada vez ganhava mais altura. Guaraná e Pirrixa subiram nela, que era para conduzí-la para longe das rochas.
       Na praia, as pessoas se admiraram do que viram. A primeira baleia voadora do mundo, sendo conduzida por dois meninos corajosos! E tiraram muitas fotos para registrarem aquele acontecimento histórico. Vista de longe, a baleia parecia uma máquina voadora muito usada no passado, o dirigível.
       Já longe das rochas, era necessário fazer a segunda parte do plano, que era estourar cada um dos balões, para a baleia baixar até alcançar a água do mar.
        Depois que a baleia alcançou o mar, sua mãe nadou veloz em sua direção, para recebê-la e dar todo o seu carinho.
       Na praia, os meninos contaram sobre o resgate da baleinha, foram recebidos com muitos aplausos, e posaram para as fotos.
       Até o prefeito de Lindópolis, veio receber os meninos, e perguntou:
       – Já os conheço de algum lugar?
       – Não... Mas, nós o conhecemos. É o Senhor Prefeito! – respondeu Guaraná com um largo sorriso, disfarçando, morrendo de saber que era ele e Pirrixa quem o prefeito procurava para aplicar um castigo, por tantas traquinagens feitas pela cidade.
       E assim, Guaraná e Pirrixa tiveram o seu dia de herói.
       No mar as baleias cachalotes faziam uma grande festa comemorando o início de um novo ciclo da vida.

FIM

       . . o . .


Tenha um bom domingo, e até terça, 
quando voltarei com mais aventuras da Turma do Guaraná.

Paulo Alves

CURIOSIDADES

O dirigível - Máquina voadora mais leve que o ar que pode ser controlada.
Os dirigíveis sustentavam-se com o uso de uma grande cavidade preenchida com gás hélio,
ou mesmo o inflamável gás hidrogênio.
No passado, era muito usado para transportar pessoas.



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