Seja bem-vindo ao blog da Turma do Guaraná!
Este espaço é dedicado a você que gosta de leitura e diversão, em forma de contos e HQs!
Estamos começando um ano novo, e apresentarei muitas histórias e ilustrações.
Era
verão, e estava fazendo muito calor, beirando os quarenta e dois graus. Então o
prefeito de Lindópolis, o Senhor Patonildo, decidiu construir um grande lago
artificial para a população se refrescar.
Logo as
máquinas chegaram a um grande terreno, cavaram, prepararam o fundo, e depois
colocaram areia branquinha. Estava pronto o lago, que a população chamou de
Piscinão de Lindópolis.
Era
sábado bem cedo, o dia da inauguração.
A população
chegava e se aglomerava esperando o Senhor Patonildo cortar a fita de
inauguração, depois o piscinão estaria liberado para os banhistas.
As
crianças da Turma do Guaraná não poderiam ficar de fora dessa, e chegaram bem
cedo para acompanhar a inauguração e se deliciar nas maravilhosas águas claras
do piscinão.
As
meninas entraram devagarinho, principalmente a Paulinha, que detesta água fria.
Mas que nada, a água estava deliciosamente aquecida pelo sol que se refletia
nela.
As crianças se divertiam na água, nadavam,
mergulhavam e brincavam de jogar bola.
Guaraná e
Pirrixa, os amigos inseparáveis, entraram na água. Primeiro Guaraná gentilmente
estendeu as mãos, convidando o amigo a entrar primeiro, para se deliciar nas transparentes águas. Pirrixa entrou, agradecendo.
Só que
Guaraná não fez isso à toa. Tinha escondido uma barbatana de tubarão,
prendeu-a nas costas e nadou atrás de Pirrixa. As meninas, que estavam por
perto, viram a barbatana e gritaram “Tubarão!”, então correram para fora d’água.
Pirrixa
ouvindo os gritos das meninas olhou para trás, e viu o “tubarão” vindo em sua
direção. Então começou a nadar desesperadamente. Foi quando o Guaraná agarrou
em sua perna, levantando do mergulho e rindo muito do amigo assustado!
– Que
susto, Guaraná! – exclamou Pirrixa.
– Hahaha!
Sei imitar tubarão, direitinho – disse Guaraná, morrendo de rir.
As
meninas, que estavam às margens do piscinão, viram o Guaraná, imitando tubarão
e riram da brincadeira.
Então,
depois do susto, Guaraná e Pirrixa ficaram ali, nadando e brincando na água.
Num
mergulho, o Pirrixa viu o fundo do piscinão. Tinha uma areia branquinha, e lhe
chamou a atenção uma grande pedra brilhante. Pirrixa convidou Guaraná a
mergulhar para ver também. Então os dois mergulharam e analisaram a pedra, que
brilhava, parecendo ser um grande diamante!
– Caramba!
É um diamante! – gritou o menino Guaraná.
– Claro que sim! Brilha muito! – confirmou o
Pirrixa.
Então,
decididos de que se tratava de uma pedra preciosa, os meninos mergulharam e a
seguraram com firmeza. Usando de muita força, puxaram, puxaram, porém a pedra
continuava encravada no fundo.
– Puf!
Puf! Está presa! – disse o Guaraná, ofegante.
– E não
quer sair de jeito nenhum! – completou o Pirrixa.
– Tive
uma idéia! – disse Guaraná num momento de extrema inteligência.
Então, os
dois meninos traquinas se dividiram. Pirrixa ficou nos piscinão para não perder
o ponto onde estava a pedra, enquanto Guaraná foi até a praça para conversar
com o coletor de recicláveis conhecido como Juca Roça, e pediu sua mula
Dorotéia emprestada. Disse-lhe que logo a devolveria, e que por isso lhe daria
uma boa recompensa, pensando Guaraná estar rico com o “diamante” encontrado no
fundo do piscinão.
Guaraná
chegou ao piscinão montado na mula Dorotéia, e segurava uma corda. Às margens d’água,
Guaraná jogou uma ponta da corda para Pirrixa, que mergulhou e amarrou firme na pedra brilhante, e a outra ponta amarrou na mula.
– Pode
Puxar! – gritou Pirrixa.
Guaraná
tocou a mula para frente. Dorotéia com muito esforço começou a andar, e Guaraná
gritava “Marche Dorotéia!”. Tamanha a força da mula, finalmente a pedra saiu do
fundo do lago, e como resultado, a mula se desequilibrou e caiu para frente,
junto com o Guaraná. Ainda bem que não se machucaram. Então os meninos
seguraram a pedra, que era comprida, e a observaram.
– Que
engraçado, Pirrixa... Essa pedra não está mais brilhando como antes. Será mesmo
um diamante? – perguntou Guaraná.
– É
mesmo! Não está mais brilhando tanto. Não parece ser um diamante – respondeu
Pirrixa.
- Mas é
uma pedra bonita. Serve de enfeite - disse Guaraná.
Então,
juntaram as meninas, os meninos e muita gente pra ver a pedra arrancada do
fundo do piscinão, quando de repente, o chão começou a estremecer...
As
pessoas se assustaram, e foi uma correria só.
Até Juca
Roça, que apareceu para ver sua mula Dorotéia que demorava, ficou espantado.
O chão
estremecia e as águas límpidas do piscinão vibravam formando ondulações, cada
vez maiores.
De
repente, surgiu do fundo d’água, num jato muito forte, um líquido escuro, que jorrou alto, cerca de 30 metros, e caiu sobre o piscinão, que de
límpido passou a turvo.
Então, depois de ver toda aquela revolução
vinda das águas, Juca Roça perguntou, meio desconfiado:
– A mula
eu já encontrei, mas onde está minha recompensa?
– Está
aqui! Esta linda e brilhante pedra de diamante! – respondeu Guaraná.
E Juca
Roça deu um sorriso largo, enquanto já atrelava a mula na carroça.
Assustados com a grande tragédia, os meninos se esconderam dentro da
carroça com medo do que poderia acontecer a eles. Então, Juca Roça partiu em
disparada para bem longe do piscinão.
Todos
ficaram admirados com o que acontecera, sem ter palavras para explicar.
O
prefeito Patonildo ficou perplexo. Não sabia se procurava o culpado pela
poluição no piscinão para dar a devida punição, ou se procurava a Petrobrás
para montar ali, no piscinão de Lindópolis, um novo poço de exploração de
petróleo.
FIM
. . .
Obrigado pela sua visita, e retorne sempre que quiser.
Escrevo e desenho para que você encontre na internet um espaço divertido e saudável.
Não deixe de ler as postagens anteriores,
que estão recheadas com histórias e HQs super divertidas!
Até sexta, quando estarei de volta para contar mais uma história.
Abraço do amigo,
Nenhum comentário:
Postar um comentário