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sábado, 5 de outubro de 2013

TURMA DO GUARANÁ E OS COMILÕES DO JARDIM

Olá, amiguinhos!
Estou de volta com a Turma do Guaraná em mais uma aventura divertida.
Desta vez, uma historinha para celebrar a primavera, a estação das flores.


Os comilões do jardim

       Chegou a primavera, a estação das flores e, em Lindópolis, é costume as pessoas enfeitarem a frente de suas casas com todos os tipos de flores colhidas nos jardins e campos da região.
       Logo pela manhã, as meninas saíram pelos jardins de suas casas e coletaram todas as flores que puderam para compor ramalhetes e guirlandas para enfeitarem suas casas. Eram todos os tipos de flores: petúnias, margaridas, rosas, jasmins, lírios e muitas outras.
       A delicada Paulinha, ao colher as margaridas amarelas, prestava atenção para não se deparar com uma lagarta ou louva-a-deus, pois tinha muito medo destes bichos.
       A Tampinha foi até o jardim e pegou as mais lindas rosas, vermelhas, amarelas e brancas, sempre com cuidado que era para não espetar os dedos nos espinhos dos galhos das roseiras.
       A Bolacha, estudiosa da natureza, separou várias espécies de flores, montando guirlandas de dálias púrpuras e de hibiscus laranjas. Bolacha encontrou junto com as flores alguns bichinhos muito interessantes e coloridos, as joaninhas que são pequeninas e possuem uma carapaça vermelha com bolinhas pretas. Bolacha encontrou uma família inteira de joaninhas: tinha os avós, os pais e uma dúzia de joaninhas crianças, que brincavam alegremente de pique-esconde entre as pétalas das rosas.
       Então, as meninas arrumaram todos aqueles ramalhetes e guirlandas de flores em volta das portas e janelas das casas. Também enfeitaram com cordões de flores que desenhavam os contornos das varandas e, do alto dos telhados, desciam ramos floridos de bougainvilles.
       Os meninos também colheram flores, formaram guirlandas e colocaram nas portas de casa para enfeitar. E, uma grande surpresa tiveram quando encontraram no meio dos galhos floridos um bichinho muito interessante, um camaleão.
       O camaleão é um lagarto grande e esperto que vive nos galhos das árvores se alimentando de insetos. Ele também tem a capacidade de mudar a cor de sua pele, tornando-a da cor da folhagem onde está. Dessa forma, o camaleão fica camuflado e os insetos se aproximam dele sem perceber. Então, o camaleão dá o bote com sua língua pegajosa, prende o inseto, engolindo-o em seguida. Cruzes!
        Os meninos pegaram o camaleão e levaram para as meninas verem. Guaraná vinha com ele no ombro, mas Pirrixa tirava-o de lá e o segurava no colo. E assim se aproximaram das meninas que, quando viram o bicho, levaram um baita susto. Foi uma gritaria só. As meninas os mandaram embora, com o camaleão e tudo. Que pena! Os meninos pensaram que iriam agradar, mas foram expulsos do jardim. Guaraná já tinha, inclusive, dado um nome ao bicho, chamando-o de “Janjão”, o camaleão.
       Mais tarde, as meninas brincavam com as flores, dando os últimos retoques na arrumação dos enfeites quando ouviram um zumbido que ecoava por toda parte. O que poderia ser aquilo? As meninas levaram um grande susto quando viram uma grande variedade de insetos se aproximando de seus enfeites floridos. Eram gafanhotos, louva-a-deus, bichos-paus, abelhas e borboletas. Todos vieram se banquetear nos enfeites floridos. Os gafanhotos eram os mais vorazes, pois, diferentes das abelhas e borboletas, não se conformavam em sugar o néctar, mas devoravam por inteiro as flores e folhas dos ramos e guirlandas.
       “Socorro!” – gritaram as meninas. Guaraná e Pirrixa ouviram seus gritos e correram para ver o que tinha acontecido e, claro, traziam consigo o grande amigo camaleão.


       Quando os meninos chegaram, o camaleão pulou do ombro de Guaraná, indo parar no ramo de margaridas que enfeitava a varanda da casa de Paulinha. Lá estava cheio de vorazes louva-a-deus e o camaleão foi comendo um a um. Lançava a sua língua pegajosa e capturava os bichinhos comilões de flores. Depois, o camaleão passou para a guirlanda de rosas amarelas feita por Tampinha e comeu as muitas lagartas que por ali se deliciavam, comendo as pétalas das lindas rosas juvenis. Ainda faminto, o camaleão pulou para a varanda da casa da Bolacha e comeu muitos gafanhotos que devoravam as guirlandas de dálias púrpuras que enfeitavam a porta da casa.
       As meninas ficaram muito satisfeitas com o que o camaleão fizera e agradeceram aos meninos por terem o trazido até ali. Inclusive fizeram amizade com o camaleão, dizendo que era um bichinho muito valente, e disseram até que ele era “lindo”.
       Paulinha e Tampinha brincavam com o camaleão fazendo carinho quando, de repente, ele pulou para o jardim das roseiras, onde estava infestado de joaninhas.
        – Não! – gritou a Bolacha, correndo para socorrer suas amigas joaninhas – Não pode comer as joaninhas. Elas são inocentes! Estão apenas brincando na roseira! Vá comer os gafanhotos.
       O camaleão ficou desapontado, olhou para a Bolacha e deu a língua para ela, em sinal de protesto.
       – Faz mal não, Janjão. Vá comer aquelas lagartas ali, ó! Elas estão acabando com as petúnias – disse Pirrixa para consolar o bichinho faminto.
       – Ei! Isso tudo me deu uma fome! Que tal irmos lanchar, pessoal – disse o Guaraná passando a mão na barriga.
       Então, as mães das crianças preparam um lanche delicioso e elas sentaram-se para comer.
      Assim, passou mais uma tarde linda, em meio às flores coloridas e perfumadas que enfeitavam os jardins e as casas de Lindópolis.
FIM
       
      
     Tenham todos um lindo final de semana.
Até a próxima postagem.

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2 comentários:

Leitura do Dia disse...

Oi Paulo Alves, que bom ver nova história na Turma do Guaraná. Gostaria de parabenizar o amigo, pelo empenho em proporcionar belas histórias para o publico. Viva a Turma do Guaraná...

Paulo Alves disse...

Olá, Paullo Gibi.
Que bom ver o amigo aqui.
Preparei esta história com muito carinho para homenagear a nova estação. Muitos argumentos já estão prontos, esperando apenas o momento certo para desenhar.
Obrigado pela visita.

Abraços.

Paulo Alves