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sexta-feira, 24 de julho de 2020

URSO AZUL, NININHO, RANDRIK E OS GUARDIÕES DA FLORESTA

       O sol surgiu atrás das montanhas, e se pôde ver que o céu estava com uma cortina de fumaça. Lindópolis amanheceu com o ruído de árvores queimando no meio da floresta. Era o fogo, que com sua língua ardente, destruía a Floresta Secreta. A mata estava em chamas; em perigo.

       O Urso Azul, que ali morava, acordou de seu sono hibernal. Ele é o guardião da Floresta Secreta, uma imensa reserva ambiental que se estende por muitos quilômetros. Sua missão é proteger a floresta, as nascentes d’água e os bichos.

       Percebendo que a floresta estava em perigo, o Urso Azul chamou seus amigos Nininho, Randrik e todos os bichos para combater o fogo. Nininho, o coelho mágico, tem muitos filhotes ­— uma dúzia. Os coelhinhos pegaram baldes e encheram de água do rio para jogar no fogo. Com a união dos bichos, o fogo não se alastrou e foi contido rapidamente.

Nininho, Randrik e o Urso Azul na floresta.

       Randrik, o cão esperto, investigou para entender como o fogo pegou na mata. Logo descobriu que fora um balão que caiu, causando o incêndio.

       Os bichos ficaram revoltados, e liderados pelo Urso Azul, caminharam em direção à cidade, para procurar os culpados pelo incêndio.

       Não muito longe da floresta, existia um galpão onde funcionava uma fábrica de balões, cujo dono era o João Fogueteiro, conhecido em Lindópolis por ser o mais antigo baloeiro.

       Os bichos, muito zangados, já saíam da mata quando viram João Fogueteiro e seus amigos se preparando para soltar outro balão com muitos fogos de artifício. João acendeu a bucha do balão, que logo começou a subir.

       O Urso Azul e seus amigos, ainda longe, avistaram o balão, que rapidamente ganhou os céus de Lindópolis. Ele, conhecedor dos mistérios da floresta, chamou confiante as forças da natureza. Todos os bichos se concentraram e uniram seus pensamentos positivos para invocar os espíritos da floresta, cuja força não era pequena.

       Com tamanho chamado, a mãe natureza respondeu ao pedido dos bichos, soprando da floresta um vento muito forte, que fez o balão mudar de rumo. No ar, o balão rodopiou, virou de cabeça para baixo, e com a bucha ainda acesa pegou fogo no alto, indo cair em cima do galpão, o lugar de onde fora solto. Ao cair, o balão lançou todos os fogos que carregava, provocando grande alvoroço entre os baloeiros, que correram desesperadamente. Em chamas, a fábrica de balões foi totalmente destruída.

       Às margens da floresta, os bichos comemoraram a destruição da fábrica, enquanto João Fogueteiro ardia de raiva.

       Com tantas explosões e chamas não demorou a chegar o corpo de bombeiros para apagar as chamas do incêndio, e a polícia para investigar os motivos. João Fogueteiro e seus amigos correram ao ver a polícia, porém, logo se depararam com a barreira de bichos adiante. Então, preferiram voltar e lidar com a polícia.

       — Vocês cometeram grave crime ambiental ao fabricar, vender e soltar balões — informou o delegado —. Por isso, estão presos em nome da lei.

       Os guardiões da floresta comemoraram a vitória. Enquanto isso, João Fogueteiro e seus amigos baloeiros foram passar uma temporada na cadeia, onde tiveram lições de Proteção Ambiental e de respeito às florestas.

       Todos os bichos retornaram à mata para viver em paz.


       O Urso Azul, após bocejar, retornou à sua caverna quentinha para continuar seu sono.

       Bons sonhos, Urso Azul!

Fim


Quem ama a natureza, os animais, a vida, não solta balões.



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