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quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

CLARAGEMA E A GRANDE ENCHENTE

 

Oi, queridos leitores.

Hoje postei uma história com a Claragema, a galinha sabida, que é personagem importante da Turma do Guaraná. Ela é muito corajosa e vive grandes confusões junto com seus amigos do galinheiro, que hoje passam por grande perigo.


CLARAGEMA E A GRANDE ENCHENTE

       Era de manhã, bem cedo, e o sol estava nascendo. A galinha Claragema estava preocupada porque estava na época das chuvas, e o campo costumava alagar.  E lá vinha mais Chuva, que caia ferozmente, acompanhada por ventos fortes. Os bichos estavam assustados pois temiam os alagamentos.
       Claragema e todos os moradores do galinheiro observaram quando a água subia devagarinho. Então Claragema teve uma idéia brilhante, e convidou todos para construirem uma arca bem grande. Para isso usaram tábuas, um martelo e muitos pregos. A arca era coberta e havia reserva de milho e ração. Água eles não precisariam carregar dentro da arca, mas pelo contrário, a água é que os carregaria, pois haveria bastante do lado de fora.
       E lá vinha a enchente. A água subia devagarinho. Os bichos estavam felizes porque sentiam-se protegidos dentro da arca. Havia patos, marrecos, codornas, gansos, galinhas e galos. Havia também um casal de perus e uma família inteira de galinhas-d’angolas, com os pais e seus doze filhos.
       E lá vinha a água que subia devagarinho. Passado uma hora já havia água suficiente para levantar e fazer a arca flutuar. O galinheiro que ficou para trás, já estava alagado. Claragema estava orgulhosa porque tivera esta ideia. Imagine se os bichos não tivessem construído a arca, naquela hora estariam encharcados. Muito bom para os patos, gansos e marrecos, que sabem nadar, mas para as galinhas, perus e codornas seriam um sofrimento e poderiam até morrer, pobrezinhos.


       Conforme a arca ia flutuando, passava por diversos lugares, carregada pela branda correnteza. Havia muitos bichos que tentavam escapar da enchente, então os bichos da arca iam resgatando alguns amigos: um casal de preás, que já estavam cansados de nadar, foram bem recebidos pela turma, e ganharam, inclusive, um pote com deliciosa ração. Uma ariranha cansada e abatida foi socorrida, e mais na frente um quero-quero com seus filhotes, que não sabiam voar, flutuavam sem destino. Também foi resgatada da água uma cobra Jibóia, mas antes de entrar prometeu que iria comportar-se e não comer ninguém. Mais adiante, apareceu o temível gambá, que já estava por desmaiar de tanto cansaço. Claragema estendeu-lhe a asa, e antes de puxá-lo fez prometer não comer ninguém.
       O galo estava de olho na jibóia e no gambá, comedores de galinhas. E lá se foi a arca vagando ao sabor da correnteza.


       Aconteceu que não satisfeitos pela gentileza oferecida pelos donos da arca, a jibóia e o gambá resolveram se juntar, e tramaram um plano para devorar os doze filhotes da galinha d’angola.
       Era entardecer quando Claragema soube da trama dos dois traidores. De longe a arca bonita, ainda se refletia na água com os últimos raios de luz do sol. A arca formava, vista de longe, uma bela silhueta negra.


 Atrás da arca o sol estava se pondo, e apareceu no céu colorido pelas nuvens dois bichos que voavam alto, para bem longe da arca. Não era pássaro, nem morcego, mas o gambá e a jibóia que foram expulsos por tentarem comer as crianças do casal de galinhas d’angola. As crianças ficaram bem, foi só um susto.
       Passada toda uma noite agradável, com muito bate-papo ao som de bandolins tocados pelos marrecos, os bichos observaram que a água abaixava cada vez mais.
       De manhã, o sol já apontava atrás da Pedra da Mexerica, e podia ser visto os primeiros raios. A água tinha abaixado bastante, não havia mais correnteza e os patos foram nadar. Logo saíram os preás, a ariranha, e o quero-quero encontrou um lugar alto e seco para cuidar de suas crianças. Claragema saiu, acompanhada de suas amigas. Os galos, a família de galinhas d’angola e as pequeninas codornas saíram também.


A Pedra da Mexerica ao fundo 

       O vale da Pedra da Mexerica é um reservatório natural das águas da chuva que vem se acomodar ali, causando todo o ano a enchente. Os bichos aprenderam que não podem construir o galinheiro em lugar baixo, por isso escolheram um monte alto para começar uma nova vida, livre das enchentes.
       Claragema e seus amigos viveram felizes em sua nova casa.

FIM

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