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Paulinha, a Menina Borralheira
Dona Juju, a mãe de Paulinha, lhe disse que só poderia brincar lá fora quando o quarto estivesse todo arrumado.
Mas que tamanha bagunça! Havia bonecas espalhadas, o bule de esmalte e as xícaras de brinquedo estavam jogados pelo chão. A cama estava uma tristeza: lençol amassado, colcha da cama repuxada, e o travesseiro embolado.
Tampinha, a querida amiga, tocou a campainha da casa de Paulinha, pra saber por que demorava tanto. Quem atendeu a porta foi Dona Juju, e disse que ela estava arrumando o quarto. Então Tampinha entrou e foi ajudar, que era para terminar logo.
- Oi, querida amiga! Vim te ajudar! – disse Tampinha aos berros.
- Obrigada, amiga! – disse Paulinha.
Beijo daqui, beijo dali, e as meninas já iam arrumar a bagunça, quando Tampinha pegou o bule de esmalte e esfregou, dizendo que era pra ficar brilhando. Foi então que o inesperado aconteceu. Como num passe de mágica, saiu um raio azulado pelo bico do bule, e quando ele sumiu, meio a uma fumaça azul, surgiu uma fada.
- Rápido, rápido! Vamos arrumar toda esta bagunça, porque a hora do baile está chegando! – dizia a fada, girando na mão uma varinha mágica.
Quando viram a fada, Paulinha e Tampinha olharam uma para outra, assustadas, e cochicharam.
- Caramba! Não era um gênio que saía da lâmpada? – perguntou a Tampinha.
- Ora, você não esfregou uma lâmpada, mas um bule de esmalte... – lembrou Paulinha.
- Ahh, sim... Quem é você? – perguntou Tampinha.
E a fada respondeu:
- Ora, quem sou eu. Não leu os livrinhos de contos de fadas? Pois eu sou a fada madrinha, e com minha varinha mágica arrumarei toda essa bagunça de uma vez!
“PLIM-PLOM!”, fez a varinha mágica zunindo no ar. Todos os objetos giravam pelo quarto, seguidos por estrelinhas minúsculas e brilhantes.
Um, dois, três. Pronto estava tudo no lugar, arrumado e dobrado.
- E para as meninas irem ao baile, transformarei estes patins em uma linda carruagem! – disse a fada madrinha.
E diante dos olhos das meninas, surgiu uma carruagem em forma de patins gigante, sendo puxado pelos Três Porquinhos, e o cocheiro era nada mais e nada menos do que o Lobo Mau, vestido com a roupa da Vovó de Chapeuzinho Vermelho.
- Nossa, que confusão! – disse Tampinha.
- Senhora Fada, não acha que está misturando as histórias? – perguntou Paulinha.
- Menina, não estou fazendo confusão nenhuma. Está escrito aqui no meu papelzinho tudo o que eu tinha que fazer nessa historinha da Turma do Guaraná. Se tem alguma coisa errada, reclame com o autor. E, rápido, rápido! Entrem na carruagem ou vão se atrasar para o Grande Baile.
E as meninas entraram na carruagem, desconfiadas, olhando para o Lobo Mau, com medo de serem devoradas por ele. Cruzes!
- Agora vamos, Três Porquinhos. Marchem! – gritou a fada agitando as mãos.
A carruagem de patins já ia partir, quando alguém bateu na porta do quarto:
“Toc, Toc!”
Era dona Juju, que trazia um lanche para as meninas, e perguntou:
- Que estão fazendo aí, sentadas sobre os patins?
As meninas se olharam...
- É... Não sei – respondeu Tampinha.
- Estávamos brincando... – disse Paulinha, sem graça.
- Mas pelo visto, já fez sua obrigação, pois seu quarto está um brinco! – disse Dona Juju, admirada.
Foi, quando as meninas olharam em volta, e levaram um susto. Realmente o quarto estava todo arrumado. Mas elas não se lembravam de ter arrumado nada. Então, concluíram que foi a fada quem fez tudo! Que incrível!
As meninas lancharam e já iam sair pra brincar lá fora, quando Tampinha perguntou:
- Paulinha, me empresta o seu bule? Prometo que devolvo amanhã mesmo.
FIM
. . . o . . .
Sinceros agradecimentos aos leitores que curtem a turma
e se tornam membros do blog.
Continue acompanhando as aventuras da Turma do Guaraná.
Todas as imagens e histórias são livres para uso em sala de aula
e para compartilhar com seus amigos.
Tenha uma boa semana!
AGORA, VAMOS PINTAR OS DESENHOS.
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