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sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

A TURMA DO GUARANÁ COMBATE OS MOSQUITOS DA DENGUE, CHIKUNGUNYA E ZICA

Olá, amigos leitores!
Hoje apresento uma história inédita com a Turma do Guaraná.

        Quatro patifes perigosas estavam reunidas num canto do quintal da casa de Guaraná, o indiozinho. Tratava-se de quatro mosquitas: as irmãs Aeds e Aegypti, Chica Cunha e sua prima mais nova Maria Zica, uma mosquitinha perigosa que transmite o vírus da Zica, uma doença que está deixando as futuras mães de cabelo em pé. Elas comemoravam os novos berçários encontrados no quintal e faziam planos para expandí-los por toda a Lindópolis.
       Enquanto isso, nosso amiguinho Guaraná estava deitado em sua cama, e nada o fazia levantar. Sabendo disso, seus amigos foram visitá-lo. Pirrixa comentava sobre a prova de matemática que haveria à tarde, e Guaraná lamentava não poder fazê-la, pois estava passando muito mal naquela manhã. As meninas ficaram próximas à janela e observaram como o quintal estava descuidado. Havia latas e garrafas com as bocas para cima no canto do muro, um pneu velho largado no meio do quintal; na varanda os vasos de plantas estavam com aqueles pratinhos de recolher água cheios, quase transbordando. Então, Bolacha concluiu:
       — Você deve estar com alguma doença transmitida por mosquito.
        — Seu quintal está cheio de lixo e pode estar abrigando muitos mosquitos – Paulinha disse.
       Os amigos de Guaraná foram até o quintal e guardaram tudo em seu devido lugar, coberto e protegido da água da chuva. Os pratinhos das plantas na varanda foram esvaziados da água, e Bolacha colocou um pouco de cloro dentro de cada um. Enquanto isso, Guaraná ficava da janela olhando o empenho de cada um de seus amigos cuidando do quintal, com uma carinha triste e desanimada. Pirrixa subiu até o telhado para checar se a caixa d’água estava bem tampada. Paulinha e Tampinha andaram por toda a casa, observando os ralos. Não acharam nenhuma larva de mosquito, mas mesmo assim, jogaram um pouco de cloro nos ralos. Bolacha descobriu que no quintal havia um banheiro com água parada dentro do vaso sanitário e, imediatamente, deu descarga e jogou cloro dentro dele.

       Depois de terem arrumado todo o quintal e checado os possíveis focos de mosquito dentro de casa, as crianças decidiram caçar os mosquitos malfeitores.
       Os mosquitos que estavam em reunião viram tudo o que as crianças fizeram e comentavam:
       — Aqueles moleques destruíram todos os nossos berçários – reclamou Chica Cunha.
       — E agora, onde vamos depositar os nossos ovinhos? – perguntou Aeds desconcertada.
       — O que será de nossas crianças? – lamentava Maria Zica com lágrimas no cantinho do olho.
       — Vamos todos morrer! – desesperou-se Aegypti.
       As crianças andaram pelo quintal em busca de mosquitos, armados com raquetes elétricas e inseticidas. Procuraram até encontraram as quatro patifes reunidas, e atacaram.
       — Socorro! Estão jogando inseticida na gente!
       — Vamos dar o fora daqui!
       As irmãs Aeds e Aegypti caíram e bateram as botas com o efeito do inseticida, porém, Maria Zica e Chica Cunha conseguiram voar até o quarto onde Guaraná estava deitado. Pobre alma. Os mosquitos foram até lá, na tentativa de tomar mais um pouquinho do sangue do menino, já tão debilitado. Paulinha, que estava ali perto, deu uma raquetada nos mosquitos. ZUUMP! Maria Zica levou um baita choque e esticou as canelas ali mesmo.
       Chica Cunha escapou da raquete, mas Guaraná, que precisava fazer alguma coisa que prestasse para salvar sua participação nessa historinha, muito ágil, bateu palmas e assim acabou com a carreira dela, que caiu no chão estrebuchando até dar o seu último suspiro. Dessa forma, a Turma do Guaraná acabou com os mosquitos, e o quintal ficou limpo e sem focos.
       — Se continuarmos assim, vamos ser contratados pela prefeitura para combater os mosquitos – comentou Tampinha.
       Bolacha, a menina cientista, olhou para o amigo caído na cama, triste, com a cara de quem ia morrer , e disse-lhe:
       — Guaraná, ou você está com dengue ou chicungunya ou zica. Não sei qual é pior... São doenças transmitidas pelo Aeds Aegypti.
       — Cruzes! Devo estar mal mesmo. Nem vou à escola hoje à tarde para fazer a minha prova de matemática – disse, fazendo beicinho de choro.
       — Não desanime, Guaraná – disse Bolacha – Já tenho trabalhado em um medicamento contra essas doenças há alguns meses e posso testá-lo em você, agora.
       — É algum comprimidinho, uma pílula, uma gotinha, quem sabe? – Perguntou ele, com um sorriso sem graça, medindo o remédio com as pontas dos dedos.
       — Não, amiguinho. É esta poderosa e esplendorosa, super hiper mega curativa vacina, em três doses, uma agora, uma à tarde e outra à noite – respondeu Bolacha mostrando a injeção.
       — Nossa! Olha o tamanhão da agulha! Parece mais um espeto de churrasco! – Pirrixa gritou, arregalando os olhos e pulando para trás.
       Quando Guaraná viu o tamanho da agulha, levou um baita susto e pulando da cama gritou:
       — Caramba! Que agulha é essa, Bolacha? Só olhando, eu já fiquei curado!
       O menino correu para a estante e pegou os livros e os cadernos para ir à escola.
       A turma ficou surpresa com a atitude inesperada do Guaraná.
       — Espere, Guaraná! Daqui a pouco sua mãe vai servir o almoço. Não vai esperar?
       — Não, Pirrixa, estou sem fome.
       — Então, você estava só fingindo! Não estava doente nada! – gritou Pirrixa.
       — Enquanto nós limpávamos todo o quintal para você!
       — Agora vai ter que tomar a vacina!
       — Não precisa, pessoal. Já estou curado. Vou agora mesmo pra escola fazer a minha prova. Tchau!

       E assim, Guaraná saiu porta afora numa correria só, e as crianças foram atrás dele gritando:
       — Pega ele!
       — Fingido!
       — Tasca uma injeção nele, Bolacha!
       — Socorro! – Gritava o menino Guaraná.


FIM

Abraços e até a próxima história!
Para falar com o autor, mande email para turmadoguarana@hotmail.com

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