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A TURMA DO GUARANÁ E O POVO DAS NUVENS
O dia estava chuvoso em Lindópolis e as crianças não podiam sair para brincar na praça. Paulinha olhava pela janela e via a água que escorria do telhado da varanda. Pulguinha estava deitada, enrolada feito um caracol, sobre uma almofada. E caia a chuvinha, molhando todas as plantas e flores.
Pulguinha viu quando um objeto atravessou o céu, indo cair no quintal. Quicou sobre a grama três vezes, finalmente parando perto do jasmim. Paulinha também viu quando a bola caiu, e foi ver de perto o que era.”Que linda, é toda colorida”, disse segurando-a. Saindo da chuva, a menina ligou para os amigos e contou-lhes a novidade. As crianças são vizinhas, e não demorou muito, chegaram na casa de Paulinha para ver a bola celestial.
Guaraná segurou a bola e examinava, querendo saber para que serviria. Muito esperto e entendido sobre bolas de gude e de futebol, chegou a seguinte conclusão:
- É uma bola redonda, e serve para brincar! – disse o Guaraná jogando a bola para o alto e aparando na mão.
Pirrixa que também é muito esperto, não perdeu tempo. Pegou uma raquete e já estava em posição de receber a primeira tacada de Guaraná, quando Bolacha disse:
Pirrixa que também é muito esperto, não perdeu tempo. Pegou uma raquete e já estava em posição de receber a primeira tacada de Guaraná, quando Bolacha disse:
- Não, esperem meninos! Talvez seja um OVNI.
- Que é isso? Ovo de que? - perguntou tampinha, sempre engraçada.
- OVNI, foi o que eu disse, que significa: Objeto Voador Não Identificado. Deve ter vindo do céu, além das estrelas.
- Cruzes! – disse Guaraná largando a bola.
Quando a bola bateu no chão se abriu em sete partes, como se fosse uma laranja cortada em gomos. As crianças se espantaram, se afastando assustadas, quando de dentro saíram criaturas pequeninas, que cabiam na palma da mão. Cada uma tinha uma cor diferente e brilhante.
Quando a bola bateu no chão se abriu em sete partes, como se fosse uma laranja cortada em gomos. As crianças se espantaram, se afastando assustadas, quando de dentro saíram criaturas pequeninas, que cabiam na palma da mão. Cada uma tinha uma cor diferente e brilhante.
- Quem são vocês? – perguntou Bolacha.
As criaturinhas responderam numa língua estranha, que não se entendia.
As criaturinhas responderam numa língua estranha, que não se entendia.
- E agora? Como vamos saber o que eles dizem? - perguntou Pirrixa.
- Calma pessoal, eu tenho aqui no bolso um aparelho que criei: o Inter Tradutor Esquisitus, que traduzirá tudo o que eles disserem. - respondeu Bolacha.
E ligou o aparelho. Enquanto os seres coloridos falavam ia aparecendo na tela do aparelho a tradução, e diziam assim:
E ligou o aparelho. Enquanto os seres coloridos falavam ia aparecendo na tela do aparelho a tradução, e diziam assim:
- Olá, lindas crianças! Somos o Povo das Nuvens. Nós moramos nas nuvens de Lindópolis, dentro desta casinha redonda. – disse mostrando a bola colorida.
- E como vieram parar aqui? - perguntou Paulinha.
- Delicada menina, tem chovido muito, então a nossa nuvem se desmanchou totalmente, provocando a nossa queda, antes de mudarmos para outra. Fomos pegos de surpresa.
- E agora, como vão voltar? - perguntou Bolacha.
- Precisamos da ajuda de vocês, pois nossa casa, não tem foguetes propulsores.
- Já tive uma idéia brilhante! - disse o Guaraná entusiasmado.
- Então nos ajude, menino do capacete preto. Precisamos retornar logo, porque uma missão nos aguarda.
Imaginem vocês, queridos leitores, qual seria a idéia brilhante de Guaraná. Coitado do Povo das Nuvens...
Imaginem vocês, queridos leitores, qual seria a idéia brilhante de Guaraná. Coitado do Povo das Nuvens...
Ainda chovia fino, quando Guaraná e Pirrixa se uniram para construir nos galhos da goiabeira um estilingue enorme. As meninas trouxeram várias câmeras de ar de bicicleta, e os meninos com muita força, amarram umas as outras, e depois, nos galhos da goiabeira. Estava pronto o estilingue, que seria o propulsor da pequena casa do Povo das Nuvens.
Então, a criatura violeta disse para Bolacha.
- Menina de cabelo vermelho, está vendo aquela nuvem perto da Pedra da Mexerica?
- Sim.
- Lance-nos para lá, pois ela é grande e irá durar muitos meses.
Foi quando a Tampinha perguntou:
Foi quando a Tampinha perguntou:
- Só duas perguntinhas, querido Povo das Nuvens. Por que vocês são tão coloridos, e o que fazem lá em cima?
- Bela menina com dentinhos de metal, ainda chove, mas daqui a pouco vai estiar, então saberá quem somos nós.
Assim, foi preparada a partida das criaturinhas, que estavam bem protegidas dentro da bola. O elástico foi esticado com muita força pelas crianças. Todos unidos para devolver as criaturas de volta às nuvens. Quando o elástico estava esticado ao máximo, as crianças soltaram, e viram a bola colorida voar com muita velocidade rasgando os céus de Lindópolis. Mas era muito longe a Pedra da mexerica... Será que o Povo das Nuvens chegou lá? A Turma do Guaraná ficou preocupada.
Passado alguns minutos, parou de chover, e as crianças ficaram animadas. Lá longe, na Pedra da Mexerica, surgiu então, um belo arco-íris. Podia ser visto de ponta a ponta, colorindo o céu, trazendo esperança aos corações das pessoas que sofreram com as chuvas fortes.
As crianças sorriram, admiradas com a beleza do arco-íris que tinha sete cores: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta. Então, elas entenderam quem era o Povo das Nuvens.
FIM
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2 comentários:
Parabéns pelo excelente trabalho. Um grande Axé da turma da Bahia!
Roberio Cordeiro
Obrigado, amigo, pela visita.
Um grande abraço a todos vocês da Bahia. Procuro sempre postar coisas bonitas e de utilidade para as pessoas.
Um grande abraço!
Paulo Alves
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