Hoje escrevi uma história que conta uma aventura da Turma do Guaraná num lugar gelado, onde eles vêem pela primeira vez um incrível mistério da natureza.
A Turma do Guaraná foi passar uns dias
em Aiquefrio, a cidade natal da Tampinha. Lugar distante e muito frio, onde as
pessoas andavam bastante agasalhadas. Ficaram hospedadas na casa da tia da Tampinha,
que estava feliz em receber aquelas crianças divertidas.
Após o almoço, todos resolveram sair para
a rua, a fim de conhecerem os lugarejos da cidade. Se vestiram com roupas
quentes por causa do frio rigoroso que fazia lá fora. O Guaraná que não era
acostumado a usar muita roupa, já estava pronto pra sair, quando Bolacha o
surpreendeu dizendo:
--
Tá doido? Quer congelar lá fora? Está muito frio e precisamos colocar roupas
quentes.
--
Puxa! É mesmo. Esqueci que estamos em Aiquefrio. Vou colocar uns agasalhos.
Foi num instante que Guaraná entrou no
quarto e voltou coberto de panos. Algumas peças o cobriam de tal maneira que
mal podia saber onde estava seu pé, sua mão ou mesmo sua cabeça. Dificilmente
conseguiria enxergar alguma paisagem da cidade com tantos trajes. Apesar de ter
os olhos cobertos pelos cabelos, igual a algumas raças de cachorrinhos, nosso
amigo Guaraná consegue enxergar muito bem o mundo além de seus cabelos
escorridos. Bolacha vendo o amigo embaralhado com tantos panos, puxou uma ponta
dos tecidos fazendo Guaraná rodopiar na sala. E olha que choveu foi pano por
toda parte: casacos, jaquetas, cachecóis, lençóis e etc... De baixo de tantos
panos surgiu novamente nosso amiguinho com um traje bem confortável para
suportar o frio. Todo elegante, as crianças riram dele dizendo que parecia
gente.
E
lá se foram nossos amiguinhos pelas ruas geladas.
Pirrixa
e Paulinha caminhavam admirados com a paisagem diferente da que estavam
acostumados em Lindópolis. Muitas casinhas com telhados bastante
inclinados para escorrer a neve, e feitas de madeira para as pessoas suportarem
o frio.
Pirrixa perguntou a Tampinha:
-- Que tem de bom pra fazermos?
--
Ora, podemos escorregar no gelo e patinar sobre o lago, que nesta época do ano está congelado. – respondeu Tampinha
--
Então, Vamos!
As
crianças correram em direção a um lugar onde encontraram imensa ladeira coberta
de gelo, como se fosse um tobogã gigante. Então, Paulinha exclamou:
--
Que incrível! Vamos escorregar!
E
todos desceram ladeira abaixo, em velocidade e girando, sentados, de frente e de
costas. Pirrixa fazia posições engraçadas, equilibrando o corpo apoiado sobre o
braço. Paulinha simulava uma dança de balé, girando sobre a ponta dos pés. Não tinha
nenhum obstáculo na frente, assim as crianças escorregavam fazendo
malabarismos.
Lá embaixo, onde estava o lago
congelado, havia diversas lojas com comércio, restaurantes e casas. Tinha
também uma igreja, delegacia e muita gente passeando, lanchando e se
divertindo. Algumas crianças patinavam sobre o lago, que tinha uma praça com
brinquedos divertidos onde as crianças brincavam em mais uma tarde fria.
Após descerem a ladeira, a turminha caminhava
pelo vilarejo, quando tiveram a brilhante idéia de patinar no gelo. Colocaram
os patins e foram para o lago congelado.
As crianças estavam curiosas em conhecer a neve. Gostariam de ver ao menos um floco de neve.
Perguntavam onde poderiam encontrá-la. Enquanto patinavam, Bolacha explicou a eles o que era a neve. Após a explicação, Guaraná gritou admirado:
--
Caramba! Vamos achar, então!
--
Vamos! Quero fazer um boneco de neve. – disse Pirrixa.
Após patinarem, saíram em busca da neve.
Enquanto isso, ali perto, acontecia um
plano maldoso, arquitetado por dois ladrões patifes: Dalvo e Valdo. Mas o que
estariam fazendo ali, tão distante, naquela cidadezinha pacata e coberta de gelo?
Ora, eles estavam de olho na lanchonete “Até que enfim Lanches”, muito frequentada
pelo povo da cidade, onde vendiam hambúrgueres deliciosos.
Os dois ladrões queriam roubar todos os
hambúrgueres para venderem mais caro na lanchonete da Tia Marilda, que ficava
em outra cidade. Todos adoravam aqueles hambúrgueres e iriam pagar mais caro
por eles. O lucro para os dois patifes seria grande.
Estavam dentro de um caminhão, parados
na esquina, prontos para invadir a lanchonete, e conversavam:
--
Vamos esperar um pouco, porque ainda estão preparando os hambúrgueres. – disse
Dalvo.
Então, Valdo falou:
--
Assim que estiverem prontos, nós saberemos, pois o cheirinho chegará aqui.
E ficaram
esperando pelo cheirinho dos deliciosos hambúrgueres se espalhar pelo ar.
Ali perto, as crianças andavam curiosas em
busca de alguma neve. Andaram por toda a redondeza, mas nada de neve.
Eis que, de repente, sobre o nariz da delicada Paulinha, caiu um floco de neve. Ela gritou, então:
--
Pessoal, vejam! Achei!
Todos olharam admirados para Paulinha,
mas nada viram em sua volta .
-- O que você achou? - perguntou Pirrixa.
--
Não estou vendo nada – disse o Guaraná.
--
Vejam, em meu nariz.
--
Um floco de neve! – Bolacha exclamou.
Logo, caiu mais um floquinho, e mais
outro, e outro... Assim, muita neve caiu em volta das crianças. A turma finalmente conheceu a neve. As crianças pegavam em suas mãos os flocos que caíam
suavemente do céu, como se fossem de algodão.
Tampinha, que já estava acostumada,
sugeriu aos amigos:
--
Vamos juntar a neve e fazer um boneco.
Assim fizeram, e ficaram brincando na
rua...
Enquanto isso, Dalvo e Valdo, observavam
o movimento na lanchonete. Logo o cheiro dos hambúrgueres se espalhou pelo o
ar, chegando até o nariz deles.
-- Estou sentindo o cheiro delicioso! – gritou
Dalvo.
E valdo decidiu:
--
Está na hora de atacarmos!
Dirigindo o caminhão para lanchonete,
eles pararam em frente, desceram e anunciaram o assalto. Os funcionários, com
medo, não reagiram, e rapidamente os ladrões encheram o caminhão de
hambúrgueres, pastéis, bolachas, rocamboles, pudins, pães-de-ló, e outras
guloseimas que puderam carregar.
Perto dali, a Turma do Guaraná brincava animada, fazendo um boneco de
neve.
-- Está lindo!
- disse Bolacha, que fez questão
de colocar um óculos no boneco.
Pirrixa pôs um chapéu e guaraná um
graveto, indicando que este era o nariz dele.
Tampinha colocou um cachecol, dizendo
que era pra ele não se resfriar.
-- Seu nome é “Boneco das Neves” –
disse Paulinha.
--
Agora, vamos brincar de outra coisa! Precisamos nos esquentar. BRRRR! – disse
Pirrixa batendo os dentes.
--
Que tal se nós brincássemos de guerra de neve? – perguntou Bolacha.
E Guaraná respondeu:
--
Boa idéia! Ui!
Mal dissera estas palavras, e caiu para
trás com uma bolada de neve.
–
Caraca! Quem foi? – ele perguntou.
Olhando rapidamente em volta, ele viu o
Pirrixa rindo muito, segurando outra bola, pronta pra atirar.
De repente, Pirrixa levou uma bolada de
neve no pé do ouvido.
-- Ai! Quem foi? – ele perguntou.
--
Não vou dizer que foi Paulinha - disse a Bolacha, brincando.
E começaram a guerra de neve.
Não
muito longe dali, após terem lotado o caminhão, Dalvo e Valdo entraram no
caminhão e fugiram pelas ruas. Dirigiam em alta velocidade, quando, após
dobrarem a esquina, foram surpreendidos pelas crianças que brincavam de guerra
de neve. Ao verem aquele caminhão vindo, as crianças acabaram de arremessar as
bolas de neve que tinham nas mãos. O caminhão foi atingido por inúmeras bolas
que encheram os pára-brisas de neve, impedindo a visibilidade. Assustados,
Dalvo e Valdo perderam a direção e bateram num poste, e bem antes de tentarem
uma fuga, apareceu o dono da lanchonete com dois policiais, que os prenderam.
O dono do restaurante, o senhor Alan
Ches parabenizou as crianças pelo feito.
--
Parabéns, meninos! Vocês salvaram a minha lanchonete. Todos os nossos lanches deliciosos
estão dentro deste caminhão, que estes dois ladrões tentaram levar. E como
recompensa vocês são meus convidados para um lanche especial.
-- Oba! Estava mesmo com fome - disse o
Guaraná passando a mão sobre a barriga.
E foram para a lanchonete “Até que enfim
Lanches” saborear os deliciosos hambúrgueres.
-- Tudo isso, graças a nossa guerra de
neve - disse a Paulinha.
--
Amanhã, brincaremos de guerra de neve de novo, porque assim ganharemos outro
lanche! - disse Tampinha.
E todos riram.
FIM
Que confusão as crianças se meteram, mas tudo acabou bem,
menos para Dalvo e Valdo, que sempre se dão mal quando encontram
a Turma do Guaraná.
Bem, por hoje é só, amiguinho.
Até sexta, e um grande abraço
Paulo Alves
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O e-mail : turmadoguarana@hotmail.com
4 comentários:
Muito boa a história que se passou em Aiquefrio (boa sacada!). Eu, que vendo lanches à noite, fiquei me imaginando diante daquela situação de ter meus lanches roubados.
Ficou excelente essa aventura transmitida nessa linguagem infantil.
Parabéns!
Abraços. Fabiano Caldeira.
É isso Fabiano, gosto de criar histórias divertidas com muita ação para o pessoal ler. Sempre preservando o lado infantil da aventura.
Volte sempre.
Abraço
Ficou muito legal a historia e o desenhos dos vilões ficou D+!
Abraços!
Seja bem-vindo, Rafael Fernandes.
Dalvo e Valdo são dois vilões atrapalhados e engraçados. Confira nas próximas histórias em que eles aparecerão.
Abraço.
Paulo Alves
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