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terça-feira, 26 de junho de 2012

TURMA DO GUARANÁ E A GUERRA DE NEVE

Olá, amiguinho.


Hoje escrevi uma história que conta uma aventura da Turma do Guaraná num lugar gelado, onde eles vêem pela primeira vez um incrível mistério da natureza.





       A Turma do Guaraná foi passar uns dias em Aiquefrio, a cidade natal da Tampinha. Lugar distante e muito frio, onde as pessoas andavam bastante agasalhadas. Ficaram hospedadas na casa da tia da Tampinha, que estava feliz em receber aquelas crianças divertidas.
       Após o almoço, todos resolveram sair para a rua, a fim de conhecerem os lugarejos da cidade. Se vestiram com roupas quentes por causa do frio rigoroso que fazia lá fora. O Guaraná que não era acostumado a usar muita roupa, já estava pronto pra sair, quando Bolacha o surpreendeu dizendo:
     -- Tá doido? Quer congelar lá fora? Está muito frio e precisamos colocar roupas quentes.
       -- Puxa! É mesmo. Esqueci que estamos em Aiquefrio. Vou colocar uns agasalhos.
       Foi num instante que Guaraná entrou no quarto e voltou coberto de panos. Algumas peças o cobriam de tal maneira que mal podia saber onde estava seu pé, sua mão ou mesmo sua cabeça. Dificilmente conseguiria enxergar alguma paisagem da cidade com tantos trajes. Apesar de ter os olhos cobertos pelos cabelos, igual a algumas raças de cachorrinhos, nosso amigo Guaraná consegue enxergar muito bem o mundo além de seus cabelos escorridos. Bolacha vendo o amigo embaralhado com tantos panos, puxou uma ponta dos tecidos fazendo Guaraná rodopiar na sala. E olha que choveu foi pano por toda parte: casacos, jaquetas, cachecóis, lençóis e etc... De baixo de tantos panos surgiu novamente nosso amiguinho com um traje bem confortável para suportar o frio. Todo elegante, as crianças riram dele dizendo que parecia gente.
       E lá se foram nossos amiguinhos pelas ruas geladas.
       Pirrixa e Paulinha caminhavam admirados com a paisagem diferente da que estavam acostumados em Lindópolis. Muitas casinhas com telhados bastante inclinados para escorrer a neve, e feitas de madeira para as pessoas suportarem o frio.
        Pirrixa perguntou a Tampinha:
       -- Que tem de bom pra fazermos?
       -- Ora, podemos escorregar no gelo e patinar sobre o lago, que nesta época do ano está congelado.  – respondeu Tampinha
       -- Então, Vamos!
     As crianças correram em direção a um lugar onde encontraram imensa ladeira coberta de gelo, como se fosse um tobogã gigante. Então, Paulinha exclamou:
       -- Que incrível! Vamos escorregar!
       E todos desceram ladeira abaixo, em velocidade e girando, sentados, de frente e de costas. Pirrixa fazia posições engraçadas, equilibrando o corpo apoiado sobre o braço. Paulinha simulava uma dança de balé, girando sobre a ponta dos pés. Não tinha nenhum obstáculo na frente, assim as crianças escorregavam fazendo malabarismos.
       Lá embaixo, onde estava o lago congelado, havia diversas lojas com comércio, restaurantes e casas. Tinha também uma igreja, delegacia e muita gente passeando, lanchando e se divertindo. Algumas crianças patinavam sobre o lago, que tinha uma praça com brinquedos divertidos onde as crianças brincavam em mais uma tarde fria.
       Após descerem a ladeira, a turminha caminhava pelo vilarejo, quando tiveram a brilhante idéia de patinar no gelo. Colocaram os patins e foram para o lago congelado.
       As crianças estavam curiosas em conhecer a neve. Gostariam de ver ao menos um floco de neve. Perguntavam onde poderiam encontrá-la. Enquanto patinavam, Bolacha explicou a eles o que era a neve. Após a explicação, Guaraná gritou admirado:
       -- Caramba! Vamos achar, então!
       -- Vamos! Quero fazer um boneco de neve. – disse Pirrixa.
       Após patinarem, saíram em busca da neve.
       Enquanto isso, ali perto, acontecia um plano maldoso, arquitetado por dois ladrões patifes: Dalvo e Valdo. Mas o que estariam fazendo ali, tão distante, naquela cidadezinha pacata e coberta de gelo? Ora, eles estavam de olho na lanchonete “Até que enfim Lanches”, muito frequentada pelo povo da cidade, onde vendiam hambúrgueres deliciosos.
       Os dois ladrões queriam roubar todos os hambúrgueres para venderem mais caro na lanchonete da Tia Marilda, que ficava em outra cidade. Todos adoravam aqueles hambúrgueres e iriam pagar mais caro por eles. O lucro para os dois patifes seria grande.
     Estavam dentro de um caminhão, parados na esquina, prontos para invadir a lanchonete, e conversavam:
       --­­ Vamos esperar um pouco, porque ainda estão preparando os hambúrgueres. – disse Dalvo.
       Então, Valdo falou:
       -- Assim que estiverem prontos, nós saberemos, pois o cheirinho chegará aqui.
       E ficaram esperando pelo cheirinho dos deliciosos hambúrgueres se espalhar pelo ar.
      Ali perto, as crianças andavam curiosas em busca de alguma neve. Andaram por toda a redondeza, mas nada de neve.













       Eis que, de repente, sobre o nariz da delicada Paulinha, caiu um floco de neve. Ela gritou, então:
       -- Pessoal, vejam! Achei! 
       Todos olharam admirados para Paulinha, mas nada viram em sua volta .
       -- O que você achou? - perguntou Pirrixa.
       -- Não estou vendo nada – disse o Guaraná.
       -- Vejam, em meu nariz.
       -- Um floco de neve! – Bolacha exclamou.
       Logo, caiu mais um floquinho, e mais outro, e outro... Assim, muita neve caiu em volta das crianças. A turma finalmente conheceu a neve. As crianças pegavam em suas mãos os flocos que caíam suavemente do céu, como se fossem de algodão.
       Tampinha, que já estava acostumada, sugeriu aos amigos:
       -- Vamos juntar a neve e fazer um boneco.
       Assim fizeram, e ficaram brincando na rua...
       Enquanto isso, Dalvo e Valdo, observavam o movimento na lanchonete. Logo o cheiro dos hambúrgueres se espalhou pelo o ar, chegando até o nariz deles.
       -- Estou sentindo o cheiro delicioso! – gritou Dalvo.
       E valdo decidiu:
       -- Está na hora de atacarmos! 
   Dirigindo o caminhão para lanchonete, eles pararam em frente, desceram e anunciaram o assalto. Os funcionários, com medo, não reagiram, e rapidamente os ladrões encheram o caminhão de hambúrgueres, pastéis, bolachas, rocamboles, pudins, pães-de-ló, e outras guloseimas que puderam carregar.
     Perto dali, a Turma do Guaraná brincava animada, fazendo um boneco de neve.
       -- Está lindo!  - disse Bolacha, que fez  questão de colocar um óculos no boneco. 
       Pirrixa pôs um chapéu e guaraná um graveto, indicando que este era o nariz dele.
       Tampinha colocou um cachecol, dizendo que era pra ele não se resfriar.
       -- Seu nome é “Boneco das Neves” – disse Paulinha.
     -- Agora, vamos brincar de outra coisa! Precisamos nos esquentar. BRRRR! – disse Pirrixa batendo os dentes.
       -- Que tal se nós brincássemos de guerra de neve? – perguntou Bolacha.
       E Guaraná respondeu:
       -- Boa idéia! Ui!
        Mal dissera estas palavras, e caiu para trás com uma bolada de neve.
        – Caraca!  Quem foi? – ele perguntou.
       Olhando rapidamente em volta, ele viu o Pirrixa rindo muito, segurando outra bola, pronta pra atirar.
       De repente, Pirrixa levou uma bolada de neve no pé do ouvido.
       -- Ai! Quem foi? – ele perguntou.
       -- Não vou dizer que foi Paulinha - disse a Bolacha, brincando.
       E começaram a guerra de neve.
       Não muito longe dali, após terem lotado o caminhão, Dalvo e Valdo entraram no caminhão e fugiram pelas ruas. Dirigiam em alta velocidade, quando, após dobrarem a esquina, foram surpreendidos pelas crianças que brincavam de guerra de neve. Ao verem aquele caminhão vindo, as crianças acabaram de arremessar as bolas de neve que tinham nas mãos. O caminhão foi atingido por inúmeras bolas que encheram os pára-brisas de neve, impedindo a visibilidade. Assustados, Dalvo e Valdo perderam a direção e bateram num poste, e bem antes de tentarem uma fuga, apareceu o dono da lanchonete com dois policiais, que os prenderam.
       O dono do restaurante, o senhor Alan Ches parabenizou as crianças pelo feito.
       -- Parabéns, meninos! Vocês salvaram a minha lanchonete. Todos os nossos lanches deliciosos estão dentro deste caminhão, que estes dois ladrões tentaram levar. E como recompensa vocês são meus convidados para um lanche especial.
       -- Oba! Estava mesmo com fome - disse o Guaraná passando a mão sobre a barriga. 
   E foram para a lanchonete “Até que enfim Lanches” saborear os deliciosos hambúrgueres.
       -- Tudo isso, graças a nossa guerra de neve - disse a Paulinha.
       -- Amanhã, brincaremos de guerra de neve de novo, porque assim ganharemos outro lanche!  - disse Tampinha.
       E todos riram.


FIM




Que confusão as crianças se meteram, mas tudo acabou bem,
menos para Dalvo e Valdo, que sempre se dão mal quando encontram 
a Turma do Guaraná.













Bem, por hoje é só, amiguinho.
Até sexta, e um grande abraço


Paulo Alves



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4 comentários:

Anônimo disse...

Muito boa a história que se passou em Aiquefrio (boa sacada!). Eu, que vendo lanches à noite, fiquei me imaginando diante daquela situação de ter meus lanches roubados.

Ficou excelente essa aventura transmitida nessa linguagem infantil.
Parabéns!

Abraços. Fabiano Caldeira.

Paulo Alves disse...

É isso Fabiano, gosto de criar histórias divertidas com muita ação para o pessoal ler. Sempre preservando o lado infantil da aventura.
Volte sempre.

Abraço

Rafael Fernandes disse...

Ficou muito legal a historia e o desenhos dos vilões ficou D+!
Abraços!

Paulo Alves disse...

Seja bem-vindo, Rafael Fernandes.

Dalvo e Valdo são dois vilões atrapalhados e engraçados. Confira nas próximas histórias em que eles aparecerão.

Abraço.

Paulo Alves